“Congregar 340 emissoras e desenvolver a capacidade dos afiliados para que os paranaenses sejam brindados com o melhor em programação e qualidade técnica, é um trabalho que merece bem mais do que esta modesta homenagem”, disse o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), ao abrir a sessão solene que comemorou os 37 anos da Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (AERP), realizada nesta terça-feira (21).
Rossoni destacou o papel fundamental do rádio na missão de levar a informação a todos os cantos do nosso estado. Segundo ele, “o rádio continua sendo o mais poderoso instrumento de difusão de informação e lazer”.
O presidente agradeceu o apoio recebido da AERP e de suas emissoras associadas pela cobertura dos trabalhos no Legislativo. “Somos o Poder mais cobrado e fiscalizado pela população e, no momento em que promovemos mudanças na Casa pudemos contar com a parceria das emissoras para obter o apoio da população.”
O presidente da AERP, Márcio Vilela, apontou os avanços que a Associação teve ao longo dos seus 37 anos de criação. De acordo com ele, a AERP é hoje referência para o país em razão das ações pioneiras. “Ações inéditas como o convênio firmado com a Agência de Fomento do Governo do Estado para que as emissoras possam investir na modernização de estúdios e qualificação funcional. Além disso, neste mês disponibilizamos um programa jornalístico para enriquecer a grade de programação e agregar receita”, relatou.
O fundador e ex-presidente da entidade, Agustinho Seleski, lembrou como foi difícil criar a associação, em 1975, e agradeceu a homenagem. “Estamos transbordando de alegria. Não tenho palavras para agradecer essa homenagem da Assembleia. A AERP nasceu pequenina em Francisco Beltrão e hoje tem mais de 340 emissoras associadas. Foram 37 anos de trabalho e de luta”, relatou. “O rádio é um formador de opinião, está no escritório, no consultório, no carro e na lavoura. O rádio está e estará sempre com o nosso ouvinte”.
Novo tempo
O secretário de Comunicação Social do Governo do Estado, Marcelo Cattani, representou o governador Beto Richa (PSDB), e frisou o bom momento vivido pelo Paraná no contato com as empresas de radiodifusão. “É um novo tempo para a comunicação social do estado. O respeito foi reestabelecido, o diálogo é permanente”.
Cattani destacou o comprometimento do Governo com as empresas de radiodifusão do Paraná e salientou o convênio firmado entre a AERP e a Agência de Fomento que cria financiamentos para o processo de digitalização e modernização do parque de radiodifusão do estado.
Homenageados
O ex-presidente da AERP e diretor da rádio Voz de Coronel Vivida, Roberto Lang, apontou a importância da homenagem à Associação pela Assembleia, pois “ela representa o povo na sua essência. Diante desta representatividade faz com que todas as homenagens que a Assembleia faz, ela faz uma constatação se essa entidade teve um trabalho de relevância no Paraná. Nossa Associação foi reconhecida porque ela tem prestado um serviço muito forte em todas as comunidades”.
O diretor da rádio Vila Velha de Ponta Grossa, Iraci Travisani Rosa, destacou a oportunidade de rever ex-presidentes da instituição e reunir radiodifusores. “Homenagem muito merecida e valorosa, por ter trazido à Assembleia desde o fundador até os componentes que vem trabalhando para a evolução da Associação dentro da modernidade que o tempo exige. O rádio continua sempre o amigo de todas as horas”.
Fonte: Sonia Maschke /Jaime Santorsula Martins - Assessoria de Comunicação da Presidencia Assembleia Legislativa do Paraná
http://www.alep.pr.gov.br/imprensa/noticias/noticia/21815/assembleia-homenageia-os-37-anos-da-aerp/
quarta-feira, agosto 22, 2012
terça-feira, agosto 21, 2012
Paraná vai comprar 300 ambulâncias para renovar frota nos municípios
O Paraná vai ampliar e renovar a frota de ambulâncias nos municípios, com a aquisição de 300 veículos até o final de 2013. O primeiro lote, com 50 unidades, foi entregue pelo governador Beto Richa nesta terça-feira (21), no Palácio Iguaçu, e será distribuído para as regionais da Secretaria de Saúde para atender municípios de diversas regiões do Paraná. Ao todo, o Estado investirá R$ 28,5 milhões para essa finalidade.
As primeiras ambulâncias foram financiadas com recursos de emendas parlamentares e adquiridas pela Secretaria da Saúde, por meio do programa Saúde para Todo Paraná. Cada ambulância custa R$ 95 mil e é equipada com equipamentos básicos para remoção de pacientes que não estão em estado grave.
“Nosso compromisso é promover um atendimento à saúde mais ágil, humano e de qualidade. Com uma gestão pública austera e qualificada estamos atingindo nossos objetivos”, afirmou o governador. Richa reafirmou seu compromisso de tratar a saúde como prioridade, assim como a educação e a segurança pública. “Com respeito à legislação, estamos trazendo ao Paraná avanços consistentes em saúde pública. O Paraná vive um novo momento, de respeito, diálogo e entendimento”, disse o governador.
Este ano, o governo estadual está cumprindo, pela primeira vez, a Emenda Constitucional 29, que determina a aplicação de 12% da receita do Estado em saúde. Isso representa um reforço de R$ 340 milhões no orçamento da área. “É uma demonstração inequívoca do compromisso deste governo com a saúde”, disse Richa.
A expectativa é que mais 72 ambulâncias sejam entregues ainda em 2012 e outras 178 até o final de 2013. As ambulâncias foram adquiridas por sistema de registro de preços, iniciado em 2011. O secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, explica que no orçamento do ano passado não havia recursos previstos para compra de ambulâncias.
“A situação é crítica em muitos municípios, principalmente os menores. Com essa medida estamos garantindo o bom atendimento e o respeito ao cidadão”, afirmou. Segundo ele, algumas das ambulâncias serão utilizadas pelo Siate. Ele citou ainda outros avanços do governo na área, como contratação de profissionais, aumento de leitos, transplantes, apoio e qualificação de hospitais públicos e filantrópicos.
TRANQUILIDADE – Ilton de Souza, secretário de Saúde de Sertanópolis, disse que a nova ambulância destinada ao município irá facilitar o transporte de pacientes que necessitam de um deslocamento especial. Segundo ele, as administrações municipais têm dificuldades financeiras para adquirir esses veículos, o que torna muito importante o apoio do Estado.
“Urgências acontecem a toda hora e a nova ambulância dará mais tranquilidade à população”, disse. O município de Sertanópolis já conta com uma ambulância. “Precisávamos de mais uma para dar suporte. Uma apenas não dava conta”, afirmou.
ASSEMBLEIA – De acordo com o governador, a entrega das ambulâncias só foi possível devido à relação de trabalho e de respeito que o Executivo tem com a Assembleia Legislativa. “Temos uma relação republicana com essa Casa de leis. Com sintonia temos conseguido promover avanços em infraestrutura, habitação, saúde, segurança, educação, entre outros”, disse Richa.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni, disse que a compra das ambulâncias é resultado de medidas saneadoras realizadas desde o início do ano passado e definiu como meta a devolução de R$ 300 milhões até o final de 2014. Estiveram presentes no evento prefeitos, deputados estaduais e secretários de Estado.
"Fonte" AEN
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=70437&tit=Parana-vai-comprar-300-ambulancias-para-renovar-frota-nos-municipios












As primeiras ambulâncias foram financiadas com recursos de emendas parlamentares e adquiridas pela Secretaria da Saúde, por meio do programa Saúde para Todo Paraná. Cada ambulância custa R$ 95 mil e é equipada com equipamentos básicos para remoção de pacientes que não estão em estado grave.
“Nosso compromisso é promover um atendimento à saúde mais ágil, humano e de qualidade. Com uma gestão pública austera e qualificada estamos atingindo nossos objetivos”, afirmou o governador. Richa reafirmou seu compromisso de tratar a saúde como prioridade, assim como a educação e a segurança pública. “Com respeito à legislação, estamos trazendo ao Paraná avanços consistentes em saúde pública. O Paraná vive um novo momento, de respeito, diálogo e entendimento”, disse o governador.
Este ano, o governo estadual está cumprindo, pela primeira vez, a Emenda Constitucional 29, que determina a aplicação de 12% da receita do Estado em saúde. Isso representa um reforço de R$ 340 milhões no orçamento da área. “É uma demonstração inequívoca do compromisso deste governo com a saúde”, disse Richa.
A expectativa é que mais 72 ambulâncias sejam entregues ainda em 2012 e outras 178 até o final de 2013. As ambulâncias foram adquiridas por sistema de registro de preços, iniciado em 2011. O secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, explica que no orçamento do ano passado não havia recursos previstos para compra de ambulâncias.
“A situação é crítica em muitos municípios, principalmente os menores. Com essa medida estamos garantindo o bom atendimento e o respeito ao cidadão”, afirmou. Segundo ele, algumas das ambulâncias serão utilizadas pelo Siate. Ele citou ainda outros avanços do governo na área, como contratação de profissionais, aumento de leitos, transplantes, apoio e qualificação de hospitais públicos e filantrópicos.
TRANQUILIDADE – Ilton de Souza, secretário de Saúde de Sertanópolis, disse que a nova ambulância destinada ao município irá facilitar o transporte de pacientes que necessitam de um deslocamento especial. Segundo ele, as administrações municipais têm dificuldades financeiras para adquirir esses veículos, o que torna muito importante o apoio do Estado.
“Urgências acontecem a toda hora e a nova ambulância dará mais tranquilidade à população”, disse. O município de Sertanópolis já conta com uma ambulância. “Precisávamos de mais uma para dar suporte. Uma apenas não dava conta”, afirmou.
ASSEMBLEIA – De acordo com o governador, a entrega das ambulâncias só foi possível devido à relação de trabalho e de respeito que o Executivo tem com a Assembleia Legislativa. “Temos uma relação republicana com essa Casa de leis. Com sintonia temos conseguido promover avanços em infraestrutura, habitação, saúde, segurança, educação, entre outros”, disse Richa.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni, disse que a compra das ambulâncias é resultado de medidas saneadoras realizadas desde o início do ano passado e definiu como meta a devolução de R$ 300 milhões até o final de 2014. Estiveram presentes no evento prefeitos, deputados estaduais e secretários de Estado.
"Fonte" AEN
http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=70437&tit=Parana-vai-comprar-300-ambulancias-para-renovar-frota-nos-municipios

A droga nas barbas do poder público
Enquanto os vereadores legislam e o prefeito despacha em Curitiba, o consumo de maconha, cocaína e crack ocorre livremente bem próximo de seus gabinetes. Na semana passada, a Gazeta do Povo flagrou o uso e o tráfico de drogas nas imediações de importantes prédios públicos da capital, como a prefeitura, a Câmara Municipal, o Departamento de Polícia Civil e a Secretaria de Estado de Obras Públicas.
