O envolvimento com drogas pode não ser o único motivo do assassinato de Felipe Ramos Dias, 17 anos, ocorrido na madrugada deste sábado (25), no Pilarzinho, em Curitiba. Pessoas próximas ao rapaz acreditam que ele possa ter sido baleado por policiais militares, que há algum tempo estariam atrás dele.
O crime ocorreu entre 2h30 e 3h deste sábado (25), na Rua Campo Largo da Piedade, onde Felipe morava. Ninguém sabe ainda como o jovem levou cerca de oito tiros, incluindo dois na cabeça, de uma arma calibre 380. O fato é que ele chegou a ser socorrido com vida pelo Siate, mas morreu a caminho do Hospital São José, em São José dos Pinhais. Familiares de Felipe, que estiveram na Delegacia de Homicídios, confirmaram que o adolescente traficava drogas há aproximadamente cinco anos. Até saiu da casa dos pais e foi morar no Pilarzinho, para não trazer problemas à família.
Denúncias
A disputa pelo ponto de venda de drogas não é a única possibilidade para o assassinato de Felipe. Conhecidos do adolescente fizeram denúncias escabrosas sobre policiais militares que atuam no Pilarzinho, acreditando que foram eles que balearam o jovem. Por isso, pediram para não ter seus nomes divulgados, temendo represálias.
Há meses, Felipe se queixava de que vinha sendo ameaçado pelos policiais e de que frequentemente tinha que pagar propina, para traficar drogas sem ser preso. Também vivia com marcas no corpo, de surras que levava e de torturas pelas quais passava, com sacolas enfiadas em sua cabeça, para que ficasse sufocado. As pessoas que fizeram a denúncia não sabem quem são os policiais, pois Felipe nunca citava nomes quando contava das surras, torturas e propinas.
A Polícia Militar foi procurada pela reportagem para saber se já existe alguma denúncia contra os policiais militares, mas ainda não se pronunciou sobre o caso.
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