Às 7h30 da manhã desta quarta-feira (27), alguns trabalhadores já chegavam ao centro para trabalhar. Outros, que passaram a noite na folia, ainda perambulavam pela rua Cruz Machado, quando presenciaram um homicídio. Moisés Silveira, 28 anos, dado pela polícia como traficante, foi executado a tiros em frente à danceteria Café da Madrugada, quase na esquina com a Alameda Cabral. O garçom Ricardo da Silva Pinheiro, 25 anos, também levou um tiro na nuca e está internado no Hospital Evangélico.
Apesar de saber que várias pessoas presenciaram o crime, a polícia teve dificuldades em encontrar quem se dispusesse a contar o que viu. O cabo Celso, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, acredita que Moisés traficava drogas naquela região do centro. Mas deve ter vendido “fiado” a alguns viciados e ficou sem dinheiro para pagar o traficante que lhe repassava o entorpecente. Durante a manhã, o traficante acima dele deve ter ido cobrar o dinheiro. Sem ter como pagar, Moisés foi executado, supôs o cabo.
Drogas
No carro pertencente a Moisés, o Uno placa MDN-4195 (Joinville - SC), que ficou estacionado em frente à danceteria, a polícia recolheu algumas buchas de cocaína e algumas pedras de crack. Uma moto e um Ká, que permaneceram estacionados em frente á boate, também deverão ser investigados pela Delegacia de Homicídios, para ver se têm relação com a vítima ou os autores.
As cápsulas caídas no asfalto, explicou o delegado Roberto Fernandes, da Delegacia de Homicídios, demonstram que o crime ocorreu do lado de fora da boate, quando a vítima estava ao redor de seu carro. Para se proteger, Moisés correu para dentro da danceteria, onde não suportou os tiros que já tinha levado e tombou morto na porta do estabelecimento.
As paredes externas e a porta do Café da Madrugada ficaram furados pelas balas. Não se sabe onde estava o garçom, que levou um tiro de raspão na nuca e foi encaminhado pelo Siate ao Hospital Evangélico, onde seu estado de saúde é considerado estável. Ricardo trabalhava há um mês e meio na boate e estava em período de experiência.
Testemunha
Um morador da região foi à janela de seu apartamento, logo após ter ouvido os tiros. Esta pessoa relatou a vizinhos que viu quando um casal - ele usava uma mochila nas costas - saiu correndo da frente da boate e subiu a rua Voluntários da Pátria, onde pegou um táxi, que estava parado em frente a um estacionamento. Não se sabe se o táxi já os aguardava ou se o casal pegou um táxi qualquer parado na via, que aguardava cliente.
Trânsito
Como duas das três faixas da rua Cruz Machado tiveram que ser fechadas, para preservar o local do crime para a perícia, o trânsito nas quadras ao redor, bem no horário que muitas pessoas estão seguindo ao trabalho, ficou bastante complicado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário