terça-feira, fevereiro 07, 2012

Policiais civis do PR não farão novas manifestações até 14 de fevereiro, diz sindicato

Categoria aguarda para essa data uma proposta do governo estadual de uma tabela com os vencimentos e progressões de carreira. Essa foi a definição da assembleia realizada em Curitiba na noite de segunda-feira, segundo o Sinclapol


Os policiais civis do Paraná descartaram a possibilidade de novas manifestações até 14 de fevereiro. A categoria aguarda para essa data uma proposta do governo estadual de uma tabela com os vencimentos e progressões de carreira. Essa foi a definição da assembleia realizada em Curitiba na noite de segunda-feira (6), de acordo com o Sindicato das Classes Policiais Civis do Paraná (Sinclapol).

Operações como a do Parolin, em Curitiba, quando policias fecharam um cassino clandestino não serão realizadas. Os agentes agiram “por contra própria”, sem a coordenação de um delegado e isso gerou uma crise na Polícia Civil.

Segundo o presidente do Sinclapol, André Gutierrez, a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) assumiu o compromisso de implantar os subsídios (forma de pagamento que incorpora gratificações aos salários dos policiais) em 60 dias e o prazo começou a contar em 23 de janeiro.

Após a apresentação da tabela, os policiais farão nova assembleia em 15 de fevereiro para avaliar a proposta. Caso não seja satisfatória, novas manifestações podem ser agendadas.

Em 2 de fevereiro, O governador Beto Richa (PSDB) disse que “o cobertor é curto”, mas garantiu que a proposta do governo do estado atende “às necessidades dos policiais”. “Quanto a valores, eu gostaria de atender a todas as aspirações de todo o funcionalismo. Mas não posso, pois estaria sendo irresponsável com as finanças do estado. O cobertor é curto”, afirmou o governador.

Richa reconheceu que, apesar das boas negociações, há setores da polícia descontentes com as ofertas do governo. “É claro que sempre há alguns exaltados, ligados a entidades mais radicais em seus posicionamentos, mas o que o governo puder fazer para atender aos policias, que prestam grande trabalho ao estado, faremos”, concluiu.

Policiais militares

Depois de quase duas semanas de negociações, o Fórum das Entidades de Representação de Policiais e Bombeiros, que reúne doze associações, e o Comando da Polícia Militar do Paraná (PM-PR) chegaram a um acordo nesta quinta-feira (2) sobre a implantação do subsídio, conforme prevê a Emenda 29 da Constituição estadual, aprovada em 2010. Na prática, o acordo prevê aumentos de salários para todas as patentes, de coronel a soldado, com a incorporação de subsídios ao soldo. Porém, essa proposta precisa ser aprovada na Assembleia Legislativa para virar lei e tornar-se real. Entidades dão prazo até o próximo dia 12 para que o projeto seja protocolado. Caso contrário, ameaçam início de greve.

Pelo acordo, os soldados e cabos podem receber até o dobro do que ganham atualmente. O coordenador do fórum de representação, soldado Laudenir Dotta, afirmou que, em média, um soldado, que ganha cerca de R$ 2,4 mil, passará a receber R$ 4,5 mil se a proposta for aprovada. A remuneração de um cabo passaria dos atuais R$ 3 mil para R$ 6 mil. E um coronel, a mais alta patente da PM, teria o salário aumentado de R$ 19 mil para R$ 22,9 mil.

"Fonte" Gazeta do povo

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