Cerca de 200 professores de História da rede municipal de ensino, de turmas de 6º ao 9º ano, participaram nesta terça-feira (22) da quarta edição da Jornada Interdisciplinar sobre a História do Holocausto. Palestras, depoimentos e debates promoveram a reflexão sobre o assunto e temas relacionados, como preconceito, discriminação e liberdade.
O evento, realizado no auditório dos Correios, integra a programação de formação continuada da Secretaria Municipal da Educação e foi promovido pela B`nai B`rith Nacional e Paraná, Federação e Comunidade Israelita do Paraná (Kehilá), Universidade Federal do Paraná, com o apoio da Prefeitura de Curitiba.
O tema central da jornada é “Discriminação e preconceito e a liberdade de falar”. Além de palestras e debates, os participantes acompanharam o depoimento de Moisés Jacobson, um sobrevivente dos campos de concentração da Alemanha nacional-socialista.
A secretária municipal da Educação, Roberlayne Borges Roballo, destacou a relevância do encontro como espaço para a reflexão sobre a história da humanidade, discriminação e intolerância nas sociedades. “Nos sensibilizarmos sobre esse triste capítulo da história é importante para que possamos desenvolver com nossos estudantes noções de cidadania, de princípios e valores como tolerância, diversidade, respeito e paz”, disse Roberlayne.
A Jornada Interdisciplinar Sobre o Ensino da História do Holocausto é uma das ações do amplo e diversificado programa de formação continuada dos profissionais da rede municipal de ensino. Somente no primeiro semestre deste ano, foram ofertadas aproximadamente 10 mil horas de cursos e oficinas e mais de 53 mil vagas para profissionais da rede.
Concurso
Durante o evento foi lançado o Concurso de Narrativas sobre as Histórias do Holocausto, voltado aos estudantes e professores dos nonos anos do ensino fundamental das escolas municipais de Curitiba. “É importante lembrar que não apenas os judeus, mas outros grupos étnicos e sociais foram e são até hoje vítimas de perseguições. Obras, museus e instituições são mantidos pelo mundo com o objetivo de promover reflexão e minimizar o mal dos que julgam de forma unilateral”, disse Roberlayne, enfatizando a necessidade de envolver estudantes no debate.
Segundo a presidente da B’naiB’rith do Paraná, Ester Proveller, as jornadas sobre o holocausto visam contribuir para o combate ao racismo e todas as demais formas de intolerância, por meio da educação, do esclarecimento, do debate e da conscientização. “Buscamos valorizar a liberdade e a democracia, por meio do conhecimento e da história”, disse Ester.
O coordenador do Museu do Holocausto de Curitiba, Carlos Reiss, apresentou a proposta pedagógica do Museu do Holocausto em Curitiba, que reúne fotos, imagens, documentos e objetos pessoais que contam a vida de pessoas vitimas do holocausto. O museu conta com um departamento pedagógico cujo objetivo é ajudar estudantes e professores a interpretar os eventos daquele período. “O objetivo dos professores é fazer com que tudo faça sentido na cabeça do jovem e do adolescente neste momento, em 2014. É preciso que os estudantes compreendam o holocausto como um grupo de pessoas que se organizaram e decidiram que outro grupo era formado por pessoas inferiores”, disse Reiss.
http://www.cidadedoconhecimento.org.br/cidadedoconhecimento/index.php?subcan=7&cod_not=41220&PHPSESSID=3e8c5c8a23a36c78b6e9af7a8ba05900
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