terça-feira, dezembro 10, 2013
Comissão de Direitos Humanos aprova ônibus especial para mulheres
Texto passou com três votos a favor e dois contra na Câmara de Curitiba.
Proposta passará por mais uma comissão antes de ir ao Plenário.
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores de Curitiba aprovou, na sexta-feira (6), o projeto de lei do parlamentar Rogério Campos (PSC) que prevê uma frota de ônibus exclusiva para atender mulheres. Em novembro, a mesma comissão havia devolvido o projeto ao autor, para que ele fizesse adequações na proposta.
A aprovação foi com três votos a favor e dois contra. Entre os parlamentares que se posicionaram contrários à medida estava o relator que avaliou o projeto, Dirceu Moreira (PSL). Porém, a posição dele foi vencida durante o debate. Os parlamentares que votaram a favor consideraram que a iniciativa merece um debate mais amplo na Câmara.
Com a aprovação, o texto segue para ser analisado pela Comissão de Serviço Público. Se também for aceito pelos parlamentares dessa comissão, o projeto seguirá para o Plenário e será debatido em conjunto, entre todos os vereadores.
Violência
Para justificar o projeto, Campos, que já trabalhou como motorista e cobrador de ônibus, citou o aumento da população de Curitiba e os recentes casos de violência contra mulheres noticiados pela imprensa nacional. “Devido ao crescimento demasiado da população de Curitiba faz-se necessária a implantação de políticas públicas que visem evitar ocorrências criminosas como assedio sexual, moral, assaltos. A mídia recentemente noticiou casos de estupro dentro de veículos de transporte coletivo. Entretanto, além da prática de crimes, muitas vezes, pela situação de lotação dos ônibus nos horários de pico, as mulheres normalmente ficam em situação desconfortável, causando, inclusive, situações constrangedoras para as mesmas”.
O vereador relata que já presenciou situações delicadas envolvendo passageiras. Segundo ele, na ocasião, ele chegou a parar o veículo, mas, o homem que teria abusado de uma usuária já havia descido.
Ainda segundo o autor da proposta, modelos semelhantes já são utilizados em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, e as mulheres poderiam seguir utilizando os ônibus mistos, se assim preferirem. “Não impactará na tarifa porque estes ônibus ficam na garagem e só saem para cobrir os horários de pico”, salientou
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2013/12/comissao-de-direitos-humanos-aprova-onibus-especial-para-mulheres.html
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