Presidente municipal do PSC e do Conselho de Ética do partido, Antônio Borges dos Reis, afirmou que o vereador pediu desculpas aos curitibanos durante a sessão de terça-feira e por isso o episódio está superado
O Conselho de Ética do Partido Social Cristão decidiu nesta quarta-feira (8) que não haverá punição ao vereador Julio Cesar Sobota (PSC) - conhecido como Julião da Caveira - por causa polêmica envolvendo o pedido de atestado médico feito por meio do Facebook para faltar à sessão legislativa na Câmara Municipal desta quarta e comparecer ao jogo de futebol entre Atlético Paranaense e Toledo, no Ecoestádio, em Curitiba, às 17 horas.
O presidente municipal do PSC e do Conselho de Ética do partido, Antônio Borges dos Reis, afirmou que o vereador pediu desculpas aos curitibanos durante a sessão de terça-feira (7) e por isso o episódio está superado. “Ele teve hombridade para reconhecer que errou e pediu desculpas. Não há necessidade de punição”, afirmou Reis. Uma nota também deve ser divulgada pelo vereador com um pedido de desculpas aos curitibanos.
O vereador postou uma mensagem no Facebook na terça-feira e apagou horas depois. Nas palavras do vereador :“[...] alguém tem 1 atestado médico pra me emprestar??? Quarta tem jogo do Furacão no campo do malutrom e seu eu faltar no trampo, de novo, os cornetas de plantão [...] vão me xaropear (sic) [...]”. O vereador termina a mensagem afirmando que “[...] quarta feira, estaremos lá no mesmo local, no mesmo horário, pra ajudar como sempre o nosso Furacão (sic) [...]”.
Ao Conselho de Ética do PSC, Sobota disse nesta manhã que o caso no Facebook não passou de uma brincadeira e que ele foi mal interpretado. O presidente municipal do PSC afirmou que o vereador foi orientado a como proceder nas redes sociais. "Ele pode se prejudicar com declarações como aquela. É preciso saber como proceder nas redes sociais", afirmou Reis.
A assessoria de imprensa do PSC garantiu que o vereador irá comparecer à sessão legislativa na tarde dessa quarta-feira e somente após o término seguirá para o Ecoestádio.
A reportagem tentou entrar em contato com o vereador Julio Cesar Sobota, mas não tinha obtido sucesso até as 10h50.
Na semana passada, Sobota faltou à sessão legislativa na tarde de quarta-feira (1º) e a assessoria de imprensa dele disse que o parlamentar foi a uma consulta médica. No fim da tarde, ele foi visto a partir das 17h nas arquibancadas do Ecoestádio Janguito Malucelli, distante 6,3 quilômetros do Legislativo municipal, para assistir à goleada de 4 x 0 do Atlético-PR, time para o qual ele torce, sobre o Roma, de Apucarana, em jogo válido pelo Campeonato Paranaense. Sobota e outros quatro parlamentares não compareceram à Câmara depois de 43 dias de recesso.
Justificativa da semana passada
O vereador Tico Kuzma (PSB), que na semana passada era o presidente em exercício da Câmara de Vereadores, afirmou que Sobota apresentou justificativa para a falta de 1º de fevereiro e alegou que tinha um compromisso anteriormente assumido. O vereador do PSC não deixou claro qual foi o motivo da falta e por isso a justificativa foi indeferida, segundo Kuzma.
O parlamentar do PSC poderá apresentar recurso. Se isso não for feito, ele terá o dia de trabalho descontado. A Lei Orgânica não prevê outro tipo de penalidade nesse caso, de acordo com o vereador Roberto Hinça (PDT), corregedor-geral do Conselho de Ética da Câmara de Vereador. “Haveria punição se o vereador tivesse 25% de faltas. Mas, a Lei Orgânica não deixa claro se é 25% de faltas em um ano ou durante o mandato”, afirmou Hinça.
Conselho de Ética
De acordo com Hinça, quando o corregedor-geral tomar conhecimento oficialmente do fato no Facebook – por meio de denúncia ou representação formal entregue à Câmara - poderá tomar providências. O caso poderá ser levado ao Conselho de Ética, que então deverá investigar o fato e proporcionar o amplo direito de defesa ao parlamentar. A seguir, os vereadores que compõem o conselho decidirão se haverá punição ou não.
Há quatro tipos previstos de punição: advertência verbal, advertência por escrito, perda temporária do mandato (afastamento por até 90 dias) perda definitiva do mandato.
Kusma e Hinça informaram que não tinham conhecimento do caso envolvendo o Facebook do vereador.
"Fonte" Gazeta do Povo
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