Depois de quase 40 anos, o Coritiba é tricampeão paranaense pela segunda vez em 102 anos de história, repetindo o feito de 1971/72/73. O retrospecto das três conquistas consecutivas não deixa qualquer dúvida sobre a atual superioridade alviverde no estado: em 66 partidas, 51 vitórias, 13 empates e apenas 2 derrotas.
Tricampeonato
Campeão 2010: 24 jogos, 16 vitórias, 7 empates e uma derrota.
Bicampeão 2011: 22 jogos, 20 vitórias e 2 empates.
Tricampeão 2012: 24 jogos, 16 vitórias, 7 empates e uma derrota.
Craque: Vanderlei
Decisivo, durante a partida, não teve sustos quando precisou ser acionado e teve dia de goleador ao defender o pênalti de Guerrón, decisivo para o título coxa-branca.
Bonde: Guerrón
Teve um bom primeiro tempo, sendo o mais ofensivo do Atlético, apesar de bem marcado por Emerson e Lucas Mendes. Caiu de produção no segundo tempo, mas teve a cobrança de pênalti defendida.
Guerreiro: Gil
Improvisado na lateral direita coxa-branca, o volante foi a válvula de escape do time na criação das jogadas ofensivas, sem deixar de apoiar a defesa.
O triunfo coroou o melhor time do Estadual. Nos 22 compromissos pelos dois turnos, foram 16 vitórias, 5 empates e 1 derrota. O campeão tem também o melhor ataque, com 56 gols, e a segunda melhor defesa, com 21 bolas na sua rede.
Ontem à tarde, no entanto, o Coxa precisou ir aos pênaltis para garantir outra taça e superar o rival Atlético. No tempo normal, empate por 0 a 0. Como o primeiro confronto também terminou igual (2 a 2, na Vila Capanema), pelo regulamento a decisão seria nas penalidades.
Lincoln, Roberto, Júnior Urso e Éverton Costa anotaram para o Alviverde. Alan Bahia, Deivid, Zezinho e Ligüera fizeram para o Rubro-Negro. Depois que Vanderlei defendeu a cobrança de Guerrón, Éverton Ribeiro decretou o 5 a 4 no Couto Pereira.
O desfecho coube aos dois principais personagens do Verdão na finalíssima. O goleiro carregava nas costas a falha no duelo de ida, ao rebater uma bola nos pés do atleticano Ligüera, que mandou para as redes. “Foi como um gol para um atacante”, admitiu Vanderlei, sobre a intervenção decisiva – e redentora.
Éverton Ribeiro, por sua vez, assinou um dos gols da partida na Vila – o outro foi de Anderson Aquino. E durante a semana pré-decisão, candidatou-se a herói. “Espero fazer um bom jogo e um gol, quem sabe o do tricampeonato”, disse. Dito e feito.
A bola ainda bateu na trave direita do goleiro Rodolfo e entrou no canto oposto. “Pedi para o Marcelo [Oliveira] para cobrar o último, estava muito confiante. Tive a chance que eu queria e não desperdicei”, declarou ele, que foge do rótulo de talismã.
O Atletiba de número 352 significou também uma espécie de despedida de luxo para Tcheco. Um dos símbolos da campanha, o meia-cancha seguirá em campo somente enquanto o Coxa permanecer na Copa do Brasil. Ontem, em nova prova de identificação com o clube, ele pulou no fosso do estádio para entregar o troféu nas mãos da torcida.
“O Atlético valorizou muito a nossa conquista, tanto que foi para os pênaltis. Desta vez, os deuses do futebol estavam ao nosso lado”, afirmou Tcheco, que viu o jogo do banco de reservas depois de ser substituído, por lesão, aos 22/1º. Quando pendurar as chuteiras, o jogador pretende prosseguir no Alto da Glória como dirigente.
Por fim, o sucesso deu moral ao técnico Marcelo Oliveira, contestado em algumas oportunidades este ano. “Muito empenho e sacrifício, tivemos adversidades no primeiro turno. Mas fomos mais felizes”, resumiu o treinador.
O jogo
Partida de poucas chances reais de gol. No primeiro tempo, o Atlético esteve melhor; na etapa final, o Alviverde reagiu. O empate levou a decisão para os pênaltis. Guerrón parou em Vanderlei. Coxa tricampeão.
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