sábado, dezembro 31, 2011

Assembleia descumpre lei e não divulga gratificações

Informação sobre pagamentos a funcionários comissionados é mantida em sigilo. Presidente da Casa nega irregularidade

A Assembleia Legislativa do Paraná não divulga em seu Portal da Transparência na internet os gastos com gratificações de seus funcionários comissionados. A omissão fere o texto da Lei Es­­­tadual da Transparência, que de­­termina que os órgãos públicos devem publicar todos os atos administrativos e contratos que resultem em despesas. O presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), e a procuradoria jurídica do Legislativo argumentam que a lei não obriga a divulgação das gratificações, apenas das remunerações. Esta alegação é contestada por especialistas em gestão da administração pública.

A falta de transparência pode tornar os atos nulos, pois a lei também estabelece que atos e contratos que não forem publicados em 30 dias são considerados ineficazes. Nesse caso, os eventuais valores gastos deverão ser ressarcidos aos cofres públicos. Os agentes públicos que descumprirem a legislação também ficam sujeitos a processo por improbidade.

A Assembleia, no entanto, mesmo tendo modificado o seu Portal da Transparência no início de 2011 – como parte do pacote de “medidas moralizadoras” implantadas pela Mesa Executiva da Casa – não demonstra os pagamentos das gratificações aos comissionados, quer sejam dos gabinetes, das comissões, da presidência da Casa ou do setor administrativo.
“Não veria nenhum problema na divulgação do pagamento com gratificações...” Valdir Rossoni, presidente da Assembleia, antes de dizer que a lei, no seu entendimento, proíbe a divulgação

Comissionados

Existência do benefício é contestada

O pagamento das gratificações a funcionários comissionados também é alvo de uma controvérsia entre especialistas em Direito Administrativo. A Constituição Federal proíbe o pagamento de qualquer benefício que não seja um subsídio único. As gratificações são contestadas por uma corrente de especialistas que entendem que esses pagamentos são ilegais.

O diretor do Instituto Gamma de Assessoria a Órgãos Públicos (Igam), André Barbi, por exemplo, entende que as gratificações são inconstitucionais e que o recebimento delas pode implicar improbidade administrativa. “O Artigo 39 da Constituição da Federal veda qualquer gratificação a membro do poder Legislativo que não seja um subsídio único anual”, explica.

Porém, o assunto é polêmico. Professor da Universidade Federal do Paraná, Egon Moreira diz que, apesar da determinação constitucional, os poderes Legislativo e Executivo não implementaram o regime de subsídio. Portanto, explica Moreira, persiste o regime anterior em que convivem salário, gratificações e outras benesses.

Para Rossoni, legislação proíbe a publicação dos pagamentos

O presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB, foto acima), diz que “não veria nenhum problema na divulgação do pagamento com gratificações”. Porém, ele afirma que a lei não permite a publicidade dos pagamentos. Rossoni segue orientação da Procuradoria Jurídica da Casa que, a exemplo de alguns especialistas em Direito Administra­­­tivo, tem o entendimento de que a divulgação das gratificações pode expor a intimidade do servidor.

A Lei da Transparência, no entanto, fala que no portal deve constar “a discriminação do nome, subsídio, vencimento ou provento e lotação do mesmo, bem como os contratos firmados para prestação de serviços por terceirizados”.

Para o diretor-geral da ONG Contas Abertas, Gil Castelo Branco, não divulgar os valores das gratificações, além de impedir que se faça o controle social efetivo das contas públicas, pode dar a sensação de que “há algo a esconder”. “É um conceito de transparência internacional. O patrão somos nós, o poder emana do povo”, diz.

Ele defende que todos os funcionários públicos devem ter o cargo, o nome e a remuneração completa divulgados. Castelo Branco também observa que o “segredo” não vai durar muito, pois a Lei de Acesso a Informações Públicas começa a valer em todo o país a partir de maio. “Se não se der por índole do administrador, vai se dar por força de lei. Atual­­mente, não há mais espaço para falta de transparência na administração pública”, disse.

"FONTE" GAZETA DO POVO

sexta-feira, dezembro 30, 2011

Educação fecha 2011 com mais investimentos, valorização e participação

Valorização dos profissionais da educação, investimentos em infraestrutura e democratização das decisões estão entre os avanços obtidos na área da educação no Paraná este ano, conforme balanço apresentado pelo secretário da pasta, Flávio Arns, que também é vice-governador. Segundo ele, o desafio para o próximo ano é dar continuidade ao trabalho de melhoria da qualidade do ensino iniciado nesta gestão.

“Precisamos da união e do esforço de toda a sociedade pela transformação do ensino público. Nosso objetivo é que nossos estudantes tenham a melhor educação do Brasil. No Paraná, a educação é prioridade absoluta para o governo”, disse Arns.

A valorização dos profissionais da educação foi uma das conquistas promovidas pelo Governo do Estado. Cumprindo um compromisso assumido com a categoria, o governador Beto Richa iniciou o processo de equiparação da remuneração dos profissionais do magistério aos vencimentos básicos dos demais servidores do Estado que possuem nível superior. Em setembro, Richa sancionou a lei nº. 681/11, garantindo reajuste salarial de 5,91% para professores ativos e aposentados da rede estadual de ensino. A medida beneficiou 84.165 professores. Foi o segundo aumento para o magistério este ano. No total, os salários da categoria foram reajustados em 12,79%.

No dia 28 de dezembro, o governo pagou a 33 mil funcionários – entre servidores do Quadro Próprio do Magistério (QPM) e do Quadro de Funcionários da Educação Básica (QFEB) – as das promoções e progressões de carreira relativas aos anos de 2011, 2010 e 2009. O valor total retroativo dos benefícios foi pago pelo governo em folha complementar e somou R$ 53,5 milhões.

Outro avanço foi a solução do impasse que há oito anos prejudicava os professores que concluíram o programa de capacitação para docentes pela Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu (Vizivali) e aguardavam definição sobre a validade do certificado do curso. O governo manteve diálogo constante com as universidades e com os professores, garantindo a 15 mil professores a oportunidade de complementar os estudos e obter a certificação. Oito mil professores que já haviam feito a complementação tiveram os diplomas reconhecidos.

TRANSPORTE ESCOLAR – “Não medimos esforços para garantir um ensino de excelência para toda a rede estadual de ensino”, afirmou Arns. O secretário destacou também que os repasses aos municípios para o transporte escolar aumentaram em mais de 100% – de R$ 28 milhões em 2010 para R$ 58 milhões em 2011.

Também foi criado o Sistema de Gestão do Transporte Escolar (Siget), para aperfeiçoar o atendimento do serviço. Gestores municipais dos 399 municípios do Estado foram qualificados para utilizar o sistema, que prevê o cadastro, organização e sistematização de todas as informações via internet. Na rede estadual de ensino, mais de 360 mil estudantes são atendidos pelo transporte escolar.

OBRAS – Foram destinados cerca de R$ 130 milhões para a melhoria da rede física das escolas da rede pública. A Secretaria da Educação investe na construção de unidades novas, ampliações e reformas para oferecer condições de atendimento adequado à demanda existente, além de recuperar a rede física estadual.

Muitas obras já estão em andamento. Um exemplo é a construção de cinco Centros Estaduais de Educação Profissional (CEEPs), com recursos federais que estavam parados desde 2008. Neste ano, por determinação do governador Beto Richa e de Flávio Arns, as ações necessárias para a execução do Programa Brasil Profissionalizado foram agilizadas.

A secretaria também iniciou a recuperação da rede física. Foram licitados R$ 35 milhões para reparos nas escolas da rede estadual e iniciado um novo processo de descentralização de recursos para as unidades. Estão sendo concluídas as primeiras obras em 17 colégios do projeto piloto, que destinou até R$ 150 mil para cada unidade. A própria comunidade escolar ficou responsável pela contratação e fiscalização da obra. “A participação da comunidade escolar e a agilidade do processo resultam em economia, transparência e qualidade”, destacou Arns.

Houve ainda parcerias entre a secretaria e Fecomércio, Senai, Sesi, Fetaep e Faep, para ampliar a oferta de cursos técnicos para os estudantes da rede pública estadual. A secretaria aderiu ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), oferecendo qualificação para o primeiro emprego.

PARTICIPAÇÃO – Outro avanço na área da educação foi a abertura para que a sociedade participe das decisões. Entre os temas colocados em debate em audiências e consultas públicas este ano estão a organização do ensino médio em blocos de disciplinas semestrais; porte humano, pedagógico e material das escolas; mudança da denominação das escolas especiais; e cooperação técnica e financeira entre o governo estadual e as Apaes.

A Secretaria da Educação também estimula a participação da comunidade em atividades das escolas, promovendo a gestão democrática das unidades de ensino. “Temos seguido os princípios do governo de diálogo, transparência e gestão participativa. Todas as consultas que já realizamos contribuíram para melhorar nossas ações e incentivar a comunidade a participar do que acontece na escola”, disse Arns.

Ações entre a direção, comunidade escolar, conselho escolar e Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) têm produzido exemplos positivos. No Colégio Estadual Avelino Antônio Vieira, em Curitiba, são realizadas reuniões para definir o uso dos recursos financeiros de acordo com as necessidades mais urgentes da escola.

A direção da escola complementou o recurso do fundo rotativo com uma feijoada, feita com a colaboração da comunidade. O dinheiro foi usado em reparos, que criaram um ambiente mais seguro e confortável e beneficiaram o aprendizado dos mais de 1.700 alunos da instituição de ensino. “Procuramos envolver todos nas atividades e na gestão da escola”, conta a diretora Tânia Mara Moraes Cordeiro.

As 21 salas de aulas tiveram suas cortinas trocadas e foram adquiridas mesas de pingue-pongue e de pebolim e 200 livros para a biblioteca dos alunos. A direção modernizou a biblioteca dos professores com internet sem fio, para os facilitar a produção de trabalhos nas horas-atividades. “Tenho confiança na escola, sei que é um ambiente saudável”, enfatiza Neli Almeida, mãe de aluno e integrante da APMF.

Recursos também foram utilizados para instalar seis câmeras de segurança no pátio, portão de entrada e corredores. “Temos um fluxo considerável de alunos nos três turnos. Com essas medidas, prezamos a segurança de nossos estudantes”, comentou a diretora-auxiliar Edilamar Regina de Oliveira.

Os recursos somados permitem outras atividades, como o Projeto Muro que integra os alunos das 8as séries. Eles criam desenhos e frases para estampar as paredes externas da escola. “Nosso colégio está muito mais bonito e limpo, queremos mantê-lo assim por muito tempo”, afirmou a aluna Mariah Rebelo Almeida, 14 anos.

DESAFIOS – Flávio Arns disse que a educação ainda possui muitos desafios a serem superados com o envolvimento da sociedade. “A participação de professores, funcionários, pedagogos, da família, da comunidade e de parceiros da escola pode contribuir na melhoria do ensino ofertado no Paraná”, disse.

Em 2012, esta participação deverá ser ainda maior. “Percebemos o entusiasmo da comunidade escolar durante as reuniões realizadas nos Núcleos Regionais de Educação durante este ano. Uma comunidade que está disposta a trilhar o caminho pela garantia da qualidade do ensino na rede pública estadual”, afirmou.

"FONTE" AEN

Curitiba preserva e aumenta áreas verdes

Curitiba esta preservando suas áreas verdes. A cidade criou em 2011 a quarta Reserva Particular de Patrimônio Natural Municipal (RPPNM), no Bacacheri.
A nova reserva natural protege 5 mil metros quadrados de mata nativa. Com este espaço, a Prefeitura contabiliza mais de 26 mil metros quadrados de áreas protegidas em reservas naturais particulares.

O mapa atualizado de maciços florestais de Curitiba,divulgado neste mês pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, mostra que as áreas de cobertura vegetal da cidade saltaram nos últimos dez anos de 18% para 26%. A proporção por habitante, que era de 51,5 metros quadrados em 2000, subiu para 64,5 metros quadrados por pessoa.

Em 2011, a Prefeitura lançou o maior programa de drenagem da cidade, para combater as cheias e evitar alagamentos. Estão sendo investidos mais de R$ 22 milhões em obras e ações ambientais.

O plano de prevenção a alagamentos vai atuar nas bacias dos rios Atuba, Belém, Passaúna, Barigui, Ribeirão dos Padilhas e o rio Iguaçu, limpando 23 quilômetros de rios e executando mais de 20 obras de drenagem.

Também estão em andamento as obras de desassoreamento dos lagos dos três maiores parques de Curitiba – Barigui, Tingui e São Lourenço.

Outra melhoria é a criação do Plano Diretor de Drenagem que prevê ações de curto, médio e longo prazo para evitar alagamentos. Em 2012, estão programadas audiências públicas para receber sugestões para combater as cheias na cidade.

Cobertura vegetal - Para apuração precisa dos maciços florestais da cidade foi usada tecnologia de ponta, o que permitiu o aumento dos índices de cobertura vegetal. As imagens do levantamento foram geradas por satélite, com resolução espacial, e não mais por fotografias aéreas.

“Este resultado não apenas consolida uma política que privilegia áreas verdes como mostra o aprimoramento dos instrumentos de avaliação que foram utilizados na pesquisa”, afirma a secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias.


A manutenção dos índices de Curitiba se explica por vários fatores. Basta ver o número de parques e bosques na cidade nos últimos anos. Em 1988 eram cinco parques e cinco bosques. Hoje são 21 parques, 15 bosques, 451 praças e 444 jardinetes, entre outras áreas.


O engenheiro cartógrafo Luis Alberto Miguez, assessor da secretaria e responsável pelo novo mapa dos maciços florestais, informa que no lugar das antigas fotografias aéreas, as imagens foram geradas agora pelo satélite GeoEye, com resolução espacial de 50 centímetros.

“A resolução espacial nos permite diferenciar com clareza as áreas de grama dos maciços arbóreos, por exemplo”, dz Miguez. Ele explica que não há um padrão nacional de medição das áreas verdes, o que varia de uma cidade para a outra.

“Em Curitiba, o critério é medir apenas os maciços florestais acima de 100 metros quadrados, o que aponta a localização dos aglomerados de árvores existentes. Gramados e superfícies de lagos não são levados em conta para o cálculo", acrescenta Miguez.

Histórico - O primeiro levantamento global sobre os maciços florestais de Curitiba foi feito em 1987 pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná (Fupef). Naquela época os maciços ambientais representavam 15,06% do território de Curitiba.

Em 1992, quando foi criado o serviço de geoprocessamento da Secretaria do Meio Ambiente, foi realizado o segundo, e em 2000, o último. Em 1992, o índice de áreas verdes representou 13,56% da área total do município. Em 2000, o número registrado foi de 17,9% de cobertura florestal.

"FONTE" ANPC

Novas trincheiras beneficiarão mais de 500 mil pessoas

A Prefeitura está investindo na construção de nove trincheiras em toda a cidade para o benefício direto de meio milhão de pessoas. São grandes obras que criam novos eixos viários e garantem a segurança de motoristas e pedestres em locais de referência, como a trincheira das ruas Chile/Guabirotuba, que beneficiará a 90 mil moradores de quatro bairros.

A obra permitirá o acesso, por baixo da Avenida das Torres, de quem circula pelo Água Verde, Jardim Botânico, Prado Velho e Rebouças, na região próxima ao eixo Aeroporto Rodoferroviária. Outra ligação viária importante é a do Bacacheri/Bairro Alto, em que a trincheira da rua Gustavo Rattmann irá atender a 110 mil pessoas.

Na Linha Verde Norte há duas trincheiras em construção, uma na rua Agamenon Magalhães e outra na Roberto Cichon, que beneficiarão a 30 mil pessoas que vivem na região. As obras formam o novo binário, que vai interligar o Jardim Botânico, Cristo Rei e Tarumã, dando acesso direto à avenida Victor Ferreira do Amaral, na altura do Detran.

Mais três trincheiras vão possibilitar a ligação do Tatuquara à CIC e ao centro da cidade formando o Eixo de Integração que vai atender a 200 mil pessoas.
A Prefeitura vai construir também as alças de acesso à trincheira que será implantada pela concessionária OHL em frente a Ceasa, por onde passam diariamente 15 mil pessoas.

No Parque Barigui está sendo construída uma trincheira para pedestres. Com a passagem subterrânea, a caminhada ou corrida poderá ser feita de forma contínua, sem parar para atravessar a rua. O benefício será para as 120 mil pessoas circulam por semana pelo parque.

Investimentos – Os investimentos nessas grandes obras viárias são feitos com recursos próprios da Prefeitura e em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, governo federal, Fonplata e Agência Francesa de Desenvolvimento, no caso das obras da Linha Verde Norte.

No Eixo Viário de Integração CIC/Tatuquara estão sendo investidos R$ 10,4 milhões, na construção de três trincheiras que vão interligar a rua Anjolilo Buzetti, na Vila Verde, com a nova avenida em construção ao lado da avenida Juscelino Kubitscheck. Quando prontas, as trincheiras vão evitar pontos de engarrafamentos na região, que hoje acontecem nos horários de rush. O Eixo Viário é financiado pelo Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata).

Nos 2,3 quilômetros de extensão da Linha Verde Norte o investimento é de R$ 52 milhões com recursos da Prefeitura em parceria com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). As trincheiras das ruas Roberto Cichon e Agamenon Magalhães, na região do Cristo Rei, integram o pacote de obras. Ao todo, a Linha Verde Norte terá obras de drenagem, canaletas exclusivas para os ônibus, pistas marginais e locais (paralelas à canaleta), sinalização, iluminação, ciclovias e calçadas.

Na Ligação Bacacheri/Bairro Alto o investimento é de R$ 9,5 milhões para o benefício de 110 mil pessoas da região. A trincheira da rua Gustavo Rattmann terá comprimento de 127 metros e altura de 4,80 metros. O projeto também inclui a pavimentação das ruas José Zgoda, da própria Gustavo Rattmann e rua dos Xaverianos, além das alças de acesso à trincheira e das vias marginas e locais nos dois sentidos da futura Linha Verde Norte, num total de 2,3 quilômetros de asfalto. Também estão previstos no pacote de obras a sinalização horizontal e vertical, paisagismo e criação de áreas de passeio (calçadas).

No binário Chile/Guabirotuba, a Prefeitura está escavando embaixo da avenida avenida das Torres (Comendador Franco). O trabalho, nas ruas Pergentina Silva Soares com a Chile, é de retirada da terra para a construção de quatro pistas e calçadas, que vão permitir o trânsito seguro de motoristas e pedestres. A Prefeitura está investindo R$ 9,1 milhões na obra, que beneficiará diretamente a 90 mil pessoas.

