A visita de vereadores à Diretoria de Trânsito (Diretran) de Curitiba nesta quinta-feira, que seria uma maneira de a prefeitura tranquilizar os vereadores sobre a situação dos radares de trânsito na capital a mostrar que não há necessidade, neste momento da abertura de uma CPI pela Câmara Municipal de Curitiba, pode ter efeito contrário.
O vereador Jair Cézar (PSDB), da bancada de apoio ao prefeito Luciano Ducci (PSB) saiu da Diretran defendendo uma investigação profunda pelos vereadores, que, até agora, só era requerida pela bancada de oposição.
“Se dissesse para você que saí de lá plenamente convicto de que o sistema funciona regularmente e que não há como manipulá-lo, estaria mentindo. Saí de lá crente que precisamos investigar a fundo esse serviço”, disse o vereador. “Se uma CPI for a única forma para fazermos com que a Consilux vá até a Câmara prestar os esclarecimentos a todas as dúvidas que nós temos, vamos criar a CPI”, avisou.
Jair Cézar disse que só não assinou a CPI proposta pela bancada de oposição porque o tema foi politizado. “Não é a CPI dos radares, é a CPI da oposição. Assim, não assino. Eles trazem isso como uma questão política, como se fossem os únicos interessados, os paladinos da moralidade. Não é assim”.
O vereador disse, no entanto, que, segunda-feira levará a questão ao presidente da Câmara, João Cláudio Derosso para que a Casa crie algum mecanismo de investigação. “Todos os vereadores querem esclarecer o caso, não só a oposição. Não há nenhuma restrição do prefeito para que investiguemos, tanto que ele tomou aquela decisão de romper os contratos, mesmo com o risco de contestações judiciais. Não sei se uma CPI, ou algum outro mecanismo, mas vamos investigar sim”, disse o vereador.
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