Parte dos funcionários do chão de fábrica da Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba, entrou em greve na manhã desta segunda-feira (02). A decisão veio em uma assembleia realizada na entrada do primeiro turno de trabalho. Cerca de 1,3 mil empregados decidiram paralisar as atividades diante da apresentação, por parte da Volvo, da mesma proposta já rejeitada pela categoria na semana passada sobre o pagamento da participação dos lucros.
Uma outra assembleia será promovida às 16h30 com os cerca de 800 funcionários do segundo turno, que devem apenas referendar o que foi decidido na manhã desta segunda-feira (2).
A categoria pede o pagamento de R$ 10 mil na primeira parcela do pagamento da participação dos lucros, sendo R$ 8 mil em dinheiro e R$ 2 mil em vale alimentação. A Volvo propôs o pagamento de R$ 5,5 mil. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, a participação nos lucros é paga em duas parcelas no ano: a primeira entre maio e junho e a degunda entre dezembro e janeiro.
Na manhã desta segunda, após a decisão de entrar em greve, os funcionários deixaram a empresa e foram para casa. O sindicato informou que as negociações começaram há cerca de um mês.
Outra assembleia foi promovida também pela manhã, mas entre os colaboradores do setor administrativo da Volvo, que aceitaram a proposta da empresa do pagamento dos R$ 5,5 mil e trabalham nesta segunda-feira (02) normalmente.
Volks e Renault
Na montadora Volkswagen, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, estava programada uma assembleia para a manhã de hoje, mas ela foi transferida para tarde. O mesmo aconteceu na Renault, também em São José dos Pinhais. Na Volkswagen, os funcionários fizeram protestos neste final de semana contra a proposta da empresa sobre a participação dos lucros. Eles não entraram para trabalhar no primeiro turno do último sábado e no turno da noite deste domingo.
A Volkswagen quer repassar aos 3,6 mil funcionários da planta paranaense, conforme o sindicato, 80% do valor que será pago aos empregados da fábrica no ABC Paulista. O valor ainda não foi definido pela empresa. Mas os funcionários já receitam este percentual. A Volkswagen ainda não apresentou uma nova proposta.
A Renault, que tem 5,2 mil empregados, ainda não fez uma proposta sobre o assunto. De acordo com o sindicato dos metalúrgicos, os funcionários da Renault e da Volkswagen reivindicam R$ 12 mil de participação de lucros. A negociação é para as montadoras paguem R$ 6 mil na primeira parcela e garantam o pagamento dos outros R$ 6 mil na segunda etapa.
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