A dor é o sentimento que o Paraná levará para o leilão judicial de sua sede social do Tarumã, hoje, às 14 horas – o evento ocorrerá em uma casa especializada no bairro Mercês, em Curitiba. No primeiro pregão, há duas semanas, com valor de avaliação em R$ 45,5 milhões, nenhum comprador ofereceu lance. Com isso, a nova tentativa parte de um valor aproximado de R$ 22,7 milhões. “Não quero falar, apenas depois que tiver acabado. É algo muito doloroso. É uma coisa sentida perder parte de nosso patrimônio”, lamentou o superintendente-geral do clube, Celso Bittencourt.
Um lance pela internet vindo de Portugal já havia sido dado no dia do primeiro leilão no valor de R$ 23 milhões, uma indicação de que o negócio não será fechado por valor inferior.
Tricolores
Nova casa
O Paraná entrega hoje à Federação os laudos para a liberação da Vila Olímpica. O primeiro jogo será domingo, contra o J. Malucelli, com o horário ainda indefinido.
Marketing
O clube anunciou ontem uma mudança em sua vice-presidência de marketing. Vladimir Carvalho saiu para a entrada de Christian Knaut, com experiência no ramo de vendas em duas multinacionais (Roche e Kraft).
O patrimônio, surgido do espólio do Palestra Itália, um dos diversos clubes que deram origem ao Paraná, será vendido para quitar dívidas do Tricolor. A sede é usada principalmente por jogadores de tênis e como local de treinamento de alguns esportes olímpicos do clube, como o beisebol. Mensalmente, custa ao clube cerca de R$ 20 a 30 mil em manutenção.
Na semana passada, em entrevista publicada na Gazeta do Povo, Bittencourt revelou que o Paraná começaria a ficar viável financeiramente se o leilão render aos cofres do clube de R$ 28 a 30 milhões. O montante engloba todas as pendências mais urgentes do clube. Entre as dívidas, estão pendências com diversos níveis do poder público – de acordo com o balanço financeiro publicado pelo Tricolor referente a 2011 são pouco mais de R$ 5 milhões em dívidas de impostos como INSS e FGTS.
Apenas com a quitação dos débitos é que o Paraná pode pedir a certidão negativa de débitos, que lhe permitiria receber recursos públicos, seja de patrocínios de estatais, como a Caixa Econômica Federal, ou em projetos que envolvam o poder público como parceiro.
Também faz parte do pacote de credores do Paraná o empresário Léo Rabello, que receberá após acordo cerca de R$ 9 milhões referentes à negociação do meia Thiago Neves, concretizada em 2007 – o Tricolor não repassou a fatia que cabia ao empresário, dono de 68% dos direitos econômicos do atleta, na transferência que movimentou no total R$ 2,3 milhões.
Se conseguir arrematar mais do que o esperado, a diretoria paranista pretende ganhar capital de giro para investir tanto no futebol quanto na área social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário