quinta-feira, outubro 31, 2013

Dicas para encontrar a melhor instituição de ensino para o seu filho

Ivonaldo Alexandre / Gazeta do Povo / Kátia Schuchovski e os filhos Augusto e Eduardo: busca por referências para definir a escola das crianças
Antes de sair em busca da instituição de ensino, os pais devem estabelecer algumas prioridades e considerar se desejam uma escola mais tradicional ou mais liberal, que seja de cunho religioso ou não, que priorize o conteúdo ou uma ampla formação humanística. A identificação dos pais com os valores que a escola prega é o primeiro passo para uma escolha segura. “Do contrário, isso pode causar transtornos futuros quando o colégio não atender a certas expectativas dos pais e os valores começarem a se confrontar”, diz a psicóloga educacional Viviane Tetu, que leciona na PUCPR.
Para ver como a filosofia da escola é posta em prática, indica-se visitar a instituição em horário de aula – e não durante o período de férias ou após o horário de funcionamento. Isso também é importante para perceber a dinâmica de funcionamento da instituição e o grau de diálogo e liberdade que os pais têm na escola.
• Considere a localização
O tempo de deslocamento diário até a escola deve ser levado em consideração porque pode ter consequências sobre o rendimento do aluno. “Se a criança passar muito tempo no carro ou no transporte escolar, o cansaço pode vir a atrapalhar sua disposição de assistir às aulas”, diz a doutora em educação da Universidade Positivo Maísa Pannuti. Na avaliação desse quesito, tudo dependerá da disponibilidade dos pais.
• Observe a estrutura física
Um ambiente limpo, bem iluminado e com segurança é fundamental para o bom aprendizado das crianças e para a segurança emocional dos pais. Portanto, é preciso prestar atenção na estrutura dos espaços de socialização, como pátios e áreas de convivência, e salas de aula. “Mais importante que observar a existência da biblioteca e de laboratórios, como os de ciências e de computação, por exemplo, é preciso saber a frequência com que esses espaços são aproveitados pelas crianças”, salienta a pedagoga Adriane Knoblauch, do Departamento de Teoria e Prática de Ensino da UFPR.
Outro ponto a se observar na estrutura é o número de alunos por sala de aula. Se muito excessivo, pode atrapalhar o rendimento escolar. Na hora de avaliar os espaços externos, certifique-se de que existe área suficiente para as crianças brincarem e preste atenção na higiene desses locais e nos itens de segurança obrigatórios – como tomadas isoladas, pisos antiderrapantes, acessos bloqueados a escadas e piscinas e janelas com rede de proteção.
• Avalie o projeto pedagógico
Ele reflete diretamente a filosofia da escola e representa como o conhecimento será tratado, englobando o material pedagógico (livros, apostilas, jogos e aparelhos eletrônicos) e as formas de avaliação (provas e trabalhos). Deve-se ficar atento também às formas de avaliação, que devem servir para medir o aprendizado e criar estratégias para cada aluno superar suas dificuldades. Os pais devem avaliar os diferentes projetos pedagógicos de acordo com o ritmo de cada criança.
• Fique de olho nos professores e funcionários
A dica principal para avaliar esses profissionais é fazer uma visita e reparar no comportamento deles para com as crianças. Na conversa com pedagogos ou com o diretor da escola, vale perguntar sobre a formação dos funcionários, se existem capacitações recorrentes para os professores e se há um giro muito grande de profissionais – o que pode indicar que o ambiente de trabalho não é dos melhores. Na dúvida, fale com o professor, tire suas dúvidas e converse sobre a possibilidade de assistir a uma aula.
• Procure referências
Conversar com pais de alunos ajuda a sanar diversas dúvidas. Se não tiver muitas questões, uma boa pergunta que pode servir de termômetro da qualidade da instituição é: “O que você mais gosta desta escola?” Foi o que fez a gerente de projetos Kátia Schuchovski (foto) no momento em que estava procurando uma escola para seus filhos, Eduardo, 5 anos, e Augusto, 2 anos.
“O que mais me atraiu na escola que escolhi foi a filosofia de vida que eles transmitem. No início, porém, fiquei bastante receosa por causa do método pedagógico que eles usam. Mas fiquei segura depois de conversar com amigos e familiares que se formaram nessa mesma escola. Eles me proporcionaram a segurança de que eu precisava”, conta Kátia.
• Não priorize uma escola por causa de rankings
Os especialistas em educação são unânimes em afirmar que não se deve escolher a escola apenas observando os resultados dos alunos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) ou no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Embora esses rankings possam servir até de base na procura pela escola ideal, o melhor ainda é a visita pessoal, pois nem sempre o colégio vai condizer com o perfil da criança”, defende a psicóloga educacional da PUCPR Viviane Tetu. Por isso, desista de encontrar a escola mais “forte”. Procure a mais adequada para o seu filho e para a sua família.
Quanto cabe
Veja a quantidade de alunos por sala de aula que é indicada para cada faixa etária:
Até dois anos
Seis a oito crianças por professor disponível em sala é o número ideal para a Educação Infantil, segundo recomendação do MEC.
3 anos
Até 15 crianças por professor em sala é o numero aceito pelo MEC.
4 a 6 anos
Nessa faixa etária, o número máximo recomendado é de até 20 estudantes por sala.
Ensino fundamental
De 25 a 35 alunos é o número ideal de estudantes por sala de aula dessa faixa, segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seed). Para o Conselho Nacional de Educação (CNE), o ideal seria 25 alunos por sala nos anos iniciais e até 30 estudantes nos anos finais.
Ensino médio
No máximo, 40 alunos por sala, de acordo com a Seed. O CNE recomenda até 35 estudantes.
Fontes: Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil do Ministério da Educação (2006), resolução 4527/2011 - Secretaria de Estado da Educação (Seed) e Parecer CNE/CEB Nº 9/2009.

quarta-feira, outubro 30, 2013

Goteiras ameaçam o acervo do Museu do Tropeiro

Josué Teixeira/Gazeta do Povo / Movimento tropeiro ajudou a fundar várias cidades no Paraná entre os séculos 17 e 19
O acervo do Museu do Tropeiro, em Castro, na Região dos Campos Gerais, mudou de endereço por tempo indeterminado. As condições precárias do prédio original, inaugurado em 1977, e que hoje sofre com goteiras e infiltrações, forçaram a transferência para garantir a segurança dos visitantes e a manutenção das peças.
Recursos
Esperança do município é receber verba do governo do estado
A esperança da Associação de Amigos do Museu do Tropeiro é de que a prefeitura de Castro consiga concretizar uma linha de financiamento com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedu) para restaurar o museu. O governador Beto Richa (PSDB) anunciou que R$ 5,1 milhões serão destinados para o município, e R$ 500 mil serão empregados na restauração do museu e o restante será aplicado em um pavilhão municipal e em obras de pavimentação.
No entanto, segundo a assessoria de imprensa da Sedu, a liberação do recurso depende da aprovação de projetos técnicos, de certidões negativas e da capacidade de endividamento do município. Só após os estudos, é que será aberta a licitação para a obra. O tempo previsto para restauro ainda é desconhecido. “Eu acredito que seria mais de um ano porque a obra é minuciosa, não é uma simples reforma”, aponta Amélia Podolan Flügel, da Seção de Patrimônio Histórico e Cultural da prefeitura de Castro.
Na Casa da Praça, que fica a uma quadra do Museu do Tropeiro, na praça da Catedral de Sant’Ana, o acervo ocupa três salas que antes eram usadas para exposições de artistas locais e regionais. As demais salas da Casa da Praça continuam sendo usadas para exposições de artistas.
Serviço
Visitação
O Museu do Tropeiro fica na Casa da Praça, em frente da Catedral de Sant’Ana. Rua Getúlio Vargas, 10, em Castro. Aberto à visitação de terça-feira a sábado, das 8 às 12 horas e das 13 às 17 horas. Aos domingos, das 13 às 17 horas. A entrada é gratuita.
O espaço é tido como o único do Brasil a conter peças originais usadas no ciclo do tropeirismo, que ocorreu dos séculos 17 ao 19 no país. Os tropeiros saíam de Viamão, no Rio Grande do Sul, para Sorocaba, em São Paulo. Eles vendiam mulas e cavalos que eram usados como meio de transporte no ciclo do ouro, no século 17. Nos quase 2 mil quilômetros de trajeto que percorriam pelo interior do Brasil formavam cidades, como a de Castro, que foi fundada em 1857 como a primeira da província do Paraná.
Selas, roupas, chapéus e baús usados pelos tropeiros foram reunidos e formaram um acervo de aproximadamente 1,5 mil peças, que funcionou nos últimos 36 anos na antiga casa de um dos fundadores de Castro, Carneiro Lobo, construída em taipa e com telhas de barro.
O imóvel foi tombado em março de 1978, um ano após a inauguração do museu, como patrimônio histórico do Paraná. O status, no entanto, não garantiu sua conservação. Hoje as portas têm cupins, as paredes têm rachaduras e o piso está cedendo em alguns pontos. Amélia Podolan Flügel, da Seção de Patrimônio Histórico e Cultural da prefeitura de Castro, conta que a mudança do acervo foi necessária. “As goteiras deixavam o piso mais liso e poderia ser um risco porque recebemos muitas crianças aqui”, acrescenta.
Sem verba do PAC
O museu é mantido pela prefeitura, mas apoiado pela Associação de Amigos do Museu do Tropeiro. A presidente da Associação, Léa Maria Cardoso Villela, conta que o restauro do museu é esperado desde 2009, quando foi lançado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas.
Na época, a prefeitura de Castro tinha sido elencada entre os municípios paranaenses que receberiam recursos do governo federal para preservação de bens culturais. Mas o recurso não veio. Em agosto deste ano, uma nova rodada de municípios aptos a receber os recursos foi divulgada pelo governo federal. E, novamente, a cidade de Castro não foi incluída.
No Paraná, apenas o município de Antonina, no litoral, foi contemplado e vai receber R$ 36 milhões. O PAC Cidades Históricas vai beneficiar 44 municípios de 20 estados com um montante de R$ 1,6 bilhão. Conforme a assessoria de imprensa do Ministério da Cultura, não há previsão da inclusão de mais municípios no programa.

segunda-feira, outubro 28, 2013

Parabéns Weverton!!!

Sócio Coxa ganha moto da Pro Tork

Hoje foi um dia especial para o torcedor e sócio coxa-branca Weverton Fernando Raimundo. Antes do início da partida entre Coritiba x Grêmio ele entrou no gramado do Couto Pereira e recebeu do clube uma moto zero quilometro da Pro Tork. Weverton foi o sorteado do mês do Concurso Adimplência Premiada por estar entre os sócios do clube que estão em dia com suas mensalidades.
“Essa noticia foi muito importante, saber que fui o sorteado só valoriza ainda mais o sócio a ajudar o clube. Alem de ver os jogos, torcer para o Verdão, ainda posso contar com essas surpresas. Nunca tinha entrado no gramado, e receber a moto na frente desta torcida maravilhosa, realmente é muito emocionante”, explicou o sócio.
Ele é sócio do clube há quatro anos e vem acompanhado em todas as partidas de sua mulher e seu filho. Toda a família faz parte dos sócios do Coritiba, pois acredita que este é um dos apoios que o clube precisa.
“Continuem apoiando e se associando, o time precisa de nós e alem disso vale muito a pena estar em dia com o clube e receber essas vantagens”, finalizou.

