Com seu perfil original e irreverente ele informa os curitibanos com um giro de notícias de tudo que acontece na região e no Estado, apoiado pelos jornais, internet e rádios.
Além disso, os vídeos mais curiosos da internet são comentados de forma audaciosa e irreverente por Bradock. “Conheço o meio policial e político.
Sei onde posso chegar para estar sempre próximo da população”, disse ele ao Diário Correio do Povo do Paraná na manhã de ontem.
Depois de uma semana a frente do noticiário, Bradock disse que a avaliação é positiva. Para ele, a forma com que aborda as pautas do jornal são sua marca. “É meu jeito e não vou mudar nunca. Os cara acharam que eu tinha talento e me convidaram. São loucos né?”, brinca.
SEMPRE POLÊMICO
O delegado que comandou a 2ª Subdivisão Policial de Laranjeiras do Sul recentemente foi transferido da cidade por influência de um grupo político que não concordava com a forma enérgica de seu trabalho.
Desde então, assumiu a delegacia de Ortigueira. No entanto, depois de algum tempo, a história se repetiu. No final do ano passado ele foi transferido para a cidade de Reserva, 63 quilômetros de Ortigueira.
Para a Gazeta do Povo, Bradock alega que sua saída foi consequência da pressão exercida por Joarez da França Costa, o Caboclinho, e de um político influente da região de Imbaú, cidade vizinha a Ortigueira.
Apesar de a Polícia Civil informar que a transferência do delegado se deve a uma readequação técnica, a portaria que o transfere deixa claro o motivo: a instauração de um procedimento preliminar na Corregedoria contra o delegado. Bradock nunca foi discreto. Ele conseguiu que sua sogra e sua esposa, que são funcionárias em cargo de comissão da prefeitura de Ortigueira, fossem transferidas para a delegacia, onde acabaram morando com o policial.
As duas faziam o trabalho de carceragem. Além disso, construiu mais celas na delegacia em um prédio. “Não tenho funcionário. Faz vinte anos que eu construo aonde eu vou, com a comunidade ajudando, nunca nada vem do [governo] Estado. A prefeitura ajudou. A mão de obra foi dos presos. Já aproveita para fazer o papel de ressocialização”, defende-se o delegado.
SUSPEITA
Segundo ele, a transferência foi motivada pela investigação de um assassinato em Imbaú. A investigação envolveria um político daquela cidade. “Estou investigando essa morte. Tenho liberdade para investigar. Só que não era apenas eu que estava investigando. O serviço reservado da Polícia Militar de Telêmaco Borba também estava”, explicou.
Para Bradock, sua transferência também ocorreu em razão de uma suposta concorrência nas próximas eleições municipais. O delegado pretendia sair candidato à prefeitura de Ortigueira, condição também postulada pelo filho de Caboclinho. “De cada dez pessoas em Ortigueira, nove estão comigo. Surgiu a oportunidade de eu ser candidato a prefeito. Mas esse cidadão [Caboclinho] quer a prefeitura pra ele. Então, foram na Corregedoria, eu não saio candidato e paro de investigar”, alegou.
Via Correio do Povo
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