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Fonte: Gazeta do Povo 21/08/2012
Foi exatamente a proximidade com órgãos públicos que levou Paulo, 48 anos, cujo sobrenome não foi revelado, a ter mais uma recaída. Na última sexta-feira, vestido com calça marrom e camisa social, ele completava seu sétimo dia longe do crack, quando foi à Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, tirar documentos para procurar emprego.
Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Fernando, usuário de drogas: “Eles fazem vistas grossas”
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Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD) atendem os usuários de drogas no Paraná. O estado tem ainda 2.404 leitos em hospitais psiquiátricos, 489 leitos em hospital-dia, 22 serviços residenciais terapêuticos e 76 núcleos de apoio, além de consultórios de rua em Maringá e Curitiba. O governo do Paraná e a prefeitura de Curitiba, porém, já aderiram ao Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack e devem receber cerca de R$ 270 milhões para investir em ações de prevenção e repressão.
Preocupação
Prefeitura diz investir em ações de prevenção
Distante cerca de 300 metros da região conhecida como “ciclovia da droga”, a prefeitura diz investir em prevenção no combate ao uso de entorpecentes. “Existe uma dificuldade com relação aos usuários, pois se trata de uma doença e, mesmo levando para a delegacia, eles voltam para o mesmo lugar. Estamos integrando ações de recuperação, prevenção e repressão, mas com ênfase na prevenção”, afirma Hamilton José Klein, titular da Secretaria Antidrogas de Curitiba.
Na mesma linha, a Secretaria Municipal de Saúde mantém o Programa Adolescente Saudável. De acordo com a pasta, a ação conta com uma abordagem sistêmica das questões ligadas à saúde, com foco no uso do álcool e outras drogas, em locais com grande presença de jovens, como as escolas.
Para a população em situação de rua, a prefeitura informa que monta o “Consultório de Rua”, todas as noites de quarta-feira, na Praça General Osório. A ação conta com diversos profissionais, como médicos, psiquiatras e enfermeiros. (RM)
Medo
Vizinhança indesejada assusta trabalhadores e quem precisa passar pelo local
A ideia de morar ou trabalhar próximo a um prédio público sempre passou uma sensação de segurança, mas o consumo disseminado de drogas tem minado esse sentimento. O gari Jair Martins Ferreira, 48 anos, trabalha na limpeza do Bosque do Papa. Na última sexta-feira, por volta das 16 horas, ele corria na ciclovia, mas não porque estava se exercitando e sim pelo medo que sente ao passar por ali. “Preciso cruzar aqui para pegar o ônibus. Todo o dia vou correndo porque não me sinto seguro”, conta.
Questionado sobre a periculosidade da região, a aparente tranquilidade de um garçom que descansava em frente ao portão dos fundos de um restaurante se desfez. “Teve um funcionário aqui que deixou a bicicleta dele na garagem. Pularam o portão e levaram embora”, disse o homem, de 19 anos, que preferiu não ser identificado.
A menos de 300 metros da Polícia Civil, no Centro, o porteiro Osvaldo Rodrigues, 50 anos, estranha o consumo de drogas à luz do dia e disse que já teve de se trancar no prédio para evitar o cheiro de maconha da rua. “Dois jovens pararam para fumar bem na porta do prédio e eu já estava ficando doido de tabela. É impressionante como fumar maconha virou normal”. (RM)
Mas ao avistar o que ficou conhecida como “ciclovia da droga”, por volta das 16 horas daquele dia, ele entrou e de lá não saiu antes de fumar três pedras de crack. “Tinha de ficar longe do Centro”, lamenta o pedreiro, pai de duas meninas, uma de 5 anos e outra de 12, e morador do Tatuquara.
O espaço que enfeitiçou Paulo fica a 300 metros do Palácio 29 de Março, sede da prefeitura, e em frente do luxuoso prédio do Banco Central. A ciclovia, que serve para prática esportiva de moradores do Centro Cívico e São Francisco, também é abrigo de usuários, que vivem em um espaço de dois metros de largura e menos de um de altura, sob uma pequena ponte de madeira ligando a Cândido de Abreu à ciclovia.
Um desses moradores é Cassiano, 29 anos, quatro deles tomados pelo vício no crack. “Morava em Piraquara [Região Metropolitana de Curitiba], perdi esposa e filha por causa das drogas e agora moro num buraco. Não gosto de falar sobre isso porque já apanhei da polícia na ciclovia”, diz o homem.
O espaço, porém, não é frequentado apenas por quem mora na rua ou oriundo da periferia curitibana. “Dia e noite vêm os burguesinhos dos prédios aqui da vizinhança comprar maconha e fumar seus baseados”, conta o segurança de um comércio vizinho da pista, que pediu para não se identificar.
Eufrásio Correia
Os jovens de classe média, aliás, também sustentam o comércio de maconha na Praça Eufrásio Correia, que ganhou a alcunha de “Praça do Verde”, em alusão à cor da droga. Pelo menos é o que garante um casal que vende o entorpecente no local. “Vendemos por R$ 20 e repassam para os boys por R$ 50. As patricinhas saem do shopping e, às vezes, consomem aqui mesmo na praça”, diz o homem, enquanto separa uma porção para um intermediador, que a entregaria para um cliente. A cena ocorria a menos de 50 metros do portão principal da Câmara Municipal, no Centro de Curitiba.
Não muito longe dali, o uso de drogas também é comum a menos de dez passos da Secretaria de Obras Públicas e a cerca de 300 metros da Polícia Civil. “Todos os dias passam aqui na frente fumando droga. Acho até que por sermos vizinhos da polícia deveria haver mais fiscalização, mas na prática a maconha já está legalizada”, diz Osvaldo Rodrigues, 50 anos, porteiro de um edifício na Rua Pedro Ivo.