Adolescentes são alvo na internet

Jonathan Campos/Gazeta do Povo / Delegado Demétrius, do Nuciber
Casos como o da adolescente Vitória Tissot, 13 anos, que sumiu de casa por cinco dias para encontrar um suposto namorado, na semana passada, têm chamado atenção da polícia. Em setembro, outros dois desaparecimentos ocorreram em Curitiba. Os roteiros são semelhantes. As adolescentes conhecem alguém, mantêm uma relação pela internet e saem sem avisar o destino. Entre os motivos também pode estar um namoro desaprovado pela família ou mesmo uma relação indesejável. Foi o caso da estudante Elen Louren de Souza Melo, 17 anos, que fugiu, em julho, após a família tentar tentar obrigá-la a casar.
Essas histórias recentes não são o bastante para abastecer as estatísticas policiais sobre o assunto, o que impede uma análise mais apurada. Mesmo sem saber se aumentou a incidência de desaparecimentos, contudo, os órgãos de segurança têm orientado os pais a tomarem algumas prevenções.
O delegado Demétrius Gonzaga de Oliveira, do Núcleo de Combate aos Ci­bercrimes (Nuciber), da Po­lícia Civil, sugere que as famílias estejam atentas ao tempo que seus filhos navegam na internet. “O que vale nesses casos é o bem maior”, afirma, quando questionado sobre o direito à privacidade dos adolescentes.
Oliveira ressalta que se deve manter um diálogo franco com os filhos. “Sugiro uma conversa clara, mostrando-se amigo”, aconselha. O delegado lembra que alguns desses casos acabaram em tragédias, como o da menina Taíse Rodrigues Dias, 16 anos, de Ponta Grossa”, ilustra. Em janeiro de 2011, ela marcou um encontro pela internet com um ex-vizinho e foi encontrada morta. O policial tem tratado desses episódios em palestras que faz para orientar estudantes.
Perfis
Mulheres jovens e adolescentes são as principais vítimas dos desaparecimentos, reforça o delegado Oliveira, no que é apoiado pelo titular da Delegacia de Vigilâcia e Capturas, Hormínio de Paula Lima. “Geralmente, essas meninas conhecem alguém pela internet, surge uma paixão platônica e acabam fugindo”, resume Hormínio.
Segundo ele, não existe um tempo determinado para registrar o boletim de ocorrência. Fazer o registro o mais rápido possível é importante para que a polícia inicie a apuração. É importante que quem denuncia conheça bem os hábitos de quem sumiu e que tenha contatos dos amigos próximos da pessoa.
Caso seja encontrada, é preciso avisar a polícia para arquivar o “BO”. “Sem isso, não temos como saber quais foram os reais motivos do desaparecimento”, explica.