O binário envolve as ruas Guabirotuba, Chile, Alberto Twardowski e Pergentina Silva Soares. São 2.852 metros, onde estão sendo feitas obras de drenagem, pavimentação, passeio, paisagismo, iluminação e sinalização, além da trincheira sob a avenida das Torres. A trincheira vai permitir a ligação da rua Pergentina Silva Soares. Também está em obra uma ponte sobre o Rio Belém, próxima da rua Josefina Zanier, e uma galeria entre as ruas Imaculada Conceição e Iapó.

Próximo a Ceasa, a Prefeitura irá investir R$ 13,5 milhões nas obras das alças de acesso à BR e a concessionária OHL será responsável pelo investimento de R$ 15,8 milhões para a execução da trincheira na rodovia.

Barigui - No Parque Barigui já começaram as obras da nova pista de caminhada e da trincheira para pedestres por baixo da Cândido Hartmann. A nova pista está sendo feita junto com um novo sistema de drenagem que melhorará o uso do equipamento em dias de chuva. Com a nova pista, o Barigui passará a ter espaços distintos para corrida, caminhada e bicicletas.

Além de reformas nas pistas antigas, todas serão conectadas aos dois lados do parque pela travessia subterrânea para pedestre. A passarela em concreto será feita aproveitando a construção de um lago para contenção de cheias. A passarela ficará 70 centímetros acima do lago, terá 6 metros de largura por 2,80 metros de comprimento entre os dois lados do parque. A caminhada ou corrida poderá ser feita de forma contínua pela galeria subterrânea, sem parar para atravessar a rua.

Todo o sistema viário da Cândido Hatmann, entre a rua Aluízio França até a lombada eletrônica, será melhorado com obras que melhorarão o ordenamento do trânsito. Uma rótula será implantada para facilitar a entrada e saída de veículos no parque, além de duas pontes sobre o rio Barigui.

Outra obra importante também já começou no Barigui. A Prefeitura deu início aos serviços de desassoreamento do lago do parque, obras que também serão feitas nos parques Tingui em São Lourenço.

Serão investidos R$ 9,8 milhões na limpeza e recuperação da margem dos três lagos. Do total de recursos, R$ 9 milhões virão do Ministério da Integração Nacional. Os R$ 800 mil restantes são a contrapartida da Prefeitura. No trabalho de limpeza serão retirados quase 70 mil metros cúbicos de lodo que estão assoreando os lagos.

Saiba quais são as trincheiras e acessos que a Prefeitura está construindo.
• Chile/Guabirotuba
• Bacacheri/Bairro Alto (Gustavo Ratmann)
• Agamenon Magalhães
• Roberto Cichon
• Trincheira para pedestres no Parque Barigui
• Três novas trincheiras do Eixo Viário de Integração
• Alças de acesso à trincheira na Ceasa

"FONTE" ANPC

Virada do ano deve ser chuvosa em todas as regiões do Paraná

Sexta-feira (30) amanheceu com 19ºC na Praia
Mansa (Foto: Reprodução RPCTV)

Temperatura prevista para o Réveillon no litoral do estado é de 20ºC.
Em Curitiba, a primeira madrugada de 2012 deve ter chuva e 15ºC.

Na virada do ano, na noite de sábado (31) e madrugada de domingo (1º), a previsão é de chuva em todas as regiões do Paraná. De acordo com o Instituto Meteorológico Simepar, na meia-noite do dia 31 a temperatura deve ficar entre os 20ºC nas praias paranaenses. A estimativa é de que dois milhões de pessoas passem o Réveillon no litoral. Em Curitiba, a primeira madrugada de 2012 deve ser chuvosa e com temperatura de 15ºC.

Durante o sábado (31), a temperatura não passa dos 26ºC na capital e dos 29ºC nas praias. Já no interior do estado, o tempo fica mais quente. No norte, noroeste e oeste, a máxima prevista para o sábado é de 31ºC. Contudo, com o aumento das temperaturas devem ocorrer pancadas de chuvas.
No domingo (1º), os veranistas terão sol entre nuvens pela manhã e tarde no litoral, mas pode chover no fim da tarde e início da noite. Em Curitiba, o tempo também fica instável no primeiro dia de 2012, de acordo com os meteorologistas.

G1 PR

quinta-feira, dezembro 29, 2011

BR-376 tem fluxo intenso no sentido PR-SC nesta manh

O movimento nas estradas paranaenses para o feriado de ano-novo começa a ficar mais intenso a partir desta quinta-feira (29). A expectativa é que haja a inversão do fluxo de veículos observado no Natal – quando 70% do movimento registrado nas BRs 277 e 376 foi rumo ao interior do estado. No ano-novo deve haver maior equilíbrio de tráfego nos dois sentidos, com predominância de veículos seguindo do interior em direção ao Litoral do Paraná e Santa Catarina. Veja a previsão de movimento nas estradas:

Santa Catarina

Quem escolheu as praias de Santa Catarina para passar o ano-novo também vai encontrar movimento intenso nas BRs 376 e 101, que ligam Curitiba ao Litoral catarinense. O tráfego deve aumentar 100% entre os dias 31 de dezembro e 1.° de janeiro, segundo informações da Autopista Litoral Sul. A previsão é de movimento alto em direção as praias catarinenses na sexta-feira (30) e no sábado (31), das 8 às 24 horas.

O tráfego de veículos com direção às praias catarinenses era considerado intenso na manhã desta quinta-feira. Aproximadamente 1,7 mil carros por hora seguiam para o estado vizinho por volta das 10h20.

O fluxo normal varia entre 800 e mil carros por hora. Não havia registro de pontos com lentidão na 376 nesta manhã.
O movimento no sentido contrário, Santa Catarina-Paraná, era de mil veículos por hora, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

A PRF informou que não havia acidentes graves e nem pontos de lentidão na BR-376 na manhã desta quinta-feira.

Litoral

Na BR-277, entre Curitiba e o Litoral, a estimativa da Ecovia, concessionária que administra o trecho, é de que mais 95 mil veículos desçam a Serra entre essa quinta-feira (29) e sábado, gerando picos de até 2,7 mil carros a cada hora. A previsão é de que possa haver picos de até de 2 mil veículos por hora por volta das 18 horas, com total de 24 mil veículos trafegando ao longo do dia. O fluxo normal é de 500 carros por hora em cada sentido da rodovia.

