Governo cede e greve de caminhoneiros termina
O governo cedeu em 3 dos 12 pontos da pauta de reivindicação e acenou com a possibilidade de flexibilizar a lei regulamenta a carga horária dos caminhoneiros
O governo federal cedeu e caminhoneiros decidiram suspender bloqueios em estradas que estavam paralisando o transporte de mercadorias no país. O desbloqueio já começou e deve acontecer até a manhã desta quarta-feira (1º), segundo o líder do movimento, Nélio Botelho, por problemas de segurança.
O acordo foi firmado após duas reuniões conduzidas pelo ministro dos Transportes, Paulo Passos, que duraram quase oito horas. Os caminhoneiros estavam divididos em dois grupos - um que liderava a greve e outro que era contrário à paralisação.
O governo cedeu em três pontos da pauta de reivindicação dos dois grupos, que tinha no total 12 itens, e acenou com a possibilidade de flexibilizar a lei que passou a regulamentar a carga horária dos caminhoneiros.
Pela nova lei, que já entrou em vigor, os caminhoneiros têm que ter um descanso de 30 minutos a cada quatro horas de trabalho e um descanso diário de 11 horas contínuas.
Os representantes dos dois grupos de caminhoneiros são contrários a esse formato, apesar de defenderem uma regulamentação. Para eles, há problemas operacionais como a falta de pontos de paradas.
Para acabar com a greve, o governo decidiu dar mais 30 dias de fiscalização educativa (ou seja, sem multa) em relação à jornada dos caminhoneiros. Nesse período, será aberta uma mesa de negociação entre representantes dos governos e dos trabalhadores para discutir propostas.
O ministro disse que o governo vai ouvir as propostas e, se for o caso, pode fazer alterações na legislação.
Os outros dois pontos que o governo atendeu foram: a paralisação de novos registros para transportadores; e a igualdade de condições entre pequenos e grandes transportadores na hora de fazer o registro eletrônico do pagamento dos fretes.
Paraná
As polícias rodoviárias registraram aproximadamente 25 bloqueios nas estradas do Paraná durante esta terça-feira (31). Até às 19 horas, antes do anúncio do fim da greve, sete estradas federais já tinham sido liberadas: o km 397, da BR-369; o km 452, da BR-277; o km 670, também da BR-277; o km 78, da BR-467; o km 231, da BR-376; o km 207, da BR-158, e o km 196, da BR-487.
Nas rodovias estaduais, durante o dia, os piquetes haviam começado às 7h30, com aglomeração de caminhões em filas na PR-082, nas proximidades do km 226, no município de Terra Boa; no km 04, da PR-473, em Três Barras; na PR-323, em Umuarama, km 303; na PR-182, em Toledo; na PR-151, entre Piraí do Sul e Castro; na PR-495, em Medianeira; e na PR-170, no município de Pinhão.
Outras três rodovias estaduais apresentaram pontos de interdição durante o dia. No quilômetro 458 da PR-182, em Realeza, na PR-471, quilômetro 222, em Nova Prata do Iguaçu, e no quilômetro 437, da PR-180, em Dois Vizinhos. Outro ponto de bloqueio foi registrado pela PRE entre os km 177 e 180 da PRC-466, em Pitanga.
Já nas estradas federais, a BR-277 chegou a ter quatro pontos de interdição, em Medianeira, Laranjeiras do Sul, Guarapuava e Campo Largo. Na BR-163, também foram registrados quatro bloqueios: no quilômetro 7, em Barracão, no quilômetro 42, em Pranchita; no quilômetro 64, em Pérola do Oeste; e no quilômetro 86, em Capanema.
Dois piquetes bloquearam o trânsito de caminhões na BR-376: no quilômetro 231, em Apucarana e no quilômetro 323, em Mauá da Serra. Também houve manifestações na BR-369, em Mamboré; na BR-467, em Toledo; na BR-158, em Peabiru e na BR-487, em Campo Mourão.
"Fonte" Gazeta do Povo
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