A Prefeitura de Curitiba deve economizar este ano R$ 14 milhões com a racionalização no uso de veículos e a devolução de 52 automóveis à locadora contratada. O corte faz parte de um conjunto de medidas adotadas para reduzir gastos de custeio e ampliar a capacidade de investimento do município. O pacote inclui a criação de centrais de gerenciamento de frota, enxugamento da estrutura administrativa, revisão de contratos e redução nos gastos com energia elétrica e telefone.
A redução dos gastos de custeio em todas as unidades da administração direta ou indireta foi determinada pelo prefeito Gustavo Fruet no dia seguinte à posse (2 de janeiro), por meio de decreto. Fruet também ordenou a revisão de todos os contratos vigentes.
De acordo com levantamento feito pela Secretaria Municipal de Administração, somente a devolução de 52 automóveis e a racionalização do uso de veículos proporcionará uma economia de 12% em relação ao valor original do contrato com a empresa de locação, a Cotrans. A redução de gastos deve chegar a R$ 14 milhões anuais. O valor corresponde ao investimento necessário, por exemplo, para construir oito unidades de saúde, de 500 metros quadrados, com valor médio de R$ 1,7 milhão por unidade.
Ao mesmo tempo foi instituído um processo de racionalização de uso dos carros, com medidas que buscam otimizar o trabalho dos motoristas e diminuir o gasto com combustível. Mesmo com o aumento de 5% no preço da gasolina, nos dois primeiros meses do ano houve uma economia de 14% nas despesas com combustíveis.
A economia se deve em grande parte à criação das centrais de gerenciamento de frota, que possibilitarão um maior controle sobre o uso de veículos, por meio do agendamento eletrônico das corridas e o compartilhamento dos automóveis entre as secretarias. Já estão em funcionamento duas centrais e outras duas deverão ser criadas até o fim do ano.
“O objetivo da redução de custeio é aumentar o poder de investimento da Prefeitura na cidade – como, aliás, prevê o programa de governo do prefeito Gustavo Fruet”, diz o superintendente da Secretaria Municipal de Administração, César Rissete.
Energia
Todos os órgãos da Prefeitura também vêm trabalhando para diminuir a utilização de celulares e os gastos com energia elétrica, em esforço que já mostra resultados. Em fevereiro, por exemplo, a conta de energia apresentou uma redução de 30%, em relação ao mesmo período de 2012.
“Estamos adotando medidas simples que melhoraram o consumo de energia, como a substituição de aparelhos antigos por outros mais eficientes. Com a redução de frota e do uso de energia, estamos também colaborando para tornar a cidade mais sustentável”, observa Rissete.
Contratos revistos
O decreto assinado pelo prefeito também suspendeu por até 90 dias o pagamento de despesas superiores a R$ 30 mil, com recursos provenientes de qualquer fonte. Criado pelo mesmo ato, o Comitê de Transparência e Responsabilidade Financeira ficou encarregado de reavaliar todas os contratos firmados pela gestão anterior.
Entre os contratos em revisão estão os de maior valor, casos do Instituto Curitiba de Informática (ICI), Cotrans, lixo e limpeza, asseio e conservação. Em fevereiro, a Prefeitura já efetivou uma mudança no contrato com a Consilux, pela ocupação dos 196 radares da empresa. O valor pago à Consilux será reduzido em 37% este ano – de R$ 737.427,28 para R$ 464.003,23. A medida representará uma economia anual de mais de R$ 3,2 milhões.
“Sem afetar a prestação de serviços públicos, estamos cortando algumas despesas e gerando economia para os cofres públicos”, diz o prefeito Gustavo Fruet.
Também está sendo elaborado o edital de licitação da telefonia fixa para gerar economia.
Como forma de dinamizar e uniformizar as ações e diminuir custos, foram unificados os trabalhos em algumas secretarias, como as de Administração e Planejamento. As secretarias de Urbanismo e da Copa têm um único responsável, o secretário Reginaldo Cordeiro. Neste caso, apenas em salários de secretário, superintendente e diretores projeta-se economia de R$ 1,5 milhão até a Copa do Mundo.
Na Companhia de Habitação (Cohab), atingiu-se uma economia mensal de R$ 277 mil (R$ 3,6 milhões por ano) com a extinção de duas diretorias, duas gerências e 17 chefias.
No Instituto Curitiba de Saúde (ICS), foi promovida uma redução de pessoal, que gerará uma economia mensal de R$ 70 mil. Este valor será usado para aumentar o valor da consulta paga aos credenciados dos atuais R$ 27,60 para R$ 42,00.
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