Mocidade Azul, campeã do Carnaval de Curitiba em 2014.
Um desfile quase irrepreensível, a partir de uma espetacular comissão de frente: uma fileira de bailarinos, que manteve o rigor coreográfico ao se desfazer para as laterais da pista e estampou na cara um ar sisudo, malvado e o anti-carnaval sugerido no enredo: Hoje eu quero fazer brincar de ser mau, a Mocidade Azul faz Búúú no carnaval. Uma bela mistura de balé Guaíra, samba no pée passos do clássico clipe de Thriller, do Michael Jackson.
O senão da Mocidade aconteceu aos dez minutos finais. Temendo estourar o tempo do desfile (máximo de 65 minutos), a campeoníssima escola da Fazendinha apressou o passo, correu até. Pensei que isto custaria pontos, mas a arbitragem não viu impedimento. Justa a bronca da Embaixadores da Alegria (que abandonou a apuração após as notas de mestre-sala e porta-bandeira).
Por conta da correria da campeoníssima (23° título), apostei na Embaixadores, que apresentou o melhor samba da noite (de Marcelo Nunes e Diego Nicolau) e empolgou já a partir do carro abre-alas, onde um pintor iniciou e terminou um quadro durante o desfile carnavalesco que louvou o próprio carnaval. Beleza à parte... genteee! Vamos puxar temas menos abrangentes!
O grande vencedor do Carnaval de Curitiba em 2014 foi o Carnaval de Curitiba, que retornou para a avenida Marechal Deodoro, mais central, mais perto do povo. Não houve uma cuíca, um passista, uma serpentina que não tenha comemorado isto. E na volta para a Marechal, ganhou a dona da Marechal.
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Embora não tenha ligação com o Paraná Clube, a Mocidade Azul passa pela história tricolor: a escola nasceu em 1972, criada por sócios do Pinheiros na avenida Kennedy. À exemplo do extinto Pinheiros, a escola tem o Leão como símbolo.
Foto: Fernando Castro/G1.
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