domingo, setembro 30, 2012
66% dos alimentos têm sódio em excesso
De olho no aumento nos índices de brasileiros com doenças crônicas como hipertensão, obesidade e diabete, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) negocia com o setor alimentício uma redução da quantidade de sódio em uma série de alimentos industrializados, como pães, salgadinhos e embutidos, até 2016. E a preocupação não é por acaso. Uma pesquisa recente analisou a informação alimentar e nutricional de sódio em rótulos de cerca de 1,3 mil alimentos industrializados ultraprocessados prontos e semiprontos e constatou que a maioria dos produtos tinha mais sódio do que o recomendado.
O estudo foi desenvolvido por Carla Adriano Martins, mestre em Nutrição e membro do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com orientação da professora doutora Anete Araújo de Sousa. Segundo Carla, dois em cada três ítens tinham mais que 600 miligramas de sódio por 100 gramas ou 100 mililitros do produto, índice considerado alto, segundo a Food Standards Agency, do Reino Unido.
Advogado perde 58 quilos e dá adeus ao saleiro
Se você é do tipo que acha impossível viver sem consumir sal, precisa conhecer o advogadoAlexandre Mariath (foto). Em 2011, ele passou por uma reeducação alimentar e começou a praticar exercícios físicos para ganhar mais saúde. O resultado? Emagreceu 58 quilos em oito meses sem qualquer tipo de cirurgia.
Agora, para não voltar a engordar, mantém uma série de cuidados. O principal foi, na hora das compras, comparar as tabelas nutricionais dos alimentos para garantir que está levando o que tem menos sódio e gorduras, e mais fibras. Mas não para por aí. Mariath também decidiu banir o saleiro de casa e agora só tempera a comida com ervas frescas, alho e azeite de oliva. E ele garante: o sal não faz a mínima falta em seu prato. “Não acho que o sal saborize a comida. Pelo contrário, ele tira o gosto dos alimentos, então agora estou descobrindo outros sabores muito melhores.”
Combate
Contra o sal, Anvisa também mira consumidor e setor de serviços
Desde o ano passado, a Anvisa trabalha em três frentes para reduzir o consumo de sódio no Brasil e atingir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) até 2020. A primeira fase, iniciada em 2011, foi de acordo com a indústria de alimentos para que sejam diminuídas gradativamente as quantidades de sal em produtos como biscoitos, macarrão e achocolatados.
“Nas pesquisas que fizemos, o macarrão instantâneo foi o que demonstrou os índices mais alarmantes de sódio, então no ano que vem começa a primeira redução para, até 2016, chegar a um patamar aceitável”, explica a gerente-geral de alimentos da Anvisa, Denise de Oliveira Resende. Segundo estudo da agência, em algumas amostras de macarrão instantâneo, ao comer uma única porção, a pessoa ingeria 167% do sódio recomendado para ser consumido durante um dia inteiro.
Na próxima etapa, a Anvisa pretende trabalhar com a orientação ao consumidor, mostrando a importância da redução de sal no preparo de alimentos e, após isso, negociar com o setor de produção de alimentos (como padarias e restaurantes) para que preparem os alimentos com menos sal.
Conscientização
Para a mestre em Nutrição Carla Adriano Martins, o trabalho da Anvisa é um começo, mas não deve parar por aí. “A partir do nosso estudo, é possível concluir que essa lista pode e deve ser aumentada, haja vista a quantidade de alimentos ricos em sódio encontrados na nossa análise.”
Segundo o médico cardiologista do Hospital Costantini Marco César Barbosa, o esforço não pode se restringir aos órgãos oficiais e passa pela conscientização da população, inclusive com orientação sobre medidas de reeducação alimentar em escolas para crianças e adolescentes.
“Independentemente das medidas da Anvisa, é preciso investimento na educação. Não adianta a indústria reduzir os índices de sódio se a pessoa continuar fazendo escolhas alimentares erradas. A diminuição ajuda, mas sozinha não soluciona o problema.”
Lista
Veja quais alimentos devem sofrer redução na quantidade de sódio até 2016:
• Biscoitos (doces, salgados e recheados)
• Embutidos (salsicha, presunto, hambúrguer, empanados, linguiça, salame e mortadela)
• Caldos e temperos
• Margarinas vegetais
• Maioneses
• Derivados de cereais
• Laticínios (bebidas lácteas, queijos e requeijão)
• Refeições prontas (pizza, lasanha, papa infantil salgada e sopas).
• Massas instantâneas
• Pães de forma
• Bisnaguinhas
• Pão francês
• Bolos prontos
• Misturas para bolos
• Salgadinhos de milho
• Batatas fritas e palha
• Embutidos (salsicha, presunto, hambúrguer, empanados, linguiça, salame e mortadela)
• Caldos e temperos
• Margarinas vegetais
• Maioneses
• Derivados de cereais
• Laticínios (bebidas lácteas, queijos e requeijão)
• Refeições prontas (pizza, lasanha, papa infantil salgada e sopas).
