Resgatar a imagem de clube revelador ao mesmo tempo em que lida com uma complicada conjuntura financeira. Essa é a missão da atual diretoria do Paraná.
“Realmente, o pessoal do Ninho esteve aqui hoje [ontem] para tratar de diversos assuntos, inclusive salários atrasados. Mas, apesar disso, os funcionários estão colaborando e apoiando o clube, eles entendem nossa situação”, revelou o vice-presidente do Tricolor, Luiz Carlos Casagrande.Funcionários do Ninho da Gralha, centro de formação do clube, se reuniram ontem com a diretoria do clube na sede da Kennedy, para tratar de diversos assuntos, entre eles o atraso salarial dos profissionais que trabalham na sede de Quatro Barras.
Mesmo diante dessa dificuldade financeira, que reflete nitidamente no funcionamento das categorias de base, não há outra saída a não ser apostar em atletas forjados em casa. “Entendemos a realidade do clube de não poder contratar e temos apostado naquilo que temos visto dos jogadores. É um conjunto de coisas e o clube ganha com tudo isso”, afirmou Luciano Gusso, ex-coordenador da base do clube, atual auxiliar técnico de Claudinei Oliveira.
Além dos atrasos salariais, o Paraná ainda tem que lidar com outra dificuldade: segurar os jovens que se destacam para que não sejam vendidos às pressas, na tentativa de amenizar o sofrido caixa do clube.
“O ideal seria mantê-los por mais tempo, para que se desenvolvessem, mas isso nem sempre acontece”, lamentou Gusso, que toca o processo de revelação de jogadores ao lado de Claudinei Oliveira, outro especialista em categorias de base — antes de se tornar treinador de equipes profissionais, Oliveira comandava as equipes menores do Santos.
Para a partida diante do Vasco, no sábado, a tendência é de que o zagueiro Alisson, o volante Marcos Serrato e o atacante Arthur, todos pratas da casa, sejam mantidos entre os titulares.
Já o meia-atacante Júlio César e o atacante Carlinhos, também revelados no clube, devem permanecer como opções para o segundo tempo.
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