A torcida alviverde possui mais uma razão para emoldurar na lembrança a irrepreensível campanha alviverde em 2011. Nunca na trajetória do profissionalismo nos gamados do Paraná um campeão ergueu a taça com tamanha propriedade. O Coxa de Davi, Leo Gago e Marcos Aurélio é o melhor time da história do Campeonato Paranaense. Feito garantido com um aproveitamento de 93,65% após a vitória de 3 a 0 sobre o Atlético, ontem, na Arena.
O time fez os números jogarem ao seu favor durante toda a disputa para construir uma campanha épica. Desde 1933, ano da profissionalização do Estadual, ninguém foi tão longe.
É um marco no próprio Alto da Glória. Nem na vitoriosa década de 70, dominada pelas cores verde e branca, um escrete foi tão perfeito. O melhor Coritiba antes deste havia sido o de 1935, com Pizzato e Pizzatinho, artilheiro com oito gols de um time que arrebatou 92,59% dos pontos disputados.
De quebra, os comandados de Marcelo Oliveira deixaram para trás um ícone da história arquirrival. Enquanto o Atlético de 1949 consagrou-se como Furacão, com 91,66% de aproveitamento, o Coritiba de 2011 foi ainda mais arrasador: 19 vitórias, dois empates e 60 gols marcados. Um tsunami alviverde.
Duas equipes até superaram o rendimento do Coxa ao longo do regional, mas isso na fase amadora. Em 1915, ano do primeiro torneio, o Internacional – equipe que daria origem ao Atlético na fusão com o América em 1924 – teve 100% de aproveitamento ao vencer as 10 partidas da competição. O Britânia, em 1922, alcançou 94,44% de rendimento.
A taça erguida por Pereira, a 35.ª na galeria do clube, foi o toque final dessa jornada nos gramados da capital e do interior. Um time sem estrelas transformado em uma legião de ídolos, graças a uma estratégia simples e avassaladora. Por mais preparados que fossem os adversários, boa parte foi surpreendida com gols antes dos 25 minutos de jogo.
Uma força que ajudou a garantir a invencibilidade e o título. “Eu diria que nada resiste ao trabalho, à lealdade e à honestidade. É essa união que nos levou a essas vitórias”, comemorou o maestro coxa-branca, Marcelo Oliveira.
Fonte: Gazeta do Povo 25/04/2012.
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