A Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (Dedc) da Polícia Civil do Paraná deu sequência nesta segunda-feira (30) a segunda fase da Operação Ilusão de Ótica. A primeira parte, que aconteceu em março deste ano, desmantelou uma quadrilha de contrabando de óculos que operava há pelo menos 10 anos no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais. O grupo falsificava marcas famosas de óculos e vendia a preços mais acessíveis. Estima-se que o prejuízo ao fisco seja de mais de R$ 50 milhões. O cabeça da quadrilha, segundo a Polícia Civil, seria o ex-deputado federal de Minas Gerais pelo DEM, Francisco Sales Dias Horta.
De acordo com o delegado titular da Dedc, Cassiano Aufiero, o objetivo dos trabalhos de hoje foi de prender laranjas que auxiliavam no esquema fraudulento. “No início das investigações, acreditávamos que era apenas uma empresa que comprava os óculos falsificados (Grupo Veja) e repassava para as lojas Visomax no Paraná. Contudo, descobrimos que existiam 30 empresas de fachada em nome de laranjas que também faziam estas compras. Era um esquema complexo, que consumiu pouco mais de oito meses de investigação”, revela. Somente hoje, os policiais prenderem sete suspeitos e apreenderam R$ 100 mil. “Além das prisões, entre eles a de um doleiro que ajudava a esquentar o dinheiro, confiscamos R$ 100 mil e documentos que seriam utilizados para fraudar processos na justiça”, conta o delegado.
Aufiero informa que os óculos apreendidos na operação foram enviados para a perícia, para atestar, além da falsificação, se os produtos são nocivos à saúde. “Existe a possibilidade de que os óculos causem danos aos olhos. Se isso se confirmar, os suspeitos serão acusados também de danos contra a saúde pública, tornando o crime hediondo. As vítimas que compraram estes óculos devem procurar o Procon e a polícia para orientações”, avisa.
Questionado se os trabalhos estão completos, o delegado respondeu positivamente. “A não ser que haja uma reviravolta muito grande, o trabalho de investigação está encerrado. Vamos agora remeter o inquérito para as justiças Federal e Estadual para dar prosseguimento”, conclui.
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