Cinco vereadores de Curitiba querem alterar a Lei Orgânica do município que regulamenta a fiscalização de contratos firmados pela Câmara Municipal. A intenção, anunciada nesta quinta-feira (5), vem depois da divulgação de denúncias de supostas irregularidades cometidas pela presidência da Casa. Eles querem mais parlamentares para fiscalizar os contratos.
Dentro da Câmara, as investigações dos contratos de propaganda que teriam beneficiado a empresa de Cláudia Queiroz Guedes, mulher do presidente da Casa vereador João Cláudio Derosso (PSDB), estão devagar. A reunião da comissão de ética foi adiada e a apuração interna das denúncias por meio da Comissão Processante, que foi pedida pela vereadora Renata Bueno (PSB), depende da aprovação de 26 dos 38 parlamentares.
Atualmente, a maioria dos vereadores não participa da aprovação das contas que são enviadas diretamente para o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). A oposição quer criar uma comissão de controle interno com vereadores de todos os partidos para que os parlamentares tenham acesso a toda a documentação da Casa.
Entenda as denúncias
Uma investigação do Ministério Público (MP) aponta que a mulher de Derosso, Cláudia Queiroz Guedes, pode ter sido beneficiada em licitações promovidas pela Casa. De acordo com o MP, duas empresas de Cláudia Guedes venceram processos licitatórios para gerir a verba da propaganda do legislativo curitibano, enquanto ela era funcionária da Câmara.
No domingo (31), o jornal Gazeta do Povo mostrou em uma reportagem que o MP descobriu, durante investigações sobre contratações irregulares na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), que alguns funcionários do legislativo estadual também eram, no mesmo período, nomeados para trabalhos na Câmara de Curitiba. A dupla função é ilegal e aconteceu entre os anos de 1997 e 2006.
G1 05/08/2011
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