quarta-feira, dezembro 04, 2013
Projeto de urbanização da Vila Audi concorre a prêmio internacional
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O projeto de urbanização e reassentamento do bolsão Audi – União irá concorrer em 2014 ao prêmio Best Pratices and Local Leadership Programame, do Habitat, organismo da ONU que trata dos assentamentos humanos. A indicação foi feita pelo júri que selecionou as 20 melhores experiências do Brasil para o 8º Prêmio Caixa Melhores Práticas de Gestão Local. O resultado da premiação foi divulgado na noite desta terça-feira (3), em Brasília, em evento realizado no Teatro Caixa.
O projeto de urbanização do bolsão Audi União, executado pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), passou por três etapas de avaliação – estadual, regional e nacional – e se destacou entre 180 projetos que foram inscritos em todo o país. Na fase final, estavam concorrendo 35 experiências. O julgamento foi feito por um júri externo, formado por especialistas das áreas de urbanismo, habitação e gestão pública, convidados pela Caixa Econômica Federal.
Dentre os projetos premiados, Curitiba foi a única cidade que representava o Paraná. Entre os demais contemplados na premiação, oito eram do Rio de Janeiro, três do Rio Grande do Sul, dois de Minas Gerais, dois da Bahia, um de São Paulo, um de Goiás, um do Espírito Santo, um do Amazonas e um de Moçambique (África). Todos os projetos são executados com recursos liberados pela Caixa.
Todas as práticas selecionadas receberam troféu e certificado durante o evento no Teatro Caixa. A Cohab foi representada pelo seu presidente, Ubiraci Rodrigues.
São consideradas Melhores Práticas em Gestão Local as experiências que resultam em melhoria concreta na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentável de comunidades – mesmos requisitos que são observados na premiação do Habitat. O evento internacional no qual o projeto do bolsão Audi será inscrito ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes, no ano que vem.
Investimento
A área conhecida como bolsão Audi – União, no Uberaba, é um aglomerado de sete vilas irregulares, que surgiram a partir de 1998, em meio às antigas cavas do rio Iguaçu. A ocupação tem uma extensão de 2 milhões de metros quadrados e consolidou-se como uma das mais precárias e populosas da cidade.
Em um trecho delimitado de um lado pelo rio e pela via férrea e, do outro, pela BR 277 e a Avenida das Torres, o bolsão abriga 3,1 mil famílias, ou cerca de 12 mil pessoas. Até 2005, quando a Prefeitura começou sua intervenção no local, os moradores não contavam com qualquer infraestrutura. As redes de água e luz eram clandestinas e os alagamentos eram frequentes.
O projeto de urbanização em andamento no bolsão conta com recursos do governo federal e está incluído no chamado PAC 1 (Programa de Aceleração do Crescimento), com investimentos de R$ 38 milhões - incluindo recursos da Prefeitura e do governo federal.
O projeto prevê atuação em várias frentes, visando a estruturação da área e a melhoria das condições de habitação da população. Parte dos moradores está sendo atendida com reassentamento e parte com obras de urbanização. As inundações, um dos problemas mais recorrentes do local, foram solucionadas com a implantação de canais de macro-drenagem e a construção de diques para contenção de cheias.
Para reassentamento, foi liberada uma área no interior do bolsão para a construção de 469 casas, das quais 315 foram concluídas e entregues. Estas unidades atendem os casos mais críticos de precariedade habitacional. Além disso, toda a área do bolsão recebeu infraestrutura, com a instalação das redes de água, esgoto e iluminação pública e pavimentação de 4,3 quilômetros de ruas.
Nas áreas onde não havia restrição da legislação urbana e ambiental e nem situação de risco a opção é a titulação dos moradores. Isso ocorreu em terrenos do município e também em áreas particulares onde houve acordo com os proprietários para regularização fundiária. Até agora, 1,8 mil famílias do bolsão receberam escrituras dos lotes onde moram.
Outro componente do projeto é a implantação de equipamentos comunitários no bolsão. Parte deles foi construída com recursos previstos no projeto de PAC, mas também houve investimento da Prefeitura para complementação da intervenção.
Hoje, o bolsão conta com duas unidades do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), duas creches e uma escola municipal, um Centro da Juventude, três unidades de saúde no entorno, além do Parque da Imigração Japonesa, que foi criado em área desocupada após a transferência de famílias que moravam na margem do Iguaçu.
http://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/projeto-de-urbanizacao-da-vila-audi-concorre-a-premio-internacional/31498
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