O fluxo de veículos já estava alto na manhã de quinta-feira (29), de acordo com a concessionária Ecovia. Aproximadamente 1.030 carros hora seguiam para as praias paranaenses, por volta das 10h20. Esse movimento é o dobro do normal. Havia neblina na Serra do Mar.

A BR-277 registrava 2 quilômetros de congestionamento a partir do quilômetro 43, no sentido Curitiba-litoral. A estrada estava em meia-pista nesse trecho, por volta das 10h30, por causa da pane mecânica de um caminhão.

O maior movimento deve ocorrer na sexta-feira (30) – com picos de 2,7 mil veículos por hora, das 12 às 20 horas – e sábado (31), quando o fluxo deve chegar a 2,2 mil veículos por hora entre as 6 e 18 horas.

A partir das oito horas de domingo (1.°) o movimento já começa a aumentar no sentido litoral-Curitiba, com previsão de pico de 3 mil veículos por hora às 19 horas. Na segunda-feira (2) o fluxo deve ser grande no período da manhã, das 6 horas ao meio-dia, com fluxo de 2,3 mil carros por volta das 11 horas.
A orientação da Ecovia aos motoristas que quiserem fugir do tráfego intenso em direção às praias e também no retorno é procurar horários em que o fluxo de veículos não ultrapasse os 1,1 mil veículos por hora.

BR-116

Para quem vai pegar a estrada com destino a São Paulo pela BR-116 (rodovia Régis Bittencourt), os horários de fluxo alto estão previstos para essa quinta-feira, das 12h a meia-noite; sexta-feira (30), das 6h a meia-noite e sábado (31), das 4 às 16 horas, de acordo com a Autopista Régis Bittencourt.

A BR-116 tinha dois trechos com congestionamento, no sentido São Paulo-Curitiba, na manhã desta quinta-feira (29), de acordo com a concessionária Autopista Régis Bittencourt. O fluxo de veículos era intenso entre os quilômetros 348 e 353, e do 356 ao 361, ambos em Miracatu (SP), por volta das 9 horas.

Interior

Segundo projeções da CCR RodoNorte, concessionária que administra a BR-277 no interior do estado, em média, 215 mil veículos vão trafegar nos dois sentidos da rodovia, no alto da Serra de São Luiz do Purunã, dentro do município de Balsa Nova, entre hoje e terça-feira. O volume é 64% superior ao registrado em dias de tráfego normal.

Os motoristas que vão pegar a estrada do interior em direção à capital e da capital em direção ao interior devem evitar os horários de maior movimento, previstos para essa quinta-feira e sexta-feira (30), das 11 às 21 horas. Aproxima­damente 37 mil veículos devem passar pela praça de pedágio de São Luiz do Purunã nesta quinta-feira – um aumento de 70% em relação aos dias normais. Para amanhã são esperados cerca de 40 mil veículos.

O movimento estava acima do normal nos sentidos da BR-277 na manhã desta quinta-feira. O fluxo maior era registrado em direção ao interior do Paraná, por volta das 9h30. De acordo com a CCR RodoNorte, eram 920 carros por hora seguindo para o interior e 880 por hora trafegando para a capital.

Apesar disso, o maior movimento em direção ao interior do estado deve ocorrer na segunda-feira (2) e terça-feira (3), quando mais de 90 mil veículos devem retornar do feriado. No sábado (31) e domingo (1º) o fluxo de veículos deve ser baixo, se assemelhando ao dos dias normais.

"FONTE" GAZETA DO POVO

Policial aposentado é encontrado no Rio Belém e diz que apanhou na saída de baile

Um policial militar aposentado foi encontrado na manhã desta quinta-feira (29), caído dentro do Rio Belém, na região do bairro Boqueirão em Curitiba. Daniel Provosck, 46 anos, foi levado até o 7º Distrito Policial e lá contou que foi vítima de uma tentativa de assalto.

Ele disse ao delegado Clóvis Galvão, que na noite de ontem foi até um baile na avenida Marechal Floriano Peixoto e lá foi abordado por dois indivíduos. Em seu depoimento, o PM contou que foi levado até as proximidades do rio, onde teria entrado em luta corporal com a dupla.

Depois de ser agredido, ele teria sido jogado na água suja. A polícia fez patrulhamento no bairro e conseguiu capturar dois suspeitos que chegaram a ser reconhecidos por Daniel. As identidades não teriam sido divulgadas porque seria uma dupla de menores. O carro do PM, um Seat Ibiza placas AGJ-0055, foi recuperado. A Polícia Civil apura o caso.

"Fonte" Banda B

quarta-feira, dezembro 28, 2011

O teste da banheira

Durante a visita a um hospital psiquiátrico, um dos visitantes perguntou ao diretor:
- Qual é o critério pelo qual vocês decidem quem precisa ser hospitalizado aqui?
O diretor respondeu:
- Nós enchemos uma banheira com água e oferecemos ao doente uma colher, um copo e um balde e pedimos que a esvazie. De acordo com a forma que ele decida realizar a missão, nós decidimos se o hospitalizamos ou não.

- Ah! Entendi. - disse o visitante. Uma pessoa normal usaria o balde, que é maior que o copo e a colher.

- Não! - respondeu o diretor - uma pessoa normal tiraria a tampa do ralo. O que o senhor prefere? Quarto particular ou enfermaria?

"As vezes a vida tem mais opções do que as oferecidas, basta saber enxergá-las".

Agora diz a verdade...vc tb escolheu o balde, né? Semana que vem vou ao hospital te fazer uma visitinha!
Thomas , o gatão.

Em protesto, manifestantes se acorrentam à Câmara de Campo Magro

Indignados com a terceira liberação de verbas públicas para o prefeito cassado que governa por liminar, José Pase (PMN), dois manifestantes se acorrentaram aos pilares da Câmara Municipal de Campo Magro nesta terça-feira (27). Quatro dos seis vereadores votaram, também hoje, pela liberação de R$ 1,4 milhão para a reconstrução de estradas e pontes do município, atingido pelas enchentes ainda no início de 2011.

