Informações ao vivo
A Gazeta do Povo fará uma cobertura ao vivo da greve dos bancários nessa quarta-feira (1º) novamente. Serão repassadas informações sobre agências fechadas pelos grevistas e em quais locais o atendimento ao público está disponível.
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Adesão à greve no Paraná é maior do que em 2013
De acordo com o Sindicato dos Bancários, o número de agências fechadas por causa da greve no Paraná aumentou neste ano na comparação com 2013. No ano passado, foram 375, contra as 397 deste ano (o que inclui a RMC). Estão na conta as regionais de Apucarana, Arapoti, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Guarapuava, Londrina, Paranavaí e Umuarama. Em Toledo, a greve deve ser definida nessa quarta-feira em assembleia -- nessa terça, as agências estavam abertas.
Segundo o Tribunal Regional do Trabalho, não foram registrados nessa terça processos de interdito -- quando o banco pede judicialmente a retirada de obstáculos na entrada das agências.
Salários maiores, mas menos vagas
Apesar dos ganhos salariais sucessivos (18,3% de ganho real entre 2004 e 2013), a categoria de bancários vem reduzindo no país. Segundo estudo recente do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o número de trabalhadores nos seis maiores bancos está em queda desde 2012. Foram fechados quase 5 mil postos de trabalho entre junho de 2013 e junho de 2014.
Na soma, Santander, Bradesco, Itaú, HSBC e BB registraram mais de 9 mil vagas a menos. Fez diferença na conta as mais de 4,1 mil vagas abertas para Caixa, que passou a ter mais funcionários efetivos do que o Bradesco.
A categoria decidiu entrar em greve nacional no fim de semana, depois de negar a proposta da Federação Nacional de Bancos (Fenaban), de 7,35% de reajuste salarial e de 8% para os pisos. Os bancários pedem 12,5% de reajuste e piso de R$ 2.979,25 conforme salário mínimo sugerido pelo Dieese, e vale-alimentação, refeição e auxílio-creche de R$ 724, além de plano de cargos e carreiras e fim de metas consideradas abusivas.
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A intenção do comando de greve é buscar grande aumento de adesão nos próximos dias, o que deve deixar pouco tempo para consumidores que precisam resolver problemas em agências. Em 2013, o número de agências fechadas passou para 50% já no segundo dia. De acordo com um dos diretores do sindicato, Antônio Luiz Firmino, a adesão neste ano já foi quase total nos bancos estatais -- Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal -- e em agências da região central de Curitiba. Em bancos privados, com destaque para Itaú e Bradesco, agências foram mantidas abertas nos bairros. Em alguns casos, como nas agências do Bradesco nos bairros Bacacheri e Bairro Alto, não havia faixas nos prédios relacionadas à paralisação.
Também houve agências em que a gerência se dispôs a resolver problemas urgentes, em especial os relacionados a pagamentos de benefícios. Uma situação atípica, porém, ocorreu na agência do Banco do Brasil no Alto da XV, em que o gerente geral se dividiu para orientar clientes no autoatendimento e tentou resolver problemas com cartões bloqueados de aposentados. “É o que a minha função pede, não faz sentido deixar para terceirizados fazerem”, comentou ele, citando os funcionários do autoatendimento.
Em agências da Caixa e do BB visitadas pelaGazeta do Povo, os terceirizados estavam trabalhando normalmente. Mas havia exceções -- caso de uma agência do BB no Bacacheri, que estava vazia, inclusive sem grevistas. O sindicato garante ter conversado com gerentes sobre a necessidade de manter pessoal orientando a população. Segundo Antônio Firmino, os aposentados que recebem nesta quarta-feira na Caixa terão atendimento normal, desde que possuam o cartão para saque. “Quem não tem pode ter problemas, mas acredito que não seja nem 5% dos aposentados”, diz o diretor.
O Procon-PR pretende ainda conversar com a diretoria do sindicato e com os bancos para que problemas que o consumidor enfrentou em 2013 não se repitam -- entre eles, a falta de envelopes para depósitos nas agências, uma vez que o serviço deve ser mantido. “Não chegou nada em termos de reclamação ainda, e agimos conforme essa demanda, mas foi apenas o primeiro dia”, diz Claudia Silvano, diretora do Procon. “Na greve passada, conversamos com os bancos e com o sindicato e um jogava o problema para o outro, mas conseguimos equacionar”, diz.
Nacional
A greve nacional dos bancários parou as atividades em 6.572 agências no país, de acordo com aConfederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A paralisação foi aprovada em assembleias ocorridas nos dias 25 e 29 de setembro. Segundo a entidade, bancários de todos os estados e do Distrito Federal participam do movimento.
“Mais uma vez os bancários dão uma grande demonstração de unidade nacional e a força de sua mobilização, fazendo uma greve ainda maior que no ano passado. É um recado inequívoco aos bancos de que queremos mais do que os 7,35% de reajuste e que não fecharemos acordo sem que nossas reivindicações econômicas e sociais sejam atendidas”, disse o presidente da Contraf, em nota divulgada no site da entidade.
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