• Massas instantâneas
• Pães de forma
• Bisnaguinhas
• Pão francês
• Bolos prontos
• Misturas para bolos
• Salgadinhos de milho
• Batatas fritas e palha
Além do excesso, a pesquisa constatou uma grande variação na oferta do nutriente entre produtos similares, mas de marcas diferentes, como o molho de tomate. A pesquisadora relata que em alguns não havia adição de sódio, enquanto em outros a quantidade ofertada em 100 gramas de molho chegava a aproximadamente 80% da recomendação diária preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
As conclusões reforçam a importância do cuidado na hora de escolher os alimentos. Segundo a OMS, o ideal é que cada adulto consuma diariamente até cinco gramas de sal, o que equivale a uma colher rasa de chá do produto por dia. No Brasil, pesquisas apontam que a média ultrapassa o dobro e fica em 12 gramas, um perigo para o organismo, já que, em excesso, o sódio leva a um aumento da pressão arterial – a hipertensão –, gerando problemas renais, edemas e doenças cardiovasculares, como enfarte e AVC.
Combinação
Para a professora de Nutrição da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Cyntia Leinig, o problema aparece na soma das taxas de sódio de cada alimento que a pessoa consome ao longo de um dia, o que aumenta as possibilidades de extrapolar facilmente os valores recomendados. “Se no café da manhã tomei um copo de achocolatado e comi um pão com frios, no almoço fiz uma macarronada com extrato de tomate pronto, lanchei um pacote de biscoitos salgados e jantei outro prato da macarronada, é fácil ver que consumi muito mais sódio do que precisaria.”
Segundo a pesquisadora Carla, dentre os exemplos de combinações que merecem cuidado, os molhos industrializados para salada ganham destaque, já que, por terem alto teor de sódio, eles comprometem os benefícios da ingestão dos vegetais. “Outro exemplo de combinação perigosa é o consumo de petiscos, como azeitona, salame, queijo e molhos diversos, como ketchup, mostarda, maionese e shoyu, pois são tipos de alimentos que também podem apresentar alto teor de sódio.”
Porém, as especialistas alertam que o sódio não deve ser totalmente banido da alimentação. Em pequenas quantidades – entre 184 e 230 miligramas por dia – ele não oferece problema algum e tem seus benefícios para o organismo. “O sódio é fundamental para equilibrar o volume celular e a pessoa desempenhar suas atividades normais, como andar ou respirar”, explica Cyntia.
Cuidados
Veja algumas dicas para reduzir a ingestão de sódio:
• Evite os campeões de sódio: reduza o máximo possível o consumo de embutidos (como salsichas, presunto e salame) e desidratados, como sopas prontas e macarrão instantâneo com tempero. Outro perigo são os temperos para comida, como caldos de galinha e carne, além de molhos para salada, shoyu e inglês, todos por terem altas concentrações de sódio. Se puder, consuma produtos em conserva em pequenas porções apenas uma vez por semana e prefira as versões in natura. E é bom ficar de olho no cardápio porque alimentos doces, como biscoitos recheados, chocolates, guloseimas e refrigerantes, inclusive os light e diets, que usam sacarina e ciclamato em sua composição, também têm altos níveis do nutriente.
• Tire o saleiro da mesa: se ele não está próximo, você diminui a vontade de acrescentar sal à comida quando ela está pronta. Se for comer fora de casa, evite os sachês de sal. Cada um contém um grama do produto, então fica fácil extrapolar o limite diário.
• Seja criativo na cozinha: use o mínimo de sal na hora de temperar algum prato e invista em ervas frescas e secas (manjericão, sálvia, cominho, alfavaca, orégano, manjerona e alecrim), pimenta, cebola, alho, salsinha, cebolinha, limão, cheiro verde e vinagre. Uma receita caseira e saudável é fazer um tempero misturando um terço de alho picado, um terço de manjerona e um terço de sal. Outra substituição recomendada é usar o sal de cloreto de potássio, que não têm sódio em sua composição. A única ressalva é que ele não é recomendado para pacientes com problemas renais.
• Reduza aos poucos: como o paladar está acostumado com a comida bem salgada, é difícil se acostumar com o novo sabor dos alimentos se a diminuição for muito radical. Vá adicionando cada vez menos sal aos preparos até chegar a uma quantidade razoável ou eliminá-lo completamente.
• Leia o rótulo: a quantidade de sódio está relacionada na tabela nutricional no rótulo de todos os alimentos industrializados. Leia atentamente, compare marcas e opte sempre pela que tem o menor valor. Também fuja de produtos com mais 600 mg de sódio a cada 100 gramas de alimento, taxa considerada alta e prejudicial à saúde.
• Anote tudo o que come: para saber o quanto ingere de sódio todos os dias, anote os valores referentes a este nutriente em tudo que comeu ao longo do dia e, no fim, some para ver se está dentro do recomendado.
• Prefira alimentos naturais e frescos no lugar dos industrializados: dá mais trabalho, mas procure tirar um tempinho e preparar o máximo de pratos em casa. O hambúrguer pode ser feito com carne moída e ervas em casa. Uma macarronada, por exemplo, fica muito mais saudável se você preferir o macarrão tradicional ao instantâneo, separar os tomates, o alho e as ervas, preparar o molho e evitar o produto industrializado, que é riquíssimo em sódio. Também evite comprar refeições prontas para aquecer, como as carnes cozidas ao molho, pizzas e lasanhas, pois geralmente têm alta quantidade de sódio.
Confira uma lista com alguns alimentos e a quantidade de sódio (em miligramas) em cada um deles:
CAFÉ DA MANHÃ
1 xícara de leite com achocolatado | 160 |
1 xícara de café com leite | 130 |
1 xícara de chá de ervas ou mate | 0 |
1 pão de queijo (20g) | 350 |
1 pão francês | 300 |
2 fatias de pão de forma integral | 250 |
2 colheres de sopa de granola | 200 |
1 fatia de queijo tipo minas | 15 |
1 fatia de queijo prato | 108 |
1 colher de sopa de requeijão cremoso | 167 |
1 colher de sopa de ricota | 42 |
1 colher de sopa de margarina com sal | 100 |
1 colher de sopa de margarina sem sal | 8 |
1 fatia de mamão | 0 |
1 copo de suco de laranja natural | 0 |
1 copo de refresco em pó | 67 |
1 fatia de presunto | 220 |
1 fatia de peito de peru | 110 |
1 colher de sopa de patê de presunto | 66 |
Ovos com bacon (1 ovo com 1 fatia de bacon) | 230 |
ALMOÇO
1 bife grelhado (100g) | 75 |
1 linguiça assada pequena (50g) | 745 |
1 filé pequeno de bacalhau assado (90g) | 1130 |
1 filé de pescada grelhado (100g) | 115 |
1 filé de peito de frango grelhado (100g) | 62 |
1 filé de peito de frango a milanesa (130g) | 158 |
2 colheres de camarão refogado | 367 |
1 concha de feijão simples | 188 |
2 conchas de feijoada | 1140 |
1 concha de batata palha | 120 |
1 concha de batata ou aipim cozido | 20 |
1 concha de farofa temperada | 220 |
1 colher de salada de maionese | 200 |
1 xícara de milho em conserva (100g) | 466 |
1 pires de salada verde | 0 |
1 colher de chá de molho shoyo | 390 |
3 colheres de sopa de arroz branco ou integral (sem sal) | 1 |
3 colheres de sopa de arroz à grega | 362 |
1 copo de refrigerante | 10 |
JANTAR
1 fatia de pizza de calabresa | 790 |
1 fatia de pizza de frango com requeijão | 590 |
1 prato fundo de sopa daquelas de pacote | 814 |
1 prato fundo de sopa caseira de carne e legumes (com pouco sal) | 250 |
1 unidade de macarrão instantâneo (80g) | 1991 |
1 unidade de hambúrguer (80g) | 629 |
1 pedaço de lasanha congelada (150g) | 884 |
1 prato raso de macarrão ao sugo | 420 |
1 misto quente | 830 |
LANCHE
1 pacote de salgadinho tipo chips (50g) | 410 |
2 colheres de sopa (30g) de amendoim salgado | 120 |
6 biscoitos salgados | 250 |
1 barra de cereais (25g) | 30 |
1 empadinha de frango | 525 |
1 maçã | 0 |
1 banana | 0 |
1 barra pequena de chocolate ao leite (35g) | 23 |
1 bola de sorvete de creme | 27 |
1 copo (200ml) de iogurte comum | 120 |
sábado, setembro 29, 2012
Apresentadora Hebe Camargo morre aos 83 anos em São Paulo
A apresentadora Hebe Camargo, uma das pioneiras da televisão brasileira, morreu aos 83 anos na manhã deste sábado (29). Ela teve uma parada cardíaca enquanto dormia em sua casa, em São Paulo. O velório será realizado ainda hoje no Palácio dos Bandeirantes, edifício sede do Governo do Estado de São Paulo.
Wayne Camargo/Rede TV!/ Divulgação
Ampliar imagem
Apresentadora foi uma das pioneiras da TV no Brasil
Confira passagens curiosas da carreira da apresentadora
Hebe esteve na caravana de artistas que foi ao Porto de Santos recepcionar os primeiros equipamentos de televisão do Brasil, em 1948.
No início da televisão brasileira, em 1952, ela foi desconsiderada para aparecer no vídeo por ter sobrancelhas muito grossas e cabelos pretos. "Eu ficava um horror no vídeo", disse em entrevista à Folha de S.Paulo, em 1982.
Tornou-se loira em 1952, após voltar de viagem dos Estados Unidos. "Me apaixonei pela loirice", explicou Hebe na ocasião.
Durante o 3º Festival de Música Popular da TV Record, em 1967, Hebe entrou para interpretar a canção "Volta Amanhã", sob vaias crescentes. Hebe segurou as lágrimas, e mesmo sem poder ser ouvida pelo público, cantou a música até o final.
Em julho de 1985, Hebe jogou seu microfone no chão no meio da transmissão ao vivo de seu programa, na TV Bandeirantes, e queixou-se da emissora. Ela exigiu melhor tratamento por parte do canal e mais recursos, como novos cenários, mais pessoas na produção e músicos na orquestra. A Bandeirantes prometeu atendê-la.
Desde o início de seus programas na TV, ela foi acusada de cometer inúmeras gafes, fama que a acompanhou por toda sua carreira. Certa vez, Hebe perguntou quantos músicos tem um trio. Dizem também que teria perguntado ao primeiro homem a pisar na Lua, o astronauta Neil Armstrong, se na Lua havia luar.
Em 1975, juntou-se a uma série de artistas brasileiros para pedir ao então Ministro das Comunicações, Quandt de Oliveira, providências para a diminuição de programas estrangeiros, chamados de enlatados, e filmes de violência na grade de programação da TV. "Estão tirando empregos de artistas brasileiros", justificou.
Em 8 de setembro de 1981, o avião em que Hebe, o marido Lélio Ravagnani e mais quatro amigos viajavam sofreu uma pane no motor esquerdo e caiu. "Eu vi a morte de perto", afirmou a apresentadora após o acidente.
Dentre as maiores entrevistas que realizou, a apresentadora cita o astronauta norte-americano Neil Armstrong, um mês depois de ele ter pisado na Lua. "Nem acreditei que estava acontecendo comigo [a entrevista]". Ela também entrevistou o cirurgião sul-africano Christian Barnard, autor do primeiro transplante de coração da história.
Em 1985, ela foi convidada para posar nua na revista masculina "Playboy", mas recusou. "Se não fiz quando tinha 18 anos, não será agora que vou fazer".
Em março de 1994, o então presidente da Câmara de Deputados, Inocêncio Oliveira, e o presidente do Senado, Humberto Lucena, decidiram processar criminalmente Hebe, que sugeriu em seu programa o fechamento do Congresso. Hebe rebateu afirmando que tinha "pena" de Inocêncio, e disse que o processo não teria sucesso. "Se nem a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] teve resultado, acho que esse negócio de me processar não vai dar em nada", afirmou na época. Poucos dias depois, Inocêncio retirou o processo.
Seu amigo, o político Paulo Maluf, sugeriu o nome de Hebe para ser candidata a prefeitura de São Paulo após a gestão de Celso Pitta, em 1999. Hebe achou a proposta "uma gracinha", mas desautorizou a candidatura.
Ela estreou no cinema em "Quase no Céu", de Oduvaldo Vianna, lançado em maio de 1949, mas só voltou às telonas em 2009, para fazer uma ponta em "Xuxa e o Mistério de Feiurinha".
No início da televisão brasileira, em 1952, ela foi desconsiderada para aparecer no vídeo por ter sobrancelhas muito grossas e cabelos pretos. "Eu ficava um horror no vídeo", disse em entrevista à Folha de S.Paulo, em 1982.
Tornou-se loira em 1952, após voltar de viagem dos Estados Unidos. "Me apaixonei pela loirice", explicou Hebe na ocasião.
Durante o 3º Festival de Música Popular da TV Record, em 1967, Hebe entrou para interpretar a canção "Volta Amanhã", sob vaias crescentes. Hebe segurou as lágrimas, e mesmo sem poder ser ouvida pelo público, cantou a música até o final.
Em julho de 1985, Hebe jogou seu microfone no chão no meio da transmissão ao vivo de seu programa, na TV Bandeirantes, e queixou-se da emissora. Ela exigiu melhor tratamento por parte do canal e mais recursos, como novos cenários, mais pessoas na produção e músicos na orquestra. A Bandeirantes prometeu atendê-la.
Desde o início de seus programas na TV, ela foi acusada de cometer inúmeras gafes, fama que a acompanhou por toda sua carreira. Certa vez, Hebe perguntou quantos músicos tem um trio. Dizem também que teria perguntado ao primeiro homem a pisar na Lua, o astronauta Neil Armstrong, se na Lua havia luar.
Em 1975, juntou-se a uma série de artistas brasileiros para pedir ao então Ministro das Comunicações, Quandt de Oliveira, providências para a diminuição de programas estrangeiros, chamados de enlatados, e filmes de violência na grade de programação da TV. "Estão tirando empregos de artistas brasileiros", justificou.
Em 8 de setembro de 1981, o avião em que Hebe, o marido Lélio Ravagnani e mais quatro amigos viajavam sofreu uma pane no motor esquerdo e caiu. "Eu vi a morte de perto", afirmou a apresentadora após o acidente.
Dentre as maiores entrevistas que realizou, a apresentadora cita o astronauta norte-americano Neil Armstrong, um mês depois de ele ter pisado na Lua. "Nem acreditei que estava acontecendo comigo [a entrevista]". Ela também entrevistou o cirurgião sul-africano Christian Barnard, autor do primeiro transplante de coração da história.
Em 1985, ela foi convidada para posar nua na revista masculina "Playboy", mas recusou. "Se não fiz quando tinha 18 anos, não será agora que vou fazer".
Em março de 1994, o então presidente da Câmara de Deputados, Inocêncio Oliveira, e o presidente do Senado, Humberto Lucena, decidiram processar criminalmente Hebe, que sugeriu em seu programa o fechamento do Congresso. Hebe rebateu afirmando que tinha "pena" de Inocêncio, e disse que o processo não teria sucesso. "Se nem a CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito] teve resultado, acho que esse negócio de me processar não vai dar em nada", afirmou na época. Poucos dias depois, Inocêncio retirou o processo.
Seu amigo, o político Paulo Maluf, sugeriu o nome de Hebe para ser candidata a prefeitura de São Paulo após a gestão de Celso Pitta, em 1999. Hebe achou a proposta "uma gracinha", mas desautorizou a candidatura.
Ela estreou no cinema em "Quase no Céu", de Oduvaldo Vianna, lançado em maio de 1949, mas só voltou às telonas em 2009, para fazer uma ponta em "Xuxa e o Mistério de Feiurinha".
Na última quinta-feira (27), o SBT havia anunciado a volta de Hebe à emissora. Ela estava afastada do canal de Silvio Santos desde dezembro de 2010, quando não renovou seu compromisso e migrou para a Rede TV!.
As idas e vindas de Hebe ao hospital começaram naquele ano, quando ela passou por cirurgia e quimioterapia após ser diagnosticada com câncer no peritônio, membrana que envolve os órgãos do aparelho digestivo.
Em março deste ano, outro susto. A apresentadora passou por outra cirurgia para retirar um tumor no intestino. Um mês depois, recuperada, porém um pouco debilitada, voltou ao ar na Rede TV!.
Em junho, Hebe foi levada às pressas ao hospital para a retirada da vesícula. No mês seguinte, ficou internada por cinco dias para realizar exames de rotina.
Em junho, Hebe foi levada às pressas ao hospital para a retirada da vesícula. No mês seguinte, ficou internada por cinco dias para realizar exames de rotina.
Doenças
Em janeiro de 2010, Hebe Camargo foi internada no mesmo hospital, o Albert Einstein, em São Paulo, para a retirada de um tumor.
A operação ocorreu assim que os médicos diagnosticaram nódulos no peritônio, membrana que envolve a cavidade abdominal --um câncer raro, mas tratável, segundo a equipe do hospital.
Após a cirurgia, Hebe começou a fazer sessões de quimioterapia para combater a doença. Em março, em meio ao tratamento, voltou a gravar seu programa, então no SBT, emissora que a acolheu por 25 anos.
"Vou vivendo como se nada tivesse acontecido", disse a apresentadora ao fim da gravação. "Vou para a quimioterapia e não sinto nada, é uma coisa mágica na minha vida", contou.
Na ocasião, Hebe afirmou que foi um pouco relapsa com sua saúde. "Eu fui um pouco, só fazia exame de sangue", disse, completando que nunca teve nenhuma doença. "Só ia no hospital pra fazer plástica, ou no peito ou na cara."
A apresentadora falou ainda sobre a perda de cabelos acarretada pela quimioterapia. "O meu médico comentou com meu sobrinho que meus cabelos iam cair, e foram os cabelos dele que começaram a cair de medo [de contar]. Quando eu soube, não tive impacto nenhum", disse.
Hebe contou que ligou então para uma conhecida e fez "umas três, quatro" perucas. "Vocês estão crentes que é o meu cabelo? É peruca, pode fotografar!"
Em abril de 2010, a assessoria de imprensa da apresentadora afirmou que o câncer que a acometia já não existia mais.
Em abril de 2010, a assessoria de imprensa da apresentadora afirmou que o câncer que a acometia já não existia mais.
Volta ao SBT
O contrato de Hebe com o SBT foi selado em uma reunião entre a cúpula da emissora e o empresário dela, Cláudio Pessuti. Daniela Beyruti, diretora artística e de programação da rede, José Roberto Maciel, vice-presidente, e Leon Abravanel, diretor de produção, estavam presentes.
"Diretores e colaboradores do SBT comemoram a volta da artista, que sempre foi uma das mais queridas da casa", dizia o comunicado da emissora.
A negociação entre Hebe e SBT ocorria desde junho e foi revelada pela coluna Outro Canal, da Folha de S.Paulo. Foi o apresentador Ratinho quem iniciou a aproximação entre as partes.
Em 17 de setembro deste ano, ela se desligou da Rede TV!, cujo compromisso iria até dezembro.
Hebe teria ficado meses sem receber seu salário e participação no merchandising de sua atração. No comunicado em que anunciou a saída da loira, o canal disse não ter pendências financeiras com ela.
Hebe não realiza gravações para a televisão desde junho, quando se submeteu a novas internações por conta de um tratamento contra um câncer no peritônio, descoberto em 2010.
Recentemente, Silvio Santos telefonou para a apresentadora, desejando que ela se recuperasse logo para retornar à TV.
Hebe estava escalada para participar do Teleton, que será exibido pelo SBT em novembro.
Hebe estava escalada para participar do Teleton, que será exibido pelo SBT em novembro.
Confira a cronologia da vida da apresentadora:
8 de março de 1929 - Nasce Hebe Maria Camargo, na cidade de Taubaté, interior do Estado de São Paulo
1943 - A família se muda do interior para a capital paulista
1944 - Inicia a carreira como cantora no programa "Clube Papai Noel", na Rádio Tupi
1948 - Integra a caravana de artistas que foi ao Porto de Santos recepcionar os primeiros equipamentos de televisão do Brasil
1950 - Grava seu primeiro compacto em 78 rotações, com os sambas "Oh! José" e "Quem Foi que Disse"
1955 - Estreia seu primeiro programa de entrevistas na televisão, "O Mundo É das Mulheres", que permanece nove anos no ar
1964 - Casa-se com o empresário Décio Capuano, e decide dar uma pausa na carreira televisiva para cuidar da família
1965 - Dá a luz a Marcello, seu único filho
1966 - Estreia na TV Record com o "Programa Hebe", tendo como convidado o cantor Roberto Carlos
1971 - Separa-se de Capuano e decide se afastar novamente da televisão
1973 - Conhece o empresário Lélio Ravagnani, com quem viveu até o ano 2000, quando ele morreu
1981 - Retornou à televisão com um programa de entrevistas na TV Bandeirantes, onde ficou quatro anos
1986 - Assina seu primeiro contrato com Silvio Santos, para um programa ao vivo no SBT
1999 - Volta a gravar discos, com o álbum "Pra Você", com repertório romântico
2001 - Grava "Como É Grande Meu Amor por Você - Hebe e Convidados", álbum que conta com diversas participações
2006 - No mês de abril, comemorou o milésimo programa pelo SBT
2009 - Participa do filme "Xuxa e o Mistério de Feiurinha", interpretando a sogra de Xuxa.
2011 - Após 25 anos no SBT, Hebe estreia programa na Rede TV!
2012 - Morre em 29 de setembro, vítima de uma parada cardíaca
Fonte: Gazeta do Povo 29/09/2012
Planejado para ser um novo bairro, Neoville agora quer atrair comércio
O Neoville tem até agora três empreendimentos prontos - dois condomínios de sobrados e um condomínio fechado. A proposta é que até 2017 a incorporação imobiliária resulte em um Valor Geral de Venda (VGV) de até R$ 2,3 bilhões, segundo a diretora presidente da Canet Júnior Desenvolvimento Imobiliário S.A, Fabiana Canet. A estimativa é que até lá 20 mil pessoas passem a residir na área, o equivalente à população de um bairro como o Alto da Glória.
Passado
Área, na CIC, abrigou fazenda de gado da família Canet
No passado, o terreno do Neoville foi usado como fazenda de gado da própria família Canet. Por quase 30 anos o espaço permaneceu intocado no meio da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), o bairro mais populoso da cidade e conhecido por abrigar a primeira fase de industrialização da capital, na década de 1970. A CIC congrega 5,7 mil empresas e uma população de 174,3 mil habitantes. Se fosse um município, seria o nono maior do estado. Sozinha, essa região representa 10% da área de Curitiba.
Desde a criação do Jardim Social, no fim da década de 1960, não há um loteamento não popular do porte como o Neoville em Curitiba. Ao contrário do Ecoville, que surgiu por uma iniciativa de um conjunto de construtoras e que abrangeu vários terrenos de diferentes donos, o Neoville surge da área de um único proprietário.
Localizado no Mossunguê, o Ecoville é outro exemplo de fenômeno de recente exploração imobiliária. Até a década de 1980, população e mercado não davam muita importância para a região, composta por casas e chácaras em meio a mais de 800 mil metros quadrados de área verde cortada por duas largas vias rápidas.
Foi a partir dos nos 90, que quatro construtoras – Hauer, Casa Construção, Moro e Thá – “descobriram” a região e começaram a construir empreendimentos residenciais verticais de alto padrão, depois de uma mudança na lei de zoneamento para a região.
Segundo Fabiana, a intenção para 2013 é reforçar negociações para a atrair investimentos na área de serviços, como supermercado, shopping e escolas. “Fomos procurados por um grupo da área de shopping center de fora de Curitiba. Mas foi, por equanto, somente uma prospecção”, diz ela, sem dar mais detalhes. “Essa será a nossa segunda fase do Neoville. Antes precisávamos criar a demanda para que pudéssemos atrair esses investimentos comerciais”, afirma.
O terreno, unido pela rua Pedro Gusso à Avenida das Indústrias, pertence à família Canet há mais de 60 anos – antes mesmo de Jayme Canet Júnior ser nomeado governador, em 1975, pelo então presidente Ernesto Geisel. Há alguns anos, a área chegou a ser alvo de propostas de compra por parte de grandes indústrias, mas a família recusou as ofertas.
Todos os projetos tem a incorporação da empresa, mas o grupo fez uma parceria com a Thá no maior empreendimento até agora do bairro, o Barcelona Neoville, com 576 apartamentos em 12 torres, que deve ser entregue em três etapas: fevereiro, junho e dezembro de 2013. O Valor Geral de Venda é de R$ 105 milhões. O empreendimento deve abrigar mais 2,5 mil pessoas. A Canet detém 70% do negócio e a Thá os outros 30%. Além desse, há as obras do Vila Tenerife, de sobrados. Até agora foram entregues 24 unidades, de um total de 55 previstos até o fim do ano.
O grupo é responsável pela infraestrutura, como arruamento, serviços de água, esgoto, drenagem, iluminação e sinalização. Até agora, segundo Fabiana, foram investidos R$ 25 milhões – um terço do total previsto. Ao todo são 522 lotes, 39 quadras, 11 quilômetros de ruas. “As obras de infraestrutura contribuíram para a valorização dos preços dos imóveis”, diz.
O preço do metro quadrado de área útil um sobrado passou de R$ 1,3 mil em 2007 para R$ 2,7 mil agora. Os apartamentos acumulam valorização equivalente e hoje valem cerca de R$ 3,7 mil o metro quadrado de área útil. Em média os valores dos imóveis variam de R$ 177 mil a R$ 233 mil. De acordo com um levantamento feito pela Brain Consultoria a pedido do grupo Canet, o morador do Neoville tem em média de 31 a 40 anos, com filhos e renda familiar entre R$ 6 mil e R$ 8 mil. A maioria morava na região sul de Curitiba.
Para o próximo ano, a previsão não é lançar novos empreendimentos imobiliários. As compras estão mais lentas e seletivas, segundo Marcelo Canet Krause, membro do conselho da empresa. “Hoje o comprador está informado e quer entrega no prazo”, diz.
sexta-feira, setembro 28, 2012
Incêndio em borracharia causa bloqueios na região do Prado Velho
Pelo menos sete viaturas do Corpo de Bombeiros atendem a ocorrência, que já foi controlada, mas ainda há necessidade de combate em focos isolados e de um trabalho de rescaldo. Às 8 horas, materiais são revirados e água é jogada para resfriar o local.
Segundo incêndio complica ainda mais o trânsitoConforme os bombeiros, o barracão tem área total de mil metros quadrados. O fogo começou no depósito, com grande quantidade de borracha, e os agentes conseguiram impedir que as chamas atingissem a área de serviço. Não havia equipamentos ligados e ainda não há hipóteses sobre como o fogo tenha começado.
Um segundo incêndio atingiu uma residência na Avenida Getúlio Vargas, entre as ruas Lamenha Lins e Brigadeiro Franco. Não houve vítimas por consequência do fogo e oito viaturas do Corpo de Bombeiros atenderam a ocorrência. O trânsito está parcialmente bloqueado neste ponto às 8h30.
Como os incêndios ocorreram em horários muito próximos, segundo os Bombeiros, viaturas trabalharam em revezamento nos dois locais conforme as chamas foram controladas. Os agentes que atenderam a ocorrência suspeitam que um aquecedor possa ter causado o incêndio. O aparelho teria ficado ligado a noite toda. Uma investigação da Polícia Científica deve apontar com detalhes as causas do acidente.
O trânsito também foi bloqueado no local, o que prejudica não só o fluxo de veículos, mas também de linhas de ônibus. Neste ponto, às 8 horas, a Secretaria de Trânsito (Setran) promoveu dois bloqueios.
O primeiro é na Getúlio Vargas, no local do incêndio. As pistas foram liberadas parcialmente às 8h30. O segundo bloqueio é na esquina entre a Brasílio Itiberê e a Brigadeiro Franco, no sentido Mercês, que foi liberado totalmente às 8h25. O trânsito, segundo a Setran, é bastante complicado no local.
Fonte: Gazeta do Povo 28/09/2012
quinta-feira, setembro 27, 2012
Um Eterno Gozador,
O doutor André Romeiro de Souza, Advogado Criminalista de Férias em Natal RN,
escreveu em seu Facebook que esta sofrendo em Natal, e por gozador como sempre
ainda postou uma foto mostrando que tipo de sofrimento que esta passando,o azia
deve estar quebrando pedras com uma marreta numa pedreira veja a foto do sofrimento
do Gozador.
Os “padrinhos” que podem decidir a eleição em Curitiba
O apresentador Ratinho, o governador Beto Richa, o senador Roberto Requião, os ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann são os principais cabos eleitorais em Curitiba. Veja como eles avaliam a eleição deste ano
Até que ponto um bom “padrinho” pode ajudar um candidato em uma disputa eleitoral? Historicamente, já está provado que um “cabo eleitoral de peso” pode ajudar e levar um candidato à vitória. O exemplo mais recente é o da presidente Dilma Rousseff, que teve o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se eleger, em 2010. Os quatro principais candidatos à prefeitura de Curitiba também têm cabos eleitorais de peso: Ratinho Jr. (PSC)conta com o apoio do pai, o apresentador de televisão Ratinho; Luciano Ducci (PSB) tem ao seu lado o governador Beto Richa (PSDB); Rafael Greca (PMDB) tem apoio do senador Roberto Requião; e Gustavo Fruet (PDT) tem o apoio do PT e dos ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann. A Gazeta do Povo ouviu os “padrinhos” para saber como eles avaliam a eleição deste ano.
Ratinho: “Sempre quis que um filho meu fosse prefeito”
Carlos Roberto Massa, o Ratinho, já foi vereador e deputado federal, mas largou o mandato na Câmara Federal porque não tinha “paciência de escutar discursos longos”. Mais de 20 anos depois de deixar o Congresso para se dedicar à televisão e ficar conhecido em todo o país, Ratinho está novamente em uma campanha eleitoral. Desta vez, para ajudar a eleger o filho Ratinho Júnior (PSC) prefeito de Curitiba. “É um sonho. Tenho três filhos e sempre quis que um deles fosse prefeito ou governador”.
Alguns apontam Ratinho como o grande cabo eleitoral da campanha. Ele tem percorrido os bairros para pedir votos e promete redobrar o esforço em um eventual segundo turno, pedindo votos de porta em porta. O maior trunfo da campanha, diz o apresentador, é a independência do filho. “É uma candidatura independente. Ele poderá contar com um bom quadro técnico, não vai fazer um cabide de empregos para atender partidos. Os únicos políticos que estão trabalhando diretamente na campanha são o Fabio [Camargo, deputado estadual] e o [Renato] Adur, ex-deputado que coordena a campanha.”
O desempenho do filho nas pesquisas não surpreende. “Através do rádio, ele [Ratinho Júnior] foi criando comunidades que são pontos de apoio. Esses pontos estão dando essa consistência”, diz. “O curitibano não quer nada mirabolante, não quer mais um Museu do Olho. Ele quer que a calçada seja bem feita, um novo modelo de ônibus.”
Ratinho tem dado palpites nos programas de televisão do filho, mas diz que nem sempre é ouvido. E garante que a sua carreira política acabou. Ele diz que, caso o filho seja eleito, não participará da administração.
“O Luciano foi testado e aprovado”, afirma Beto Richa
O governador do Paraná tem interesse direto na eleição municipal de Curitiba e não esconde isso. A reeleição do prefeito Luciano Ducci (PSB) é ponto crucial no plano de Beto Richa (PSDB) de renovar o mandato no governo do estado em 2014. O governador não tem medido esforços. A cada caminhada e carreata pelos bairros, Richa está ao lado de Luciano. Em praticamente todos os programas eleitorais de televisão a figura do governador é recorrente. “O Luciano é um prefeito testado e aprovado. A aprovação popular da sua gestão é alta e é considerado, nas pesquisas nacionais, o melhor prefeito do Brasil. Eu não tenho dúvida que ele é o mais preparado”, diz Richa.
Esforço parecido tem sido feito pela primeira-dama do estado, Fernanda Richa, que pediu exoneração da Secretaria da Família para percorrer os bairros da capital pedindo votos. Outros secretários estaduais também devem entrar na campanha em caso de segundo turno.
É possível que o próprio Richa se licencie do governo, em um eventual segundo turno, para se dedicar à campanha de Ducci nos dias que antecedem a eleição. A intenção é tentar transferir a grande popularidade do tucano em Curitiba para o candidato à reeleição.
Richa usa o tom de cautela ao falar em 2014 e não pensa em um cenário diferente senão o da vitória de Luciano Ducci. Caso os planos de Richa e Luciano não se concretizem, o governador admite conversar com o futuro prefeito. “Eu espero contar com o apoio de todos os prefeitos do Paraná se eu for candidato em 2014”, afirma.
Paulo Bernardo: “Fruet não precisa de medalhão”
Responsável pela estratégia de aproximação entre o PT e Gustavo Fruet (PDT), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, diz que o candidato “não precisa de medalhão” para fazer campanha. “A principal referência é ele mesmo, por tudo o que ele já fez na política, pelo currículo que construiu”, afirma Paulo Bernardo. A propaganda eleitoral do pedetista, no entanto, enfatiza o apoio de duas “madrinhas”, a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a presidente Dilma Rousseff.
Mulher de Paulo Bernardo, Gleisi tem destaque nos programas de televisão, enquanto Dilma não gravou qualquer mensagem personalizada para a campanha de Fruet. Até agora, a presidente fez vídeos para candidatos do PT e de legendas da base aliada ao governo federal em pelo menos cinco capitais (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e Salvador).
O ministro cita que, pelos cargos que ocupam, ele e Gleisi têm limitações para participar pessoalmente de eventos da campanha. Além disso, ambos estão envolvidos em disputas em outros municípios. “Temos ficado em Brasília, normalmente, de segunda a sexta. Quando é possível, chego na sexta à tarde. Mas a Gleisi chega na sexta à noite.”
Apesar disso, ele diz que é possível colaborar. “A Gleisi tem andado com o Gustavo pelos bairros, mas os grandes veículos de campanha são o rádio e a televisão.” Também negou que os petistas estejam deixando Fruet para apoiar Ratinho Júnior (PSC). “O PT e as suas lideranças públicas estão na campanha do Gustavo.” Por outro lado, o ministro admite que não possui instrumentos para fazer com que todos os simpatizantes ao PT sigam essa orientação. “Nossa função é convencer, mas não podemos obrigar ninguém a votar no nosso candidato.”
Requião: “Lançamos o greca por respeito a Curitiba”
Quando venceu a eleição para prefeito de Curitiba, em 1985, Roberto Requião começou uma rivalidade com Jaime Lerner que com os anos se transformou no Atletiba da política paranaense. Nessa disputa, poucos mudaram de time. Um dos raros exemplos é Rafael Greca, que se elegeu prefeito em 1992 como candidato de Lerner e agora tenta voltar ao cargo tendo Requião como principal cabo eleitoral.
Avalista de Greca no PMDB, Requião diz que o passado de conflitos está superado. “Isso não tem importância. O que interessa é o que o Greca é hoje”, afirma o senador. “Não é pelo fato de que eu briguei com o piloto de um Boeing que eu vou recomendar que você pilote o avião.”
O apoio de Requião foi fundamental para o PMDB lançar Greca. Antes da convenção municipal, a maioria dos deputados estaduais defendeu uma aliança com Luciano Ducci (PSB). O senador diz que a escolha foi influenciada pela qualificação de Greca. “O PMDB e eu apoiamos e lançamos o Greca por respeito a Curitiba. É o único candidato com experiência suficiente, que tem uma visão da cidade”, diz. “Trabalhou comigo no governo [do estado], tem ideias, tem competência, tem formação profissional”. Para Requião, seu candidato é “melhor que todos os outros juntos.”
Sobre o peso de seu apoio, o senador diz que nunca se utilizou da máquina pública para fazer campanha. Desde que deixou a prefeitura, em 1989, nenhum dos candidatos apoiados por ele para prefeito ou governador se elegeram. “Quando fui governador, por exemplo, nunca me licenciei para apoiar um ou outro. Sempre achei que escolhi o melhor candidato, mas eleições têm outros fatores.”
Assinar:
Postagens (Atom)