Polêmica, a decisão favorece Pase, cassado em setembro deste ano, acusado de desvio público de dinheiro e contratação de funcionários fantasmas. Segundo o empresário Miguel Mozzili, um dos manifestantes acorrentados à Câmara, a liberação das verbas para o prefeito é perigosa, porque o destino das finanças ainda é desconhecido.

"Os próprios vereadores que cassaram o prefeito aprovam os projetos de liberação de verba aleatoriamente", defende Mozzili. "Os vereadores tem que liberar a verba depois de saber o destino real delas", completa.

Essa é a terceira liberação de verbas para a prefeitura de Campo Magro só em dezembro. Neste mês, Pase já recebeu o aval dos vereadores para administrar R$ 14 milhões de reais, cerca de 20% do orçamento municipal. "O prefeito tem um cheque em branco pro ano que vem para fazer o que quiser sem a Câmara ficar sabendo", critica o vereador Sérgio Martins (PDT), apontando a necessidade de essa quantia ser dividida em mais projetos descentralizados da prefeitura.

As verbas, segundo o presidente da Câmara de Vereadores de Campo Magro, Odair de Paula Cordeiro (PMDB), serão empregadas na reconstrução da cidade e, mesmo solicitadas no início do ano, só foram liberadas pelo Governo Federal em dezembro.

"Esse dinheiro foi solicitado quando o municipio foi atingido pela enchente e só agora ele foi liberado", explica. Quando à decisão controversa de liberar verbas para o prefeito que governa sob liminar, Cordeiro afirma que a vontade dos vereadores prevaleceu no plenário. "A mim, como presidente, cabe colocar em votação. Quem decide é o voto dos vereadores", desconversa.



"Fonte"Portal Banda b

68,5% dos deputados estaduais são contra a volta dos salários extras

Corte do benefício desagradou aos parlamentares, que ameaçam retaliar Rossoni e cortar o direito de reeleição na Mesa da Assembleia

A decisão do presidente da As­­sembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB) de acabar com a verba de convocação e desconvocação, uma espécie de 14.º e 15.º salários para os deputados estaduais, causou rebuliço nos corredores do Legislativo paranaense. A decisão foi tomada em 13 de dezembro, um dia após a Gazeta do Povo revelar o pagamento do benefício. Irritados, alguns parlamentares articulam a apresentação de uma proposta de emenda constitucional (PEC) para acabar com a reeleição da Mesa Executiva do Legislativo paranaense, o que prejudicaria a permanência de Rossoni na presidência da Assem­­bleia no próximo ano.

A Gazeta do Povo procurou os deputados estaduais para saber a opinião deles sobre o fim do benefício. Dos 53 parlamentares procurados, 37 (68,5%) disseram ser a favor do fim dos salários extras e 3 disseram que são contra – Rossoni ficou de fora do levantamento por ser o autor da decisão.

A verba era paga havia pelo menos 16 anos, mas veio a público apenas com a reportagem da Gazeta do Povo. Os parlamentares recebiam a “ajuda de custo“ de R$ 20 mil no começo e no final de cada ano legislativo, sob o pretexto de “convocação e desconvocação” dos parlamentares ao trabalho.

Diante da decisão do presidente da Assembleia, alguns deputados mostraram descontentamento, não somente por ele ter retirado o privilégio como também por ter sido, ao lado do primeiro-secretário, Plauto Miró (DEM), e do segundo-secretário, Reni Pereira (PSB), responsável pela decisão. Para os parlamentares, com essa atitude os três ficaram com os “louros” da atitude.

Alguns deputados tentaram, em conversas de bastidores, encontrar uma solução jurídica para que o benefício não fosse cancelado. A Assembleia paranaense copiava o modelo do Congresso Nacional, que paga os salários extras a senadores e deputados federais. Mas uma nova notícia, a de que a decisão de pagar os benefícios no Paraná não tenha sido publicada nos diários oficiais da Casa – ou seja, foi ato de mais um diário secreto –, tornou a situação ainda mais complicada.

Diante de tantas propostas não oficiais, conversas de bastidores e broncas públicas, a Gazeta do Povo perguntou também aos deputados estaduais sobre a possível articulação para a volta de tais benefícios – 29 (54%) manifestaram ser contra a medida e 3 a favor. A reportagem também questionou sobre a proposta de acabar com a reeleição da Mesa Diretora – 18 (33,3%) se dizem a favor da PEC.

Boa parte dos deputados ouvidos disse que concordou com a atitude, mas não com a forma adotada para acabar com os salários extras. “É uma decisão amparada politicamente, mas Rossoni deveria ter conversado com os deputados antes de assiná-la. Todos aceitariam. Ele errou. Tomou para si a decisão para ganhar ponto, divulgando que a presidência estaria tomando decisão”, disse Cleiton Kielse (PMDB).

Diante da situação consolidada, a maior parte dos deputados consultados disse, ao menos publicamente, que acha que não há condições de propor um retorno do benefício. “Não existe essa possibilidade. Se o presidente vier com isso, não aceito, não me presto ao papel de ficar de brincadeira”, Caíto Quintana (PMDB).

Mas alguns vislumbram essa possibilidade. “O presidente não deveria sequer ter cortado”, disse o Pastor Edson Praczyk (PRB). Pedro Lupion (DEM) defende a volta do benefício. “É constitucional, todos os parlamentos do Brasil praticam isso. Não vejo porque não manter.”


"Fonte" Gazeta do Povo

terça-feira, dezembro 27, 2011

Biarticulado e viatura da polícia batem de frente no centro de Curitiba

Um acidente envolvendo um ônibus biarticulado e uma viatura da Polícia Civil fechou o cruzamento entre a avenida Visconde de Nacar e avenida Vicente Machado no centro de Curitiba. A colisão frontal aconteceu por volta das 16h30 e segundo testemunhas, não houve vítimas graves. A viatura foi arrastada alguns metros.

O tráfego ficou complicado na região e um congestionamento de formou em ambas as avenidas. Policiais do BPTran (Batalhão de Polícia de Trânsito) estiveram no local e organizaram o fluxo até a retirada dos veículos acidentados.

"FONTE" http://bandab.pron.com.br

Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá atinge maior movimentação da história

O Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá acaba de atingir a maior movimentação de sua história. De janeiro até hoje (26), foram 13,9 milhões de toneladas de produtos exportados pelo Corredor. O recorde anterior foi registrado em 2001, quando foram exportados pelo complexo 13,8 milhões de toneladas de produtos.

