O clima de pânico tomou conta da Escola Municipal Barão de Mauá em Colombo, região metropolitana de Curitiba, nesta terça-feira (24) depois de três ligações anônimas ameaçando de morte um professor e uma professora. A instituição fica na Vila Zumbi dos Palmares, região conhecida pela ação do tráfico de drogas e a incidência de violência. O nome do professor jurado de morte foi dito nas ligações, mas a identidade da professora não foi revelada. Como a maioria do corpo docente é composto por mulheres, o desespero foi generalizado.
“As três ligações aconteceram por volta das 11h da manhã. Quem estava do outro lado disse categoricamente que iria matar dois professores, um homem e uma mulher. Rapidamente a noticia se espalhou e antes do início das aulas da tarde, toda a escola esperava um atentado. O professor que teve o nome revelado pelos ameaçadores precisou se esconder. Já entre as professoras, a dúvida gerou ainda mais pânico”, disse o professor Claudinei Duarte de Lima que trabalha na instituição desde 2003 e preside o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Colombo.
As pessoas que atenderam os telefonemas não conseguiram identificar a voz que fez as ameaças e segundo a direção da escola, nos últimos dias não houve qualquer discussão entre professor e aluno que pudesse justificar as ameaças de morte. No entanto, a proximidade da instituição com locais conhecidos pelo alto índice de violência aumentou o medo de todos.
Transferência e polícia na escola
A Prefeitura da cidade e a Secretaria de Educação foram informadas sobre a grave situação. Segundo os funcionários da escola, houve a promessa de que o professor ameaçado fosse transferido o mais rápido possível. Mas a medida emergencial não contentou a comunidade escolar.
“Esta é uma maneira de mascarar o problema real. A saída do professor ameaçado não vai resolver o problema de violência do bairro e pode até estimular novas ações desta natureza. Esse profissional jurado de morte trabalha na escola a mais de 20 anos, já deu aula para pais de alunos, realmente é uma situação alarmante”, assinalou o professor Lima.
Ao contrário do que imaginavam pais e professores, as aulas não foram suspensas. Segundo a direção, viaturas da Polícia Militar foram acionadas pela Prefeitura para marcar presença na escola durante esta quarta-feira (25), a fim de garantir a segurança.
Fonte: http://bandab.pron.com.br 25/05/2011
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