Mas essa proximidade com órgãos públicos parece não ser um problema para usuários. “Eles fazem vistas grossas. Às vezes dão uma batida, mas isso é raro”, conta Fernando, 28 anos, que disse evitar andar com o seu cachimbo para não ser surpreendido. “Mas acho besteira, porque eu sou um flagrante ambulante. Na verdade, sou o ‘clínico-geral’ da droga, pois o que vier eu uso”, afirma ele, que diz ser viciado em drogas desde os 22 anos.
Cerco no Bosque do Papa não alcança ciclovia
A “ciclovia da droga” é um trecho de 200 metros dos quase dois quilômetros de toda a ciclovia do Bosque do Papa. Apesar de estar dentro do parque, ela pode não ter sido englobada pela operação da Polícia Militar que prendeu 71 usuários de drogas nos últimos dois fins de semana.
“Não tenho certeza de se essa área entrou na operação. Mas vamos intensificar a patrulha na ciclovia e mandar fazer revistas para espantar esses usuários”, afirma o coronel Ademar Cunha Sobrinho, comandante do 1.º Comando Regional da PM.
A área verde conhecida como “Parcão”, além de reunir famílias com cães, também era usada como ponto para o consumo de drogas. No local, grupos de jovens, principalmente de classe média, reuniam-se para fumar maconha e consumir bebidas alcoólicas todo fim de semana.
De acordo com a PM, a operação no Bosque do Papa poderá virar rotina. “A intenção é bater forte porque tem se tornado uma vergonha o consumo de drogas próximo a prédios públicos. Queremos, pelo menos, uma operação em cada área de batalhão por semana”, disse Cunha Sobrinho. O bosque fica ao lado do Museu Oscar Niemeyer e próximo ao Ministério Público do Paraná e à Secretaria de Segurança Pública do Paraná.
Outros pontos
A Praça Eufrásio Correia também deve ganhar reforço no policiamento. “Vamos acionar a Ação Integrada de Fiscalização Ostensiva, destinada a revistar locais de grande periculosidade, para ver se os hotéis daquela região estão legalizados. Não queremos impedir ninguém de trabalhar, mas não podemos aceitar que o local seja usado para uso de droga e prostituição.”
Já a Guarda Municipal tem agido contra as drogas entre as ruas Riachuelo, Alfredo Bufren e São Francisco, por meio da Operação Prata. A ação é realizada em parceria com a Fundação da Ação Social (FAS) e visa coibir o tráfico e o uso de drogas no Centro, principalmente em bares.

segunda-feira, agosto 20, 2012
Colisão entre moto e biarticulado deixa dois feridos no Centro de Curitiba
Um biarticulado colidiu com uma moto no início da noite desta segunda-feira (20), na esquina das avenidas Marechal Floriano Peixoto e Sete de Setembro, em frente ao Shopping Estação, no Centro de Curitiba. O acidente ocorreu por volta das 18h50.
De acordo com a Polícia Militar, duas pessoas da moto ficaram feridas e foram encaminhadas para o Hospital Evangélico por uma ambulância do Samu. Segundo a Secretaria de Trânsito de Curitiba (Setran), o cruzamento ficou fechado por cerca de 30 minutos por causa do acidente, o que provocou filas e congestionamentos na região.
Outros casosPor volta das 19h30, o trânsito já havia sido liberado e às 20h15 a situação já estava normalizada, de acordo com a Setran.
No último dia 2 de agosto, uma pessoa morreu no cruzamento da Travessa da Lapa e a Avenida Visconde de Guarapuava, após a colisão entre um biarticulado e um carro. A vítima era o motorista do automóvel. No dia 9 de julho de 2012, uma adolescente foi atropelada e morreu na canaleta do ônibus da linha Santa Cândida/Capão Raso, na Rua Presidente Faria, em frente ao Passeio Público.
Fonte: Gazeta do povo 20/08/2012
Horário eleitoral começa nesta terça
O horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão começa nesta terça-feira (21) com as propagandas dos candidatos a vereador. Além de se apresentar à população, alguns concorrentes fazem uso do humor para tentar conquistar o eleitor.
Os candidatos que disputam vagas nas Câmaras Municipais irão apresentar suas propostas nas terças, quintas e sábados. Os concorrentes ao cargo de prefeito irão divulgar suas campanhas nas segundas, quartas e sextas. No rádio, o programa eleitoral será veiculado às 7 horas e ao meio-dia. Na televisão, a propaganda será exibida às 13 horas e às 20h30. Cada programa terá 30 minutos de duração.
Fonte: Gazeta do Povo 20/08/2012
domingo, agosto 19, 2012
Corrida de rua da Polícia Militar altera o trânsito em Curitiba neste domingo
A corrida terá como ponto de partida e de chegada a avenida Presidente Getúlio Vargas, na esquina com a avenida Marechal Floriano Peixoto, onde fica o quartel central da Polícia Militar do Paraná, no bairro Rebouças.
Alterações de rota dos ônibus
A partir das 6 horas, dez linhas terão seus trajetos alterados temporariamente. Confira:
Ligeirinhos Fazendinha/ Tamandaré; Sítio Cercado (sentido horário); Santa Cândida/ Pinheirinho: Das 6h às 10h, desviam pelas ruas Desembargador Westphalen, Brasílio Itiberê e Conselheiro Laurindo.