Criado nos anos 70, o Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá escoa soja, farelo de soja, milho, açúcar e trigo. O sistema é único no Brasil e integra nove terminais que, juntos, tem capacidade nominal de armazenagem de 950 mil toneladas. O Complexo abastece três berços de atracação com velocidade de embarque de nove mil toneladas por hora.

Para 2012, a Appa está trabalhando no projeto de repotenciamento do Corredor de Exportação. Orçado em R$ 700 milhões, o projeto duplicará a capacidade nominal de embarque de grãos: de nove para 18 mil toneladas/hora. Com as obras, serão quatro berços dedicados exclusivamente ao embarque de granéis.

Além disso, a Appa tem outro projeto de construção de novas instalações de armazenagem de granéis. Elas serão construídas na área primária do cais, em substituição a armazéns antigos que hoje existem na área, aumentando a capacidade de armazenagem de 50 para 200 mil toneladas de grãos. Existem ainda os projetos da iniciativa privada que irão aumentar ainda mais a capacidade do Corredor. Com a conclusão destas obras nos próximos anos, a Appa irá ampliar a capacidade de armazenagem do Corredor de 950 mil toneladas para 1,5 milhão de toneladas.

“Iremos duplicar a capacidade de embarque e a capacidade de armazenagem. Estamos preparando os portos paranaenses para o futuro, para atender esta demanda cada vez mais crescente”, afirmou o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Airton Vidal Maron.

Recordes - 2011 foi um ano de recordes para o Porto de Paranaguá. O Porto superou recordes históricos na movimentação de fertilizantes, soja, veículos, açúcar, receita cambial e na movimentação do Porto de Antonina, além da movimentação geral de mercadorias (veja quadro).

“Temos trabalhado com o intuito de facilitar a vida dos operadores, sem criar obstáculos e permitir a recuperação de cargas. Estamos seguindo as orientações do governador Beto Richa, sempre na busca do diálogo e preocupados que esta movimentação alavanque a geração de emprego e renda aos trabalhadores portuários”, afirma Maron.


Recordes atingidos pela Appa em 2011

Soja
6,7 milhões de toneladas em novembro/11
Marca anterior: 5,9 milhões de toneladas em 2003

Veículos
210,6 mil unidades em novembro/11
Marca anterior: 181,4 mil unidades em 2010

Fertilizante
8,5 milhões de toneladas em novembro/11
Marca anterior: 8,3 milhões de toneladas em 2007

Açúcar
4,1 milhões de toneladas em novembro/11
Marca anterior: 3,8 milhões de toneladas em 2010

Antonina
1,3 milhão de toneladas em novembro/11
Marca anterior: 1 milhão de toneladas em 2004

Receita Cambial
US$ 16,2 bilhões em novmebro/11
Marca anterior: US$ 14 bilhões em 2008

Corredor de exportação
13,9 milhões de toneladas em dezembro/11
Marca anterior: 13,8 milhões de toneladas em 2001

Movimentação geral
38,8 milhões de toneladas em novembro/11
Marca anterior: 38,2 milhões de toneladas em 2007


"FONTE" APPA

PRE: Operação Natal nas estradas termina com 129 acidentes e 13 presos por embriaguez


Treze pessoas foram presas e 30 autuadas por embriaguez em todo o Estado durante a Operação Natal, realizada em todas as rodovias estaduais pela Polícia Militar do Paraná, por meio do Batalhão de Polícia Rodoviária. A fiscalização ocorreu das 18 horas da sexta-feira (23) até a 0 hora do domingo (25). Nesse período, foram registrados 129 acidentes, com 14 mortes e 133 feridos, e três atropelamentos em todo o Paraná. No ano passado, ocorreram 81 acidentes, com sete mortes e 93 feridos, e um atropelamento.

Além de embriaguez ao volante, os policiais fiscalizaram com rigor o excesso de velocidade, entre outras infrações de trânsito. “A embriaguez é uma grande preocupação, já que o motorista perde os sentidos e pode provocar acidentes graves. Registramos cinco acidentes envolvendo condutores embriagados, mas todos sem mortes”, afirma o porta-voz do batalhão, tenente Sheldon Keller Vortolin.

De acordo com Vortolin, “a maioria dos acidentes acontece pela imprudência, falta de atenção e excesso de confiança do motorista”.

O batalhão emitiu 1.210 autuações neste feriado em todo o Estado, contra 1.479 no ano passado. “O policiamento rodoviário foi aplicado em todas as rodovias de jurisdição da Polícia Rodoviária Estadual para coibir os excessos, principalmente o de velocidade. No entanto, em algumas regiões a chuva dificultou um pouco a atuação do policial”, explica o tenente. O batalhão é responsável por 12.421 quilômetros de rodovias no Paraná.

A Operação Natal teve como objetivo oferecer maior segurança para quem utilizou as rodovias e coibir crimes, como o alcoolismo ao volante. Os policiais militares do batalhão realizaram blitze nas rodovias, fiscalizações de velocidade com o auxílio de radares fotográficos e uso de aparelhos de bafômetro.

LITORAL – Nas estradas que levam ao Litoral do Estado foram registrados, neste feriado, 14 acidentes, nenhuma morte, 10 ferimentos e um atropelamento. No ano passado, ocorreram oito acidentes, cinco feridos e nenhuma morte ou atropelamento. Em relação às autuações emitidas nas estradas do Litoral, o batalhão registrou 416 neste feriado, contra 577 no ano passado.

“Nossa maior dificuldade no Litoral foi decorrente das condições climáticas desfavoráveis, além da imprudência do motorista”, destaca o capitão Alexandre Dupas, comandante da 1ª Companhia do Batalhão de Polícia Rodoviária, responsável pelas estradas do Litoral que compreendem, principalmente, a PR-407 e PR-412.

AEN

segunda-feira, dezembro 26, 2011

Homem mantém ex-mulher e enteada reféns no Umbará

Garçom, de 43 anos, estava separado da mulher há seis meses e manteve a ex e sua filha como reféns por cerca de três horas e meia


Um homem manteve a ex-mulher e sua enteada como reféns por cerca de três horas e meia no bairro Umbará, em Curitiba. Segundo a Polícia Militar (PM), o garçom Valdecir da Silva Fontoura, de 43 anos, está separado da ex-mulher, que tem 31 anos, há seis meses e os dois retomaram o contato por causa do Natal. Eles têm um filho de três anos juntos e a mulher tem uma filha de 9 anos de um outro relacionamento.

