quarta-feira, setembro 14, 2011

Socorristas são agredidos por marido da vítima que só para com a chegada da polícia

Os dois bombeiros chamados para atender as vítimas de uma colisão entre carro e trem, não esperavam mais um caso de vítima agressiva. Os bombeiros César e Ernesto se dirigiram até a rua Sebastião Marcos Luiz, no bairro Cajuru em Curitiba, por volta das 23h desta terça-feira (13) e mal desceram da ambulância do Siate, já foram recebidos por empurrões e insultos.

O condutor do veículo GM Astra, Vaurílio Antônio dos Santos, 39 anos, era o recepcionista desagradável. Ele estava nervoso e ao invés de permitir que os socorristas atendessem a esposa, preferiu agredi-los argumentando que tinham demorado a chegar.
Foi necessário chamar apoio da Polícia Militar para que Vaurílio fosse contido. “Fizemos o trajeto do Boqueirão ao Cajauru em oito minutos. Correndo risco no trânsito para chegar a tempo. A reclamação era infundada”, disse o Cabo Ernesto.

Flávia Cristina da Silva, 31, só foi atendida depois que o marido estava sendo levado pelos policiais ao Ciac-Sul (Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão), na região do bairro Portão. Ele deve ser indiciado por ameaça, desacato e lesão corporal. A mulher foi encaminhada pelo socorro ao Hospital do Trabalhador, também no Portão.

Desabafo

Os dois socorristas contaram à Banda B que sofrer agressões e insultos nas ocorrências está se tornando comum. Eles reclamam que as pessoas estão sem paciência. “Temos limitações para atender uma cidade tão grande. São muitas ocorrências, nem nós, nem a população tem culpa. Pedimos mais tranquilidade”, afirmou o cabo Ernesto.

Ele relatou o sentimento da maioria dos bombeiros. “Para fazer esse trabalho não adianta estar interessado só no salário, tem que gostar. São situações extremas, quem está aqui veste a camisa”, concluiu.
Fonte: http://bandab.pron.com.br 14/09/2011

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