Ligeirinho Centenário: Desvia pela rua Alberto Twardowski, avenida Comendador Franco (das Torres), viaduto do Colorado, rua Mariano Torres e rua Nilo Cairo;
Linhas metropolitanas e convencionaisCuritiba/ Jardim Cristal; Curitiba/ Posto Paris; Curitiba/ Guatupê; Curitiba/ Roseira; Curitiba/ Jardim Ipê; Curitiba/ Jardim Izaura; Curitiba/ Jardim Cruzeiro; Santa Bárbara; Petrópolis; Solitude: No sentido centro, em vez de passarem pela avenida Prefeito Omar Sabbag, desviam pela rua Alberto Twardowski, avenida Comendador Franco (das Torres), viaduto Colorado, rua Mariano Torres e avenida Visconde de Guarapuava.
Linhas convencionais Uberaba; Canal Belém: no sentido bairro e vindos pela rua Desembargador Westphalen, seguem adiante por essa rua e prosseguem o desvio pela rua Brasílio Itiberê, retomando o caminho normal pela rua João Negrão.
Dessa forma, quem passar pela avenida Presidente Getúlio Vargas, obrigatoriamente terá que desviar pela rua Desembargador Westphalen. Já os motoristas que vêm da avenida Silva Jardim terão que pegar a pista da esquerda, a partir do “dente” que existe entre as ruas Desembargador Westphalen e a avenida Marechal Floriano.
Quem estiver na avenida Marechal Floriano Peixoto, no sentido centro, desviará pela rua João Viana Seiler e rua Conselheiro Laurindo.
O outro desvio obriga que condutores vindos da rua Governador Agamenon Magalhães dobrem à esquerda, seguindo temporariamente pela avenida Prefeito Omar Sabbag.
De acordo com informações da prefeitura, fiscais da Urbs estarão nas proximidades para orientar os usuários das linhas de ônibus com roteiro alterado. Já os agentes da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) e do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran) darão opções de desvio a quem passar de carro pela região.
Veja as mudanças no mapa:
Visualizar Corrida da Polícia Militar do Paraná em um mapa maior>
Fonte: Gazeta do povo 19/08/2012
sábado, agosto 18, 2012
Colisões com ônibus dobram em 5 anos
Os dados foram obtidos pela Gazeta do Povo por meio da Lei de Acesso à Informação na Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), responsável pela operação da Rede Integrada de Transporte (RIT) na capital e em mais 20 municípios da região.
Soluções
Ocorrências podem ser evitadas com rodízio
Especialistas em trânsito apontam a revisão dos tempos máximos de viagem, o rodízio de linhas e a ampliação do investimento em vias exclusivas para o transporte público como soluções para o crescimento das colisões envolvendo coletivos.
“O motorista precisa de capacitação constante. Estabelecer um rodízio nas linhas evitaria a sensação de conforto, o que pode deixá-lo no ‘automático’ e levá-lo a avançar em semáforos”, defende Ricardo Bertin, mestre em Transportes e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Já Garrone Reck, professor do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), aposta em melhorias nas vias e criação de mais corredores de ônibus. “Precisamos de mais faixas exclusivas e um sistema de monitoramento de tráfego que favoreça o transporte coletivo, tornando o modal mais eficiente. Assim são eliminados o impacto dos congestionamentos e os acidentes”, afirma.
A criação de mais vias exclusivas valorizaria o uso do transporte coletivo em detrimento do particular. Segundo dados do Departamento de Trânsito (Detran) do Paraná, entre 2007 e 2011, Curitiba ganhou cerca de 134 mil automóveis – crescimento de 18% no período. (RM)
Controle do tempo
Urbs diz não multar motoristas por atraso no trajeto
A crítica dos motoristas de ônibus ao sistema de controle de tempo não se justifica, segundo a Urbs. “Não multamos pelo não cumprimento de horários no trajeto. Essa história de pressão é conversa”, afirma o presidente da Urbs, Marcos Isfer. Apesar de descartar a sanção financeira, Isfer não nega que os motoristas recebam orientações ou até mesmo advertências. “Quando eu sei que dois ônibus estão fazendo a mesma linha e um está no horário e outro não, é sinal de que algo está acontecendo. Nesses casos, chamamos [o motorista] para conversar.” No Centro de Controle Operacional (CCO) da Urbs, 1.920 de um total de 2.285 ônibus são monitorados em tempo real. O cumprimento de horário ganha status: verde é dentro do esperado, amarelo é atrasado e vermelho é adiantado.
Com essas informações, técnicos das empresas responsáveis pelas linhas enviam mensagens de até 140 caracteres para alertar sobre as metas. Segundo a Urbs, há um cuidado para que o motorista não seja pressionado com essas mensagens que chegam ao painel de controle dos veículos e eles só podem ler ou responder com o carro parado.
Além de informações sobre o tempo de viagem, o CCO também comunica sobre vias interditadas e outras ocorrências que afetam o dia a dia do motorista e a fluidez do tráfego. (RM)
Pressa e imprudência
Usuários do transporte coletivo se dividem sobre o risco de colisões. Para alguns, os motoristas correm muito, mas outros culpam carros e pedestres pelos acidentes:

“Sempre percebo que o motorista está correndo além da conta. Nesta semana, o motorista corria muito e teve de frear, dando um solavanco. Se houvesse passageiros em pé, com certeza teriam caído.”

“Sinto-me segura nos ônibus. Acho que o maior perigo ocorre porque os pedestres às vezes são imprudentes e atravessam na frente, mesmo em canaletas.“
O levantamento mostra ainda que, antes do crescimento, a quantidade de acidentes no transporte coletivo se manteve estável durante 17 anos. Em 1989 foram registradas 1.092 colisões com coletivos, ante 1.373 ocorrências dessa natureza em 2006.
De acordo com a Urbs, a nomenclatura “colisão” envolve desde acidentes envolvendo outros veículos até ocorrências leves, como riscos na lataria causados em manobras. “Nesse período, iniciamos um controle mais efetivo e por isso houve aumento. Registramos qualquer arranhão no ônibus como acidente, já que o veículo precisa ser recolhido para reparos”, explica Marcos Isfer, presidente da Urbs.
A empresa, porém, não soube informar quantos dos 3 mil casos se referem a acidentes mais leves, mas divulgou dados do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran) que contabilizam 792 acidentes com ônibus em todos os municípios da RIT em 2011. Esses números se referem tanto a coletivos do transporte público quanto de particulares.
Já estatísticas do Corpo de Bombeiros indicam a gravidade dos acidentes envolvendo esses veículos. Em 2011, 418 pessoas ficaram feridas em 325 ocorrências com ônibus públicos e privados em Curitiba.
Pressão
Para Lafaiete Santos Neves, doutor em Desenvolvimento Econômico pela FAE e autor do livro Movimento Popular e Transporte Coletivo em Curitiba, uma das causas do aumento de colisões pode ser a pressão pelo cumprimento de horários. “Existe uma pressão de metas de horários e os condutores são multados se não cumprirem. A insanidade de manter essa repressão promove acidentes de toda a ordem”, afirma.
A opinião do especialista foi corroborada por motoristas ouvidos pela Gazeta do Povo. Um deles contou, inclusive, que recebeu sanções por correr demais. “Perdi as contas de quantas advertências recebi. Mas tenho de acelerar, caso contrário não cumpro o horário e perco o emprego, como já aconteceu com alguns colegas”, reclamou um condutor da linha Barreirinha/São José dos Pinhais, que pediu anonimato por temer represálias.
Vágner, que teve o sobrenome preservado pela reportagem, também culpa as metas pelos acidentes. “Quando extrapolamos a meta [de horário], não recebemos pelo tempo adicional do percurso. Corremos para não trabalharmos de graça”, diz o motorista, de 37 anos.
Além das colisões, há mais de uma centena de casos de atropelamentos todo ano. Segundo a Urbs, ocorreram 616 registros dessa natureza entre 2007 e 2011. No período, levando em consideração apenas os atropelamentos das canaletas expressas de Curitiba, 212 pessoas ficaram feridas e nove morreram.
Após criação de seguro, quedas crescem 56%
As ocorrências de quedas, torções e pessoas prensadas em portas dos coletivos de Curitiba e região cresceram 56% entre 2010 e 2011. De acordo com dados da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs), há dois anos foram registrados 349 casos, ante 543 no ano passado. Uma das explicações para a alta pode estar relacionada ao Segbus, um seguro destinado a cobrir despesas médicas e indenizações de passageiros em caso de acidentes dentro de ônibus públicos, implantado em novembro de 2010.
Apesar da coincidência, Ricardo Bertin, mestre em Transportes e professor da PUCPR, vê com desconfiança essa relação. “Pode ser que houvesse subnotificação dos casos, mas acredito que esse crescimento esteja ligado mais ao aumento no número de acidentes.”
Anderson Teixeira, presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região (Sindimoc), cita um caso curioso para explicar o aumento das quedas de passageiros. “Logo que o seguro foi criado, quando eu ainda dirigia, flagrei um advogado entregando cartões aos passageiros com o objetivo de divulgar o seguro e promover o trabalho dele.”
Cobertura
O Segbus oferece cobertura de despesas hospitalares, odontológicas e com medicação, no valor de até R$ 3 mil, e indenização por invalidez ou morte. São atendidos usuários da Rede Integrada de Transporte que sofrem acidente em ônibus, terminais fechados e estações-tubo.
Para acionar o Segbus, basta ligar para o número 0800-942-5900 com as seguintes informações: dia da ocorrência, hora, local, descrição do ocorrido e identificação da linha de ônibus. O atendimento ocorre de segunda-feira a sábado, das 8 às 19 horas. Mais informações podem ser encontradas no sitewww.osegbus.com.br.

sexta-feira, agosto 17, 2012
Ratinho Jr: “Curitiba ainda não tem uma visão da bicicleta como meio de transporte”
O candidato do PSC à prefeitura de Curitiba, Ratinho Junior, prefere não se comprometer com uma meta para implantação de ciclovias na cidade. Para ele, mais importante que a quilometragem é o planejamento de um sistema de mobilidade que se conecte, favorecendo o uso da bicicleta como meio de transporte. “Eu não posso lhe dizer se são 200, 300 ou 400 quilômetros de ciclovias é que são necessários. Talvez 100 quilômetros resolvam. O que nós precisamos fazer é um modelo que se feche”, avalia.
Ratinho Jr, que é deputado federal, considera a integração da bicicleta com o sistema de ônibus da cidade e propõe a criação de paraciclos a criação de oficinas para realizar reparos dentro das áreas dos terminais de ônibus. “Quando falamos em promover a bicicleta como um sistema de mobilidade, temos que fechar um ciclo para que o usuário se sinta confortável e faça, de fato, da bicicleta um meio de vida”, propõe.
Ratinho Jr, que é deputado federal, considera a integração da bicicleta com o sistema de ônibus da cidade e propõe a criação de paraciclos a criação de oficinas para realizar reparos dentro das áreas dos terminais de ônibus. “Quando falamos em promover a bicicleta como um sistema de mobilidade, temos que fechar um ciclo para que o usuário se sinta confortável e faça, de fato, da bicicleta um meio de vida”, propõe.
O candidato também destaca o papel da educação e acredita que o fator econômico pode impulsionar o uso do modal. “A pessoa tem que sentir no bolso dela que, ao andar de bicicleta, ela terá um ganho financeiro”. Para incentivar esse uso, Ratinho Jr também prevê um pacote de estímulo fiscal para as grandes empresas que oferecerem infraestrutura para que seus funcionários troquem o carro pela magrela.
Ratinho Jr é o terceiro entrevistado na série do blog Ir e Vir de Bike com os candidatos à prefeitura de Curitiba. Confira a entrevista na íntegra:
Pessoalmente, você acredita no uso da bicicleta como meio de transporte? Qual o papel que terá a bicicleta na sua administração, caso seja eleito prefeito de Curitiba?
Ratinho Jr.: Acredito sim que a bicicleta é um meio de transporte. E pode ser feito um trabalho para que mais pessoas possam vê-la como uma opção de mobilidade. Eu acho que isso tem que ser um trabalho de educação de massa, de mudança de hábitos e mudança cultural. Acredito que, a partir do momento que nós conseguirmos construir um sistema de mobilidade onde a bicicleta seja extremamente fundamental nesse projeto, com um ambiente onde o usuário da bicicleta possa usá-la de forma confortável, acredito sim, que ela pode ser uma grande ferramenta de mobilidade.
Quando e onde foi a última vez que você pedalou?
Não faz muito tempo, acho que faz uns 40 dias. Pedalo muito no Parque Barigui. Às vezes, eu vou comprar pão perto de casa de bicicleta e pedalo muito no parque quando eu vou com as minhas filhas. Eu tenho duas filhas, uma de 8 anos e outra de 4 anos. A mais velha já anda de bicicleta sozinha, sem rodinha e vai comigo. A mais nova eu levo em um carrinho, uma espécie de charretezinha, que engato na bicicleta e vou puxando.
Qual a sua avaliação sobre a atual condição da ciclomobilidade em Curitiba?
Site oficial do candidato

Ela existe apenas para quem usa a bicicleta como um instrumento de lazer, para passear, para descontração nos finais de semana. Hoje Curitiba ainda não tem uma visão das ciclovias e da bicicleta como mobilidade, como meio de transporte.
Hoje, você deixaria suas filhas irem pedalando para o colégio? Como homem público, estimularia a família curitibana a fazer o mesmo?
Eu deixaria. Acho que esse é um instrumento que nós temos de motivar. Isso também vai de cada pessoa, de praticar ou não ou de querer usar. Mas deixaria, incentivaria. Claro que nós temos hoje uma grande preocupação que é a questão da segurança. Muito mais do que a segurança de andar de bicicleta é a segurança de um modo geral.
Seu plano de governo, registrado no TRE, fala em “modelo de mobilidade urbana multimodal que priorize o pedestre e as bicicletas” e em “ampliar a malha de ciclovias, criando condições para o uso da bicicleta como meio de transporte, e não somente de lazer”. Quais são suas estratégias, planos e metas para tornar o trânsito de Curitiba mais amigável ao uso da bicicleta?
Eu não posso lhe dizer se são 200, 300 ou 400 quilômetros de ciclovias é que são necessários. Talvez 100 quilômetros resolvam. O que nós precisamos fazer é um modelo que se feche. Esse ciclo tem que fazer, em primeiro, com que as ciclovias se integrem, fazer com que as ciclovias sejam o mais planas possível, porque ninguém quer sair de casa enfrentando subidas, apesar de Curitiba ser, em sua grande parte uma cidade plana.
Você tem que fazer um trabalho educacional de incentivo e a pessoa tem que sentir no bolso dela que, ao andar de bicicleta, ela terá um ganho financeiro. E você tem que incentivar que as grandes empresas, que tem um grande fluxo de pessoas que podem a vir usar a bicicleta como meio de transporte, criem ambientes para que esse trabalhador chegue lá e troque de roupa, tome um banho. De que forma podemos fazer isso? Talvez criando incentivos fiscais, onde a empresa que criar condições para que seus funcionários pedalem, tenham um desconto no ISS.
Antônio More/ Gazeta do Povo

Além disso, é preciso criar bicicletários em vários pontos da cidade, em especial nos terminais de ônibus para que a pessoa saia de casa, pedale dois ou três quilômetros e deixe sua bicicleta lá, com a garantia e com segurança, pegue o ônibus e vá até onde precisa. Penso em construir bicicletários dentro dos terminais, com oficinas através de concessão pública para pequenos reparos, criando um ambiente todo projetado para que a pessoa possa guardar e consertar sua bicicleta. Quando falamos em promover a bicicleta como um sistema de mobilidade, temos que fechar um ciclo para que o usuário se sinta confortável e faça, de fato, da bicicleta um meio de vida.
O ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, ao ser questionado sobre a retirada das áreas de estacionamento na capital colombiana para implantação de ciclofaixas, fez o seguinte comentário: “Estacionamento não é responsabilidade minha, é um problema privado. Eu também não digo onde você guarda sua roupa. O estacionamento não é um direito adquirido em nenhuma Constituição do mundo, ao contrário do direito de ir e vir”. Você concorda com essa interpretação?
No nosso plano de governo, queremos usar as margens das linhas férreas e fazer, nas margens dos rios, respeitando as áreas de mata ciliar, utilizar como lugares para se implantar ciclovias. As margens dos rios e as margens das linhas férreas, obrigatoriamente, são planas. Eu não sei se tirando estacionamento vai se resolver o problema. Pode ser que sim, mas antes de você tirar as áreas de estacionamento tem que se fazer um estudo econômico disso.
Daqui a pouco você soluciona o problema para quem anda de bicicleta mas você cria outro para o comerciante daquela região. Eu não posso simplesmente tirar o estacionamento de uma rua, privilegiando os ciclistas, e prejudicando os comerciantes. Eu acho que temos alternativas antes de se tirar as áreas de estacionamentos. Mas tudo isso depende de um estudo urbanístico para ver qual é a melhor solução, sem prejudicar aqueles que já têm sua vida econômica nessas áreas.
Gilberto Nascimento / Ag. Camara

Se eleito, você iria pedalando a posse no dia 1º de janeiro de 2013 para simbolizar o compromisso da sua gestão com a ciclomobilidade? Também iria pedalando ao Palácio 29 de Março pelo menos uma vez por semana e estimularia os servidores públicos municipais a fazerem o mesmo?
Poderia pensar nisso. Não diria que iria, mas poderia pensar. Quanto a ir pedalando, eu acho que isso não estimula. O que muda é você dar comodidade para a pessoa e ela entender que aquilo vai melhorar a vida dela financeiramente, em termos de saúde. Não sou eu pedalando que vou fazer as pessoas pedalarem. Isso é demagogia.
Desde 2009, cerca de 80 ciclistas morreram em acidentes nas ruas da capital. O que pretende fazer para reduzir essas estatísticas?
Quando falo em fechar o ciclo, falo em criar um ambiente para o ciclista. Isso inclui sinalização própria para o ciclista, conscientização no nosso motorista. Hoje o nosso motorista – em especial o motorista de carro – ele não tem a consciência de que o pedestre e o ciclista são mais frágeis do que ele. É uma questão nossa, de hábito do nosso trânsito. Temos o trânsito mais violento do planeta. Temos que mudar isso com campanhas educacionais, desde a base, nas escolas, e campanhas agressivas na televisão e no rádio para conscientização.
Você se comprometeria em exigir da Setran uma fiscalização efetiva, com autuação de motoristas que colocam ciclistas em situações de risco, a exemplo da CET de São Paulo?
Eu acho que isso é um dos mecanismos para se fazer com que os ciclistas sejam respeitados pelos motoristas.
Pretende implantar um sistema público de aluguel de bicicletas, a exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro ou mesmo Toledo, no interior do Paraná?
Eu acho que isso é uma necessidade. Aí sim eu vejo um instrumento de motivação, de incentivo às pessoas utilizarem a bicicleta. Hoje é possível fazer PPPs [parcerias público-privadas], como no caso do Rio de Janeiro, que faz com o Banco Itaú. Eu faria e nós vamos trabalhar para fazer.
Enquanto vereador e deputado federal, você apresentou algum projeto de lei ou emenda parlamentar voltada à questão da ciclomobilidade e ao estímulo do uso da bicicleta como meio de transporte?
Não. Na questão da mobilidade eu apresentei a emenda do metrô no plano plurianual, pois entendo que é preciso um sistema multimodal em Curitiba, com melhores calçadas para que se valorize o pedestre, ciclovias, motos, carros, taxis, ônibus e temos também que investir em metrô e VLT.
Quando eu estava agendando essa entrevista com seu assessor, ele recomendou: “quando chegar ao comitê, buzine na frente do portão que você pode para estacionar seu acarro aqui dentro”. Quando disse que iria de bicicleta, ele riu. Isso, de certa forma, não demonstra uma falta de cultura e preparo de sua equipe para lidar com a questão da ciclomobilidade?
(Surpreso) Você veio de bicicleta ??? A nossa cidade toda está com deficiência, não é uma casa, não é um prédio. É a cidade e isso tem que ser consertado com um planejamento, de médio e longo prazo, criando-se uma cultura que se mantenha ao longo dos governos. Na área da mobilidade, Curitiba precisa, acima de tudo, de calçadas que é a base da pirâmide do sistema de mobilidade. Podemos fazer as duas coisas juntas: pedestres e ciclistas, temos que dar a prioridade.
Reprodução

Na sua visão, há alguma cidade na qual Curitiba poderia se espelhar para implantar seu sistema de ciclomobilidade?
A referência para a questão da bicicleta é Amsterdã, na Holanda. Eu estive lá e aquilo é uma loucura. Existem estacionamentos para mais de 20 mil bicicletas. Acho que isso demoraria muito para a gente chegar. Paris é uma boa referência, é uma cidade que está conseguindo fazer bem a integração dos modais.
Porque quem anda de bicicleta ou quem sonha em fazer isso com segurança, sem ter que com isso arriscar a própria vida, deve depositar seu voto em você?
Nós temos um projeto com uma nova visão para Curitiba. Uma visão justamente pensando em longo prazo. Não estou interessado em saber se são 100 ou 200 quilômetros [de ciclovias] para se resolver o problema de Curitiba. Estou preocupado em criar um ciclo que se feche, que se fale, que se entenda e que possa propiciar ao usuário da bicicleta tranquilidade, frequência na utilização desse veículo. Nosso projeto tem começo, meio e fim. Não é um remendo. O sistema tem que ser integrador, tem que se falar com a calçada, com o sistema de terminais de ônibus.
Imagine que estamos em 31 de dezembro de 2016. Como você imagina que seria o título da matéria do Ir e Vir de Bike como o balanço da sua administração na área da ciclomobilidade?
“Curitiba: a capital da bike do Brasil”.
Fonte: Gazeta do Povo 17/08/2012
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