domingo, outubro 27, 2013

Pré-vestibular para alunos carentes perde sala de aula

No próximo fim de semana, 48,3 mil estudantes farão o vestibular da Universidade Federal do Paraná. Em meio a essa multidão estarão os alunos do Cursinho Solidário, vinculado à ONG Formação Solidária, que há 11 anos dá perspectivas reais de aprovação a alunos de baixa renda em Curitiba. Apesar da relevância reconhecida pela comunidade, o projeto tem futuro incerto. A ONG está prestes a perder o maior dos espaços que utiliza atualmente, onde estudam 180 alunos.
O Colégio Estadual Pro­fessora Luíza Ross, no bairro Boqueirão, é a principal sede do cursinho desde 2010, quando o projeto se mudou do bairro Portão para lá. Mas o local, cedido pelo Núcleo Regional de Educação, foi solicitado de volta. No Luíza Ross, o cursinho usa um salão amplo, mas em condições de infraestrutura não muito adequadas, diz Maria Verônica da Silva, chefe do núcleo. Segundo ela, há problemas na fiação elétrica e na cobertura, e o local deve passar por uma reforma em breve. Depois dos reparos, passará a abrigar atividades extracurriculares para alunos do ensino médio. “Há vários programas institucionais que estão deixando de ocorrer por causa do empréstimo desse salão”, explica Maria Verônica.
Solidariedade
Como professores, ex-alunos dão continuidade ao ciclo de voluntariado
Aos 36 anos, Marcelo Pinto da Rocha resolveu investir seu tempo e esforço estudando para entrar na universidade. Com pouco dinheiro e longe da escola há muitos anos, a conquista de uma vaga numa instituição pública seria improvável, não fosse a oportunidade de estudar no Cursinho Solidário.
Em 2006, depois de seis meses de aula, foi aprovado no curso de Tecnologia em Eletrotécnica, da UTFPR, se formou, e hoje, aos 43, coordena todo o processo seletivo do cursinho na condição de voluntário. “Eu me sinto honrado de trabalhar aqui. Sei que a educação é mesmo um elemento transformador, fez diferença na minha vida e faz diferença na vida de todo mundo”, diz.
Seu colega de voluntariado, Danilo Fagundes Gomes, 22 anos, ainda não terminou a graduação em Engenharia Eletrotécnica, também na UTFPR, mas faz questão de dedicar, desde já, ao menos duas horas por semana ao curso, dando aulas de Física e Matemática. “Quando era aluno admirava muito os professores e queria fazer igual eles. Tem sido importante para mim retribuir de alguma forma”, diz.
A coordenação do curso lamenta a decisão. “Dois terços dos nossos alunos são do Boqueirão e proximidades, e a comunidade vê nosso curso como um benefício para o bairro”, diz Elias Gonçalves Bonfim, coordenador da ONG. O contrato de convênio com o curso vai até dezembro de 2014, afirma Bonfim, mas o pedido de retomada do espaço feito com seis meses de antecedência também é legitimado pelo documento, explica a chefe do núcleo.
Segundo Bonfim, a direção do colégio e o núcleo estão ignorando as manifestações da comunidade, que quer manter o cursinho no atual espaço. Para comprovar o apoio, um abaixo-assi­nado circula na internet. Até o fim da tarde da última sexta-feira, 749 assinaturas haviam sido coletadas.
Negociação
Embora não trabalhe com a possibilidade de manter o curso no Luíza Ross, o Núcleo de Educação informou que está ciente da importância social do projeto e se propôs a achar um novo local. A preferência pela região do Boqueirão, contudo, seria um obstáculo. “Oferecemos espaços alternativos, mas está claro que, para eles, só interessa a região do Luíza Ross. Acontece que nossas escolas próximas não têm salas ociosas”, afirma Maria Verônica.
Ela informa que o núcleo estaria ajudando nas negociações com o Rotary Club, um dos parceiros da ONG, para que o cursinho passe a usar um espaço do clube próximo ao Terminal do Boqueirão, mas até o momento nada foi oficializado. O cursinho funciona ainda em uma segunda sede, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, mas a capacidade lá é limitada a 60 estudantes.
430 egressos da ONG entraram no ensino superior em 11 anos
Considerando o projeto piloto, realizado em 2002, o Cursinho Solidário já recebeu 1,4 mil alunos, dos quais 750 concluíram o curso. Desses, 430 foram aprovados no processo seletivo de alguma instituição de ensino superior, sendo que 233 conquistaram vagas em universidades federais e 197 obtiveram bolsas do Programa Universidade Para Todos (ProUni).
O time de professores voluntários é formado por 80 profissionais, dos quais 60 fazem revezamento na sala de aula e 20 ajudam na assistência, tirando dúvidas de alunos em horários específicos.
Só em 2012, o Cursinho Solidário recebeu cerca de 600 inscrições de interessados em frequentar suas aulas. O processo seletivo envolve uma prova objetiva na qual se cobra conteúdos do ensino médio e uma entrevista socioeconômica.
São pré-requisitos para participar a comprovação de que o candidato estudou todo o ensino médio em escola pública, ou na condição de bolsista integral numa escola particular, e que têm renda familiar de até um salário mínimo por pessoa.

quinta-feira, outubro 24, 2013

Mil estudantes vão ao cinema para assistir a filme sobre a origem de Curitiba

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Os estudantes Joice Almeida e Vinícius Couto, da Escola Municipal Professora América da Costa Sabóia, na Vila Verde (CIC), descobriram na manhã desta quarta-feira (23), aos 10 anos de idade, a magia que uma tela de cinema é capaz de promover. A primeira sessão de suas vidas foi em tecnologia 3D, em uma das salas do Cinemark do Shopping Müeller, no Centro, com a exibição de O Príncipe e a Camponesa, uma produção local sobre a origem de Curitiba.

A dupla está entre os mil estudantes da Rede Municipal de Ensino de Curitiba que até sexta-feira (25), irão assistir gratuitamente ao filme do diretor Antonio Spina Filho, produzido por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura.

O filme conta de maneira criativa a lenda da Gralha-azul e do pinheiro das Araucárias, símbolos do Paraná. As sessões de cinema oferecidas aos alunos é resultado da parceria entre o Shopping Müeller, Cinemark, Fundação Cultural de Curitiba e Secretaria Municipal da Educação.

Foram escolhidas dez escolas, localizadas em área de maior vulnerabilidade social, para participar da promoção. No primeiro dia, mais de 300 estudantes lotaram a sala de cinema e aproveitaram cada segundo do filme.

A história narra a vida de duas crianças que, no Largo da Ordem, conhecem um contador de histórias que os conduz, por meio da imaginação, a Core Etuba, um lugar encantado onde acontece a lenda mítica da criação da cidade de Curitiba.

Mesmo antes de o filme começar, a estudante Joice Almeida estava encantada com a possibilidade de conhecer ao vivo uma sala de projeção. Os óculos, usados para visualizar as imagens em terceira dimensão, também foram uma novidade que a estudante gostou de conhecer. “Adorei tudo. É ainda mais divertido do que eu imaginava”, disse Joice.

O colega de escola Vinícius Couto permaneceu imóvel durante quase toda a sessão. Os movimentos, cores e sons que surgiam na tela o deixaram impressionado. “Não sei como fizeram isso tudo, mas sei que adorei. Quero ver outros filmes agora”, disse o garoto.

“Promover este encontro dos estudantes com a arte, ainda mais a partir de uma produção de tamanha beleza e encantamento é um objetivo cada vez mais frequente na rede municipal de ensino, que encontrou na Fundação Cultural de Curitiba uma importante parceira”, disse a secretária municipal da Educação, Roberlayne Borges Roballo.

