As duas adolescentes de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, que estavam desaparecidas, foram encontradas nesta segunda-feira (13) na cidade de Teixeira Soares, a 150 quilômetros de Curitiba. As duas primas estavam com o namorado de uma delas, um jovem de 16 anos. O adolescente foi apreendido na delegacia do município, suspeito pelo crime de estupro de vulnerável, de acordo com a polícia.
As meninas foram encontradas após a ligação do pai de uma delas para o celular. A menina guardava o aparelho, mas não o atendia desde que ela e a prima saíram de São José dos Pinhais. O pai soube onde elas estavam e entrou em contato com a polícia. Elas estavam na casa do adolescente. Segundo o delegado de Teixeira Soares, Rodrigo da Silva Cruz, apesar de vários dias fora de casa, as duas meninas “estão íntegras psicológica e fisicamente". "O rapaz parece que as tratava bem”, diz o delegado.
Os pais já se encontraram nesta segunda-feira (13) com as adolescentes e aguardam os trâmites na delegacia. Os pais do garoto também estiveram na delegacia e foram ouvidos.
Segundo o delegado, o garoto e as duas meninas não se conheciam pessoalmente e apenas tinham se falado por telefone. Uma delas, a jovem de 12 anos, manteve contato com ele por telefone durante cinco meses, até que eles se encontraram em São José dos Pinhais. “Ele soube da garota por um amigo, que a conhecia e tinha o número de telefone dela. Com isso, manteve contato com a menina por cinco meses. Eles namoravam pelo telefone”, conta o delegado.
No final de julho, o garoto saiu de Teixeira Soares com uma moto e deixou o veículo na casa de parentes em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba. Da cidade, afirma Cruz, o adolescente foi para São José dos Pinhais de táxi na madrugada do final de julho e encontrou a garota. “A outra menina foi convidada para ir junto com eles”.
O garoto e as meninas seguiram para Teixeira Soares em um táxi. De acordo com o delegado, o garoto é suspeito do crime de estupro de vulnerável, quando uma pessoa induz outra menor de 14 anos a manter relação sexual, mesmo ele também sendo menor de idade. “Agora, a Promotoria da Infância e Juventude vai analisar o caso e pode pedir medidas socioeducativas para ele”, disse o delegado.
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