quarta-feira, julho 27, 2011

Derosso pode ser o dono do imóvel da agência contratada pela Câmara


Após ter divulgado, na semana passada, denúncias contra o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, o vereador João Claudio Derosso (PSDB), o deputado federal Dr. Rosinha (PT) continua em cima do caso. Nesta quarta-feira (27), Rosinha divulgou em seu site mais uma denúncia, apontando que além de ter favorecido a agência de sua esposa, Claudia Queiroz Guedes, na licitação para contratação de serviços de publicidade em 2006, Derosso ainda emprestou um imóvel de sua propriedade para ser a sede da empresa.
Apesar de não haver irregularidades no empréstimo em si, Rosinha questionou a ética do vereador ao ceder um imóvel de sua propriedade a uma empresa que prestava serviços à Câmara, presidida por ele mesmo. "Além de favorecer seus parentes com contratos e cargos públicos, Derosso disponibilizou ainda sua própria infraestrutura, no caso, um imóvel, para os negócios da esposa e do sogro com órgãos públicos, inclusive com a Câmara. Para ele, parece não haver limite entre o público e o privado”, opinou.
Com essa nova denúncia, Rosinha pretendia mostrar ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) que as investigações não devem se ater apenas às irregularidades no processo licitatório, mas também a tudo que envolve a administração de Derosso na presidência da Câmara. “Insisto em defender que os promotores não limitem a investigação apenas ao último contrato, de R$ 30,1 milhões, firmado em 2006. É preciso fazer uma ampla auditoria em todos esses contratos de publicidade da Câmara de Curitiba, durante toda a gestão Derosso”, declarou.
Mobilização contra Derosso
As denúncias a respeito de Derosso também têm sido alvo de discussões por movimentos sociais e partidos políticos. Nesta quarta-feira (27), a Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT-PR) realizou uma reunião com representantes de movimentos sociais para estabelecer ações de protesto contra o vereador. A principal delas será uma manifestação em frente à Câmara, prevista para a próxima segunda-feira (1º). Estiveram na reunião membros do Movimento Mudança, União Paranaense dos Estudantes (UPE), Grupo Tortura Nunca Mais, Sociedade Direitos Humanos para a Paz (DHPaz) e sindicatos.
Convidados para comparecer à reunião proposta pela CUT, como já tinham participado de outro encontro da entidade sobre o assunto na semana passada, os partidos políticos decidiram fazer sua própria discussão nesta quinta-feira (28). O encontro, prevista para as 10 horas na sede do PSC, deve reunir PT, PMDB, PDT, PV, PCdoB e PPS, além do próprio PSC.

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