Ela foi hostilizada pelo PT e pelo PC do B, que chegaram a impedir exibição de filme em que é protagonista na BA
BRASÍLIA - A blogueira Yoani Sánchez confirmou uma visita ao Congresso nesta quarta-feira, 20, para falar de sua luta pela liberdade em Cuba. Vítima de hostilidades organizadas pelo PT e pelo PC do B, que até impediram a exibição em Feira de Santana (BA) de um filme em que ela é protagonista, Yoani confirmou presença no Congresso depois de contatos com o deputado Otávio Leite (RJ) e com o senador Álvaro Dias (PR), ambos tucanos.
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O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), comprometeu-se a pôr em votação na sessão desta quarta um requerimento solicitando que a Polícia Federal proteja a blogueira cubana durante sua permanência em território brasileiro. Henrique Alves levará ao plenário um texto alternativo ao requerimento original apresentado nesta terça pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que não foi aceito por setores governistas. "Essa não é uma questão de oposição ou de governo. (O tratamento a Yoani) está constrangendo o Brasil todo. Não é tradição do povo brasileiro (esse tipo de manifestação)", afirmou Henrique Alves.
"Ela tem sido agredida no País e não aceitamos isso. Yoani Sánchez é uma cidadã estrangeira, dissidente do regime ditatorial cubano e que deve ter total proteção do Estado democrático brasileiro", afirmou Mendonça Filho. No requerimento, o deputado também pediu à PF que investigue a atuação de Augusto Poppi Martins, assessor do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), na participação de um suposto plano de espionagem e perseguição política à blogueira, em articulação com o governo de Raúl Castro.
O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), divulgou nota de apoio a Yoani, "símbolo da luta pela democracia em seu país". Ele considerou "inadmissíveis" as manifestações como a ocorrida em Feira de Santana, quando militantes do PT e do PC do B impediram a exibição de um filme com um depoimento da blogueira.
"Democracia e liberdade de opinião não podem descambar para manifestações de fanatismo retrógrado", afirmou a nota do líder Rubens Bueno (PR). O PPS também condenou a "utilização do aparelho estatal e a participação de funcionários do governo, até do Palácio do Planalto, na distribuição de um dossiê delirante contra a blogueira, que nada mais fez em seu país do que lutar pelos direitos básicos de liberdade de opinião e manifestação de um povo".
Bueno afirmou ainda que a caminhada de Yoani merece o apoio de todos que lutam pela liberdade dos povos e defendem a plena democracia. "E o governo brasileiro tem a obrigação de garantir a segurança e o pleno direito de ir e vir da blogueira durante a sua passagem pelo país", concluiu o líder do PPS.
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