Segundo fontes, a análise do ministro levará em conta o repasse do incentivo para os preços, dados de emprego e de produção. A avaliação da equipe econômica é que, apesar do recorde de vendas em julho (364 mil unidades), o setor ainda mantém estoque elevados e, retirar a medida agora poderia levar a um retrocesso, com impactos negativos nos empregos.
Há integrantes do governo que defendem a prorrogação como necessária para estimular e acelerar a atividade econômica nos últimos meses do ano. A assessoria do ministério da Fazenda, no entanto, informou que não há definição, até o momento, sobre a questão.Como está às vésperas do final do prazo da redução do IPI e, nesse período, há um aumento das vendas com os feirões de automóveis espalhados por todo o País, integrantes da equipe econômica mantêm muita cautela em relação às informações sobre a possibilidade de prorrogação do incentivo que podem comprometer esse esforço final de vendas. As montadoras estão fazendo feirões e preveem o melhor mês de vendas da história.
Dados
De acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), com o IPI reduzido, as vendas diárias subiram de 12 mil em maio para 16 mil em agosto. No mês passado, a medida foi bastante questionada, depois que a GM anunciou que demitiria funcionários em uma das fábricas de São José dos Campos.
A notícia irritou a presidente Dilma Rousseff, que cobrou como contrapartida a manutenção dos empregos. Depois de intensas reuniões entre representantes da empresa, do governo (Ministérios da Fazenda e do Trabalho) e o Sindicato dos trabalhadores no local, as demissões foram adiadas.
Fonte: Gazeta do Povo 25/08/2012
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