Um boneco gigante do prefeito Luciano Ducci com um chicote na mão desfilou pela Boca Maldita na manhã deste sábado (28), para protestar as propostas da Prefeitura Municipal de Curitiba em relação ao reajuste salarial dos fiscais municipais responsáveis pelas secretarias de Meio Ambiente, Urbanismo e Abastecimento.
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Marcela Alves Bonfim, desde julho do ano passado a categoria tenta negociar um novo reajuste com a prefeitura.
Marcela afirma que segundo análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), pela receita do município é possível realizar o reajuste salarial para R$ 1,1 mil. “Este aumento não causaria impacto aos cofres da prefeitura”, conta ela.
Marcela destaca que com a Copa do Mundo o trabalho de fiscalização deve ser intensificado. “Precisamos de uma garantia pelo esforço do nosso trabalho”.
O fiscal de meio ambiente e diretor do Sismuc, Eduardo Recker Neto, diz que o boneco representa bem como o prefeito trata os fiscais. “Ele não escuta a categoria, e pune os fiscais de maneira arbitrária” e completa “São resquícios da ditadura”.
Eduardo conta que a Rua XV ficou abandonada depois de processos de sindicância da prefeitura como punição para trabalhadores que participaram da paralisação de plantões noturnos e de finais de semana. “Virou um Paraguai a ceu aberto”.
Os fiscais reivindicam o reajuste do piso salarial para a categoria, que não acontece há 4 anos. Segundo Eduardo é um dos menores pisos das capitais brasileiras. “Até Campo Magro tem piso de R$1, 4 mil”.
A proposta feita pela prefeitura na semana passada não agradou os fiscais, pois a categoria só se aproximaria do piso reivindicado em 2013, quando o valor já deve estar novamente defasado.
Na próxima terça-feira (31), tem nova assembleia para dar continuidade à negociação.
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