segunda-feira, janeiro 09, 2012

09/01/2012 17h23 - Atualizado em 09/01/2012 17h44 'É fácil, mas pode ser extremamente perigoso', diz instrutor de rapel do PR

09/01/2012 17h23 - Atualizado em 09/01/2012 17h44
Prática, entretanto, pode ser perigosa e requer cuidados e orientação.

Nos raros dias de sol da capital paranaense, os programas ao ar livre ganham a preferência dos curitibanos. E a proximidade com a Serra do Mar favorece o montanhismo, o cicloturismo, as caminhadas em morros e também o rapel, que na verdade é uma técnica utilizada pelos montanhistas e escaladores para descer das montanhas e paredes escaladas. Mas para ter algumas horas de distração é necessário tomar cuidados e, principalmente, atentar aos equipamentos de segurança.

No sábado (7), uma jovem de 19 anos ficou presa pelos cabelos no meio de um rapel no Morro do Vigia, em Piraquara – Região Metropolitana. A jovem ficou presa a cerca de 30 metros de altura. Ela estava com um grupo de amigos, que acionaram a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros. Um helicóptero foi encaminhado ao local para realizar o resgate da garota. O erro da jovem foi praticar o rapel com os cabelos soltos, que enroscaram no “freio oito”, equipamento utilizado para passa a corda. A jovem não se machucou.

Maurício Soares Kisielewicz, 31 anos, é instrutor de rapel há 10 anos e há três montou uma agência de turismo de aventura em Ponta Grossa, a 125 km de Curitiba. Segundo ele, é fácil alguém sem experiência comprar os equipamentos básicos de segurança e por conta própria ir a uma montanha ou a uma cachoeira praticar o rapel. Este costume, entretanto, é perigoso. “Os vendedores podem até praticar o rapel, mas ali na loja, ele não consegue orientar adequadamente”, explicou Maurício Kisielewicz. Pode-se dizer que é fácil, mas pode ser extremamente perigoso, acrescentou o instrutor.

Os equipamentos básicos de segurança pessoal são cadeirinha, mosquetão de abertura grande com trava, o freio oito e o capacete. As roupas também devem ser adequadas, lembrou o instrutor. O praticante de rapel deve usar calça ou bermuda justa e camisetas por dentro da calça ou da bermuda.

Para quem tem cabelo comprido, é obrigatório prendê-lo e colocá-lo por debaixo do capacete. Além da Serra do Mar, a região de Ponta Grossa, com o Cânion do Rio São Jorge e o Buraco do Padre, e o Norte Pioneiro são locais onde o rapel é bastante praticado. Na avaliação de Maurício Kisielewicz, as cidades de Londrina e Jaguaraíva também estão ganhando destaque devido um aumento acentuado de praticantes.
Na agência de Maurício Kisielewicz o número de pacote de turismo de aventura fechado por turistas de São Paulo, por exemplo, é crescente. “Vem gente de vários lugares. A geografia e a geologia do Paraná é privilegiada para a escalada e para o montanhismo e, consequentemente, para o rapel”, disse o instrutor.
É sempre importante, destacou o instrutor, conhecer a empresa contratada na hora de comprar pacotes turísticos, principalmente, saber se os instrutores são capacitados. O G1 separou algumas empresas cadastradas no Ministério do Turismo para realização do turismo de aventura no Paraná.

G1 PARANÁ

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