Segundo informações da filha, Elaine Maria Sotto Maior Pereira, Arzua tinha problemas de saúde, mas estava bem. “Ele tomava remédios para o coração e contra a diabete”, diz.
Recentemente, Arzua deu entrevista ao jornalista Fernando Parracho no programa Passado e Presente da ÓTv.Em nota, o atual prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, decretou luto oficial na capital por três dias por causa do falecimento de Ivo Arzua. Ducci lamentou a morte daquele que, segundo ele, está entre “os grandes prefeitos da história desta cidade” que “honrou a prefeitura de Curitiba no exercício de seu mandato”.
Planejador urbano
Arzua foi o catalizador das ideias que revisaram o Plano Agache de 1943 e deram origem ao que pode ser considerado o segundo Plano Diretor da cidade, instituído durante sua gestão.
Suas obras mais importantes se concentraram no alargamento das ruas Marechal Deodoro e Marechal Floriano e da própria Rua Quinze de Novembro. Criou o espaço exclusivo para uso dos pedestres na Travessa Oliveira Belo, entre a Praça Zacarias e a Avenida Luiz Xavier, cuja denominação original voltou na sua gestão.
Arzua também foi ministro da Agricultura do governo de Costa e Silva, quando assinou o Ato Institucional nº 5 (AI-5), que recrudesceu a ditadura no país, em 13 de dezembro de 1968. Ele foi um dos 19 que assinou o ato, mas apresentou seu voto por escrito e condicionado a vários termos, conta. Entre eles, que o ato fosse de curta duração, como relembra em entrevista à Gazeta do Povo em 2008 na séria que falou sobre os 40 anos do ato.
Em uma das suas últimas entrevistas à Gazeta do Povo, por ocasião do aniversário de Curitiba em 2011, criticava o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), criado no seu governo, por não ter procurado a população para discutir as intervenções, em um diálogo aberto e democrático. Apontava também à falta de atenção ao saneamento e à correta drenagem de solo como prioridades.
Fonte: Gazeta do Povo 10/09/2012
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