Para o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli, democratizar a cultura na cidade, incluindo estudantes e profissionais da rede de ensino, são ações fundamentais, traçadas no plano de governo do prefeito Gustavo Fruet. “Somos gratos aos parceiros que ajudaram nesta experiência tão significativa aos estudantes”, disse Cordiolli.

Também acompanhou o primeiro dia de exibição, sentado entre os estudantes, o diretor do filme Antonio Spina Filho. “Foi uma grande emoção acompanhar o envolvimento das crianças com o filme e sentir a receptividade que o nosso trabalho teve”, disse Spina. Estiveram presentes, ainda, a superintendente do Shopping Mueller, Daniela Baruchi, diretores do Shopping e do Cinemark.

Aventura

O Príncipe e a Camponesa conta uma estória local, mas o contexto é universal. Os protagonistas são levados por uma jornada de aventuras e fantasia, em que aprendem lições importantes como o segredo da vida em harmonia - com a família, a sociedade e a natureza - e a preservar valores e práticas culturais, mas nunca sem deixar de sonhar com um mundo melhor.

Ao final do filme, na saída do cinema, os estudantes receberam lanches que foram oferecidos pela lanchonete Bob's. Em sessões seguintes a oferta do lanche será por parte da rede McDonalds.

http://www.cidadedoconhecimento.org.br/cidadedoconhecimento/index.php?subcan=7&cod_not=40853&PHPSESSID=c2d74f0c7658848a60609856d22db8f6

quarta-feira, outubro 23, 2013

30 cães são retirados de canil irregular no Cajuru

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Uma denúncia de maus tratos contra animais levou a Rede de Proteção Animal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente a flagrar, nesta quarta-feira (23), um canil irregular na Rua Goiânia, no bairro Cajuru. Em uma operação conjunta com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e a Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba, foram encontrados e apreendidos 30 cães das raças lhasa apso, shitzu, yorkshire, poodle e pincher, que estavam vivendo em situação precária.
Os animais receberam microchips no local e foram enviados para um lar temporário, tendo como fiel depositária a Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba. Eles irão aguardar pela decisão judicial sobre um possível encaminhamento para adoção. Antes disso, os cães serão castrados e passarão por uma completa avaliação veterinária.
“A perfeita articulação entre a Rede de Proteção Animal, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente e as protetoras animais permitem a agilidade e o sucesso de ações como esta”, afirma o diretor do departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Alexander Biondo.
Ele informa que o lugar flagrado é ilegal porque a criação comercial de animais em Curitiba é proibida pela Lei 13914/11. “O fato de termos encontrado vários filhotes configura a criação”, explica. Além disso, neste local fica configurado o mau trato aos animais. Foram encontrados animais doentes e presos em gaiolas minúsculas e imundas, num ambiente insalubre. A lei 13908/11 se refere aos maus tratos.
A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente constatou o flagrante e o proprietário do estabelecimento vai ser levado à Delegacia para a lavratura de um termo circunstanciado pela prática de abuso e maus tratos aos animais. Além disso, a Rede de Proteção Animal lavrou duas multas no valor de R$ 50 mil cada por maus tratos e também pelo comércio ilegal de cães.
É o segundo caso de canil irregular verificado em um mês pela Rede de Proteção Animal. No final de setembro, denúncia de maus tratos contra animais ao número 156 da Prefeitura de Curitiba levou as equipes a um estabelecimento no bairro Boa Vista. Lá foi constatada a veracidade da denúncia com a existência de um canil irregular - 119 cães de 11 raças, sendo 58 filhotes, foram encontrados em situação precária de alojamento e sem acompanhamento de um responsável técnico. Esses animais foram encaminhados para lares temporários, aguardando decisão judicial.

http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/30-caes-sao-retirados-de-canil-irregular-no-cajuru/31075

Se essa moda pega...

Novos semáforos vão facilitar a vida dos pedestres

Você já tentou atravessar a pé a Avenida Jaime Reis, em frente da Praça Garibaldi, no bairro São Francisco? Ali, a faixa de pedestres é só um ornamento, e os veículos, que naquele ponto já estão embalados, quase nunca param para permitir a passagem. O local foi um dos vários pontos citados por leitores da coluna como problemáticos para pedestres – e já está no radar da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran). Na tarde de ontem, a secretária municipal de Trânsito, Luiza Simonelli, e vários diretores do órgão estiveram no jornal para informar o que deve ser feito para melhorar a travessia em alguns locais. Para a região da Praça Garibaldi, por exemplo, a Setran está projetando a implantação de semáforos para pedestres. Mas, devido à necessidade de infraestrutura de configuração do cruzamento, será preciso abrir processo licitatório, previsto para 2014.
UniCuritiba
Outro semáforo será instalado na faixa de pedestres que existe em frente do acesso ao Centro Universitário Curitiba (UniCuritiba), na Rua Chile, no bairro Rebouças. A implantação deve ocorrer em até 90 dias. O local foi lembrado por um leitor que estuda na instituição. “Os pedestres não conseguem atravessar a rua, porque o fluxo é constante. [...] Como estudante há cinco anos lá, não suporto mais tal falta de respeito”, reclamou o aluno. Além desses dois locais, outros 30 foram indicados à coluna durante todo o mês de setembro. As avaliações feitas pela Setran e as intervenções previstas para cada um deles estão aqui do lado.
Reclamações
4,8 mil solicitações de fiscalização do trânsito são feitas mensalmente ao 156, a Central de Atendimento e Informações da prefeitura de Curitiba. O número mostra que, se existem pessoas insatisfeitas com as autuações realizadas pelos agentes de trânsito, também há muita gente indignada com o desrespeito de motoristas à legislação.
Coleta de lixo eletrônico
Um ponto de coleta de lixo eletrônico passou a funcionar nesta semana no 1º Piso do Shopping Jardim das Américas, em Curitiba. O recolhimento e a destinação correta dos materiais serão feitos até o dia 3 de novembro pela Escola de Informática e Cidadania (EIC) do shopping, que comemora 10 anos de dedicação à inclusão digital. Para festejar a data, a EIC promove no local uma exposição de fotos e vídeos produzidos nesse período.
Vagas especiais
De amanhã até 10 de novembro, o Shopping Cidade, em Curitiba, terá um espaço de divulgação de vagas de trabalho para pessoas com deficiência. Serão apresentadas mais de 500 oportunidades, para quem tem ensino médio, técnico e superior. Os atendimentos ocorrerão de segunda a sábado, das 10 às 22 horas, e nos domingos, das 14 às 20 horas. O shopping fica na Avenida Marechal Floriano Peixoto, 4.984.