Fontoura teria passado parte do domingo (25) na casa da ex-mulher e retornou à residência, que fica no condomínio Buenos Aires, na manhã desta segunda-feira (26).
No momento em que o homem chegou até o local, cerca de 10 vizinhos estavam na área comum do condomínio.

Alguns, sabendo do histórico de brigas do casal, foram embora. Duas vizinhas permaneceram com a mulher. Fontoura então mostrou a arma e ameaçou as três mulheres. Outros vizinhos chamaram a polícia, e com a chegada da viatura, ele se assustou e tentou levar as mulheres para dentro da casa.

As duas vizinhas conseguiram escapar, mas a ex-mulher de Fontoura e a enteada foram levadas para dentro da residência. O filho do casal não chegou a presenciar o ocorrido e ficou sob os cuidados de uma vizinha. A polícia chegou ao local e negociou com Fontoura.

A criança foi a primeira a ser liberada. O homem se entregou por volta de 15h30 e foi encaminhado para a delegacia de polícia mais próxima. A ex-mulher recebeu atendimento médico.

Segundo o tenente-coronel Mariano de Brito, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da PM, a situação foi considerada satisfatória pela polícia, porque não houve violência contra as vítimas. O homem não tem histórico de violência doméstica e tinha emprego e residência fixos.

Os vizinhos relataram que o homem era violento com a mulher, mas ela nunca registrou um boletim de ocorrência contra ele. Nos últimos tempos, ele trabalhava em cruzeiros, por isso passava muito tempo longe de casa.

Cerca de dez viaturas do Bope e carros do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) acompanharam a ocorrência.

Investigação

A investigação do caso ficará a cargo da Delegacia da Mulher de Curitiba. A delegada Sâmia Coser deve ser designada para assumir o caso. Na tarde desta segunda-feira, a mulher e o agressor foram levados até a delegacia. Ela deve prestar depoimento ainda hoje, e após isso, a delegada deve pedir a prisão provisória de Fontoura.

Em conversa informal com a reportagem, o homem afirmou que não pretendia matar a ex-mulher. "Eu queria acabar com a minha própria vida. Mas prometi que não faria mal a ela", disse. Ele afirmou que se arrepende do que fez, e que só não liberou a mulher porque sabia que ela "não lutaria" por ele quando fosse liberta.

O homem, que parecia estar confuso, afirmou que toma medicamentos para depressão desde que se separou da mulher. Ele afirmou que não usa drogas e que não tem passagens pela polícia.

"Fonte" Gazeta do Povo

Paraná: 24 mortes foram registradas nas estradas do estado durante o Natal

As rodovias estaduais e federais do Paraná registraram 24 mortes entre sexta-feira (23) e domingo (25), de acordo com números das polícias rodoviárias Estadual (PRE) e Federal (PRF). O número é 33% superior ao registrado no Natal do ano passado, quando 18 pessoas morreram nas estradas.

Em 2010, houve 11 mortes ao longo do feriado (entre os dias 23 e 26 de dezembro), nas rodovias federais. Já em 2011, ainda sem o balanço de segunda-feira (26), já foram dez mortes no período de três dias (de 23 a 25 de dezembro).

Nas rodovias estaduais, também houve um aumento significativo no número de mortes. Em 2010, sete pessoas morreram entre os dias 23 e 25 de dezembro. Já em 2011, foram quatorze mortes no mesmo período.

Acidentes

O número de acidentes nas rodovias no período do Natal cresceu 1,5% entre 2010 e 2011. No ano passado foram 391, contra 397 este ano, ainda sem os dados das rodovias federais desta segunda-feira.

As BRs registraram 268 acidentes entre sexta-feira e domingo. Em 2010 foram 310 acidentes entre a sexta-feira e a segunda-feira do fim de semana do Natal. Nas rodovias estaduais, foram 81 acidentes entre sexta-feira e domingo, contra 129 no mesmo período de 2011 – alta de 46%.

Feridos

O número de pessoas feridas em acidentes também cresceu na comparação entre o Natal de 2010 e de 2011. No ano passado, 270 pessoas ficaram feridas, contra 316 neste ano. O aumento é de 17%.

Só nas rodovias estaduais, 93 pessoas ficaram feridas em acidentes no ano passado, contra 133 em 2011. Nas rodovias federais foram 177 feridos em 2010 contra 183 em 2011, ainda sem os dados de segunda-feira.

Mortes

O sábado (24) foi o dia mais violento nas rodovias federais do Paraná. Em Ortigueira, na região Central do estado, três pessoas morreram em um acidente envolvendo um Stilo e um Strada na BR-376. A colisão ocorreu às 7h30. Os três ocupantes do estilo, Silas Barboza, de
32 anos, Nara Cipriano Deliberador, 25 anos e Emanuelle Cipriano Deliberador, 4 anos, morreram no acidente.

Na madrugada de domingo (25), duas pessoas morreram atropeladas na BR-277, entre Curitiba e o Litoral. Os dois casos foram registrados na pista sentido Paranaguá. Às 0h40, uma pedestre sem identificação morreu atropelada no km 82,5 da rodovia, no bairro Jardim das Américas, em Curitiba. Já no km 71, Valdeci Joel da Silva, de 30 anos, morreu após ser atropelado por um veículo não identificado que deixou o local sem prestar atendimento à vítima.

"Fonte" Olho Aberto Paraná

Marido morre e esposa fica ferida após ataque motivado por ciúmes na RMC

Um homem morreu assassinado na madrugada desta segunda-feira (26), em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba. Pelo menos nove tiros foram disparados em direção a José Aparecido Malek, de 22 anos, e da esposa dele Jaqueline Fernandes Malek, de 18 anos, na rua São João, no jardim Monte Santo. José Aparecido foi morto na hora e Jaqueline atingida com um tiro no pescoço. Segundo a polícia, o crime teria sido motivado por ciúmes

De acordo com o apurado no local do crime pela Polícia Militar, uma terceira pessoa estaria disputando Jaqueline. “A irmã da vítima disse que este rapaz seria provavelmente um comerciante da região. O casal e ele vinham tendo discussