Uma enorme teia de aranha tem atraído a curiosidade de quem passa pela rua Comendador Macedo, entre a Conselheiro Laurindo e a Tibagi, no Centro de Curitiba. A “construção” é obra de uma colônia de aranhas da espécie Anelosimus eximius que vive em uma árvore da região, e que segundo especialista, não oferece risco à população.
“Essa espécie é conhecida por fazer balonismo. Elas produzem fios extremamente finos, se prendem a eles, e voam com o ar, se dispersando por vários lugares. Tanto que há registro dela entre o Panamá e a Argentina", explica Eduardo Ramires, biólogo especialista em aracnídeos.
Ramires ressalta também que, em função do tamanho dos animais, eles não têm como oferecer riscos à saúde de quem transita na via. “As aranhas, em áreas naturais, costumam fazer teias em cascata, que chegam até o chão. Aqui, quando tentam fazer isso, se assustam com as pessoas que passam na rua. E o mesmo acontece com quem vê as aranhas perto da calçada. Por isso acham que são perigosas. Mas não tem perigo, já que a mordida delas não conseguem penetrar a pele”.
No caso dessa árvore, deve ter chegado uma fêmea já fertilizada, que é responsável pela colônia. Os filhotes dela cresceram, se reproduziram, e desde então as aranhas estão no trabalho de produção dessa teia”, diz.
Ele destaca ainda que a comunidade precisa aproveitar esse fenômeno para se educar e tirar lições de como a natureza pode ajudar no dia-a-dia. “Ali as aranhas fizeram uma armadilha gigante, que funciona no controle de insetos. Sem fator de perturbação, elas podem ficam ali por muito tempo. O que trará, com certeza, benefícios a quem vive ao redor da teia”, completa.
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