terça-feira, outubro 22, 2013

PRÊMIO TOP BLOG BRASIL 2013!!

Venho aqui pedir sua colaboração!
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Thomas, o gatão na entrega do Top Blog 2012

segunda-feira, outubro 21, 2013

Começa segunda-feira período de rematrícula nas escolas municipais

A Secretaria Municipal da Educação fará de 21 a 25 de outubro a rematrícula para 2014 dos estudantes que já frequentam as escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) da rede. Estas crianças têm vagas garantidas, mas mesmo assim, os pais ou responsáveis precisam ir à escola confirmar se manterão as crianças na mesma unidade, mesmo turno ou se desejam a transferência de unidade.

Para fazer a rematrícula é necessário levar um documento dos pais ou do adulto responsável. No caso de mudança de endereço, é preciso apresentar a conta de luz como comprovante de residência.

Poderá renovar a matrícula todo criança/estudante regularmente matriculado na educação infantil ou no ensino fundamental das instituições municipais.

Cadastro

Em agosto, a Secretaria Municipal da Educação fez o cadastramento para novos estudantes, uma exigência para que seja garantida a vaga a crianças que completam 6 anos em 2014. O cadastramento é um instrumento de organização interna da Prefeitura para que a Secretaria Municipal da Educação organize a oferta de turmas nas escolas para o próximo ano.

Como o cadastro não representa a matrícula, a confirmação da vaga para novos estudantes acontecerá de 4 a 8 de novembro.

O atendimento é feito no horário de funcionamento das unidades, normalmente das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17 horas. Para facilitar e agilizar o atendimento, as escolas estão enviando, para a casa dos alunos, um aviso onde consta o dia e horário que o responsável deve confirmar a vaga.

Rematrícula
Data: de 21 a 25 de outubro
Local: na escola onde a criança estuda
Para quem: Todos os estudantes que já estudam na rede municipal de ensino
Documentos necessários: documentos dos pais ou do adulto responsável e a conta de luz, caso tenha ocorrido mudança de residência.

http://www.cidadedoconhecimento.org.br/cidadedoconhecimento/index.php?subcan=7&cod_not=40844&PHPSESSID=02ac6a2326841ffc4a0b2bafa134057c

domingo, outubro 20, 2013

O Brasil envelhece a olhos vistos

O Brasil está envelhecendo, e rápido. Com o aumento da expectativa de vida e a queda na taxa de fecundidade (número de filhos por mulher), em menos de 40 anos 30% da população será formada por idosos, segundo o IBGE. A projeção acende um sinal amarelo para o governo, que precisa implementar logo reformas nas áreas previdenciária e de saúde, e aumentar investimentos em políticas sociais voltadas à terceira idade. Sem isso, o brasileiro corre o risco de chegar à velhice sem condições de manter a qualidade de vida.
Vive melhor quem se preocupa com o futuro
Aposentado há 18 anos, o ex-funcionário públicoAntônio Ortiz (foto) lida bem com a velhice. Com 77 anos, Ortiz conta estar preocupado apenas com o momento presente. “O passado e o futuro são um hoje que eu já vivi e um hoje que eu ainda vou viver”, filosofa. Mesmo seguindo essa linha, Ortiz soube preparar muito bem seu futuro. Mora sozinho com a mulher numa casa própria, construiu ao longo dos anos um grupo de amigos e conseguiu encarar bem a aposentadoria, que ele diz que foi tão natural quanto começar a trabalhar.
Já a bancária aposentada Helga Riekes, de 82 anos, só se deu conta que a velhice já era uma realidade em sua vida há dois anos. “A gente não espera, quando vê, está lá. Eu percebi que a idade pesou aos 80, foi quando achei que era o momento de diminuir o ritmo”, diz.
"Todos nós seremos velhos, hoje ou amanhã"
Mirian goldenberg, antropóloga e autora de estudos sobre a terceira idade. Recentemente, publicou o livro "A bela velhice"
Quais as principais dificuldades que as pessoas encontram com o envelhecimento e o que há de positivo nesse momento?
O pior é vencer os preconceitos e as representações antiquadas sobre o envelhecimento. Os novos velhos são ativos, produtivos, cheios de energia e de projetos, mas a sociedade continua alimentando estereótipos sobre os velhos. Tenho pesquisado homens e mulheres de mais de 60 anos que dizem que é o momento mais feliz de suas vidas, em que podem ser eles mesmos, com mais liberdade, amizade e prazeres.
As mulheres falam que é uma verdadeira libertação cuidar mais de si e focar mais nas próprias vontades. Os homens resgatam o convívio com a família e descobrem novos projetos de vida.
É um momento em que pode-se reinventar e valorizar muito mais os próprios desejos.
Estamos preparados para envelhecer e lidar com todas as mudanças desse momento?
Com certeza não.Temos muito medo de envelhecer e negamos o envelhecimento. Velho é sempre o outro. No entanto, todos nós seremos velhos, hoje ou amanhã. Precisamos pensar na velhice como uma fase da vida que pode ser plena de projetos e de significados e não negar e ter medo do envelhecimento.
Como é para a família lidar com o envelhecimento de seus parentes? Há como se preparar para esse momento?
Esta é uma questão delicada. Não podemos apostar que seremos cuidados pelos familiares. Não é o que acontece, em muitos casos. Devemos poupar, desde cedo, para termos condições financeiras adequadas para a velhice e alimentar as amizades que são fundamentais para uma bela velhice.
No livro “A bela velhice” a senhora trata sobre como envelhecer bem. Em linhas gerais, quais as dicas para conquistar isso? E a partir de quando devemos ficar atentos a essa questão?
O mais cedo possível. Devemos cultivar as amizades, o bom humor e principalmente os projetos de vida. Focar nas nossas vontades. Priorizar o tempo e hierarquizar o que é realmente importante. E fazer da nossa vida algo que tenha significado, em todas as fases da existência.
Só em 2015
Reforma previdenciária deve ficar para a próxima gestão
A necessária reforma da previdência dificilmente sairá antes de 2015. A caminho do último ano de governo e com foco na reeleição, é pouco provável que a presidente Dilma Rousseff faça qualquer tipo de mudança no sistema em 2014. Quando ela assumiu o governo, a expectativa era que caminhasse no Congresso alguma proposta para substituir o fator previdenciário – cálculo criado no governo de Fernando Henrique Cardoso para inibir as aposentadorias precoces.
Alternativa mais aceita pela equipe econômica do governo, a fórmula 85/95 prevê que o trabalhador tenha acesso à aposentadoria integral se a soma da idade mais o tempo de contribuição chegar a 85, no caso das mulheres, e a 95, no caso dos homens. Existe um impasse sobre o que fazer para o caso do beneficiário pedir a aposentadoria antes ou depois de conseguir atingir esse soma. Os economistas também avaliam se os valores 85 e 95 não estão defasados para os padrões etários brasileiros.
Segundo o senador Paulo Paim (PT-RS), a promessa do governo é apresentar até o fim de novembro uma alternativa ao fim do fator. “Isso [acabar com o fator] é um compromisso do governo Lula e da presidente Dilma. Estou na torcida para que realmente aconteça”, afirma. Mas é pouco provável que algo saia antes de 2015. A avaliação do governo é que o tema é muito delicado para ser tratado em período eleitoral.
Indexador
Uma das principais brigas dos aposentados atualmente é conseguir o mesmo reajuste que tem sido concedido ao salário mínimo aos benefícios superiores ao piso. A política do governo é reajustar as aposentadorias apenas considerando a inflação do período, medida pelo INPC, sem haver qualquer tipo de aumento real. O economista Renato Follador, especialista em previdência, explica que não se pode dar aumento real para quem está fora do mercado, mas também considera que o índice usado pelo governo para reajustar as aposentadorias é injusto. Na avaliação do economista, o INPC não reflete a inflação para a terceira idade e um indexador diferente deveria ser usado.
Estudo das Nações Unidas divulgado no início do mês revela que o Brasil ocupa a 31.ª posição entre os países que apresentam as melhores condições de vida para os idosos. Muito disso se deve à segurança de renda garantida, em grande parte, pela Previdência Social. Segundo o levantamento realizado em 91 países, quase a totalidade das pessoas com mais de 60 anos no Brasil recebe algum tipo de pensão ou aposentadoria. Mas o ponto de destaque do país no estudo é, na verdade, uma bomba-relógio.
Se nenhuma mudança for promovida, a previsão é que os sistema gere um déficit de R$ 236,4 bilhões em 2036 – o equivalente a 1,17% do Produto Interno Bruto (PIB) projetado. No ano passado, em um cenário de pleno emprego e com 60% da população em idade ativa, a previdência já fechou as contas no vermelho: prejuízo de R$ 42,3 bilhões – 0,89% do PIB. Em 2050, quando teremos um idoso para cada 1,9 brasileiro em idade ativa, a previsão é de um quadro catastrófico, de aposentadorias cada vez mais baixas e déficit insustentável.
Apesar da necessidade de reforma urgente no sistema, nenhuma mudança trará vantagens ao trabalhador. “Não existe reforma de previdência para melhorar os benefícios. Ou são para aumentar a contribuição ou para diminuir o valor ou o tempo do benefício”, comenta o economista Renato Follador, especialista em previdência.
Ele destaca que a tendência é que haja um achatamento das aposentadorias pagas pela previdência pública ao longo dos anos. De acordo com Follador, continuando como está, o teto do INSS será de três salários mínimos em 2038. “E esse fenômeno é no mundo todo”, observa.
Para garantir uma renda maior na velhice, a alternativa é investir em planos de previdência privada, que lhe garantam, pelo menos, um dinheiro extra para o pagamento do plano de saúde e compra de medicamentos, duas despesas que acabam pesando no bolso depois dos 60.
Jovens devem se preparar para a velhice
Quem vai cuidar de você na velhice? O melhor é que sua resposta seja: eu mesmo. É isso o que recomendam os especialistas em terceira idade. As pessoas devem se preparar ainda na juventude – do ponto de vista financeiro, principalmente – para não precisar contar com os cuidados da família quando estiverem idosos.
“As famílias hoje são diferentes. Temos poucos filhos, muitas vezes eles vão morar fora, as casas também estão menores. Acaba que o final da vida do idoso é só. Então, ou o Estado entra para proteger essa pessoa ou ela vai usar a sua poupança para contratar cuidadores. Não dá para contar com a família”, diz Renato Veras, diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Veras observa que essa situação ocorre no mundo inteiro. Ele relata um caso recente em Portugal no momento em que o país passa por uma crise financeira. “Muitas famílias abandonaram seus idosos para tentar a vida em outros países e esses idosos acabaram morrendo por falta de cuidados”, conta.
Atendimento médico
Governo vai precisar investir mais recursos em saúde
Gastos com remédios e assistência hospitalar também pesam nas contas públicas à medida em que a população vai envelhecendo. No quesito condições de saúde, o Brasil recebeu 56,8 pontos – numa escala de zero a 100 – no levantamento das Nações Unidas que mediu as condições de vida dos idosos. “Existe a transição demográfica e também a epidemiológica, com a diminuição dos quadros infectocontagiosos e o aumento das doenças crônicas e degenerativas, pouco letais, mas incapacitantes”, diz o geriatra Rubens de Fraga Júnior, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.
Ele explica que esses males dependem de mais recursos do governo. “São doenças que demandam um tratamento multidisciplinar, locais adequados para o atendimento dessas pessoas e a capacitação de cuidadores”, comenta.
No Brasil, as patologias crônicas são responsáveis por 74% das mortes. Antes de a pessoa morrer, porém, ela pode passar anos convivendo com a doença e com uma qualidade de vida baixa. Segundo Fraga Júnior, com o envelhecimento, é quase certo que a pessoa desenvolva alguma doença crônica. O ponto, de acordo com ele, é retardar essa situação ao máximo para dar “vida aos anos e não apenas anos à vida”.

http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?tl=1&id=1418290&tit=O-Brasil-envelhece-a-olhos-vistos

quinta-feira, outubro 17, 2013

MEC destaca prática de matemática dse professora da rede

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Arrumar a bagunça de brinquedos, criar formas e objetos usando peças coloridas em formatos geométricos além de organizar peças de roupas no varal. Atividades como estas, em meio a brincadeiras divertidas, têm sido usadas pela professora Katia Andrea Volcov Reizer, da Escola Municipal Vila Zanon, no Pinheirinho, para ensinar matemática aos estudantes da turma de 1º ano do ensino fundamental.

A condução da brincadeira orientada para a busca de novos conhecimentos e formas de raciocínio entre os meninos e meninas é a estratégia de Katia para que a aprendizagem da matemática aconteça com alegria e motivação. O foco do trabalho, que é sucesso devido a dedicação e a criatividade da professora, é envolver as aprendizagens em ações do cotidiano das crianças.

Simples tarefas executadas no dia a dia, como reunir ou separar carrinhos, bolas, bonecas, ou empilhar e retirar as peças dos blocos lógicos – kits de peças coloridas em formas geométricas – ou a classificação de peças de roupas femininas ou masculinas, claras ou escuras, usadas no verão ou no inverno para serem penduradas no varal, viram ponto de partida para a resolução de problemas matemáticos.

Ação simples como está, inseridas no dia a dia da criança, servem, por exemplo, para a apresentação de elementos de classificação, seriação e combinação de elementos. Servem também para estimular cálculos, estimativas e outras medidas do componente curricular matemático.

As possibilidades de levar ao raciocínio por estas atividades não têm limites, assim como a criatividade usada por Kátia em suas aulas. Seu objetivo é o romper com a maneira tradicional de ensino e garantir sempre iniciativas lúdicas, mas voltadas ao contexto da aprendizagem matemática.

“O trabalho da professora envolve a construção e o despertar para o raciocínio lógico matemático, por meio de atividades lúdicas, encantando as crianças sem perder de vista, o registro e a linguagem específica da matemática, já no 1º ano, do ensino fundamental”, destaca a integrante da equipe de matemática, da Secretaria Municipal da Educação, Justina Inês Motter Maccarini.

A resolução dos problemas partem de um contexto facilitador do ensino e da aprendizagem, aliando metodologias de ensino, capazes de melhorar a compreensão e assimilação dos conteúdos matemáticos das crianças. 

E o trabalho feito pela professora será apresentado com destaque, sendo uma boa prática de ensino. A experiência vai virar tema na programação da TV Escola, produzida e apresentada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) em todo território nacional.

Nos dias 17 e 18 de outubro, as aulas da professora serão gravadas. A equipe da TV Escola também reunirá depoimentos de familiares, estudantes, professores e direção da escola, abordando o trabalho desenvolvido na unidade. 

Com destaque já há alguns anos, este trabalho é conhecido por conquistar significativo envolvimento da equipe da escola junto às finalidades do ensino de matemática com crianças do 1º ano, em processo de alfabetização.

Junto à equipe de Matemática, do Núcleo Regional da Educação do Pinheirinho, a professora aborda a questão como um componente importante para a compreensão e apreensão do significado da matemática no contexto escolar das crianças. 

http://www.cidadedoconhecimento.org.br/cidadedoconhecimento/index.php?subcan=7&cod_not=40834&PHPSESSID=3448ec8f388ecbddcf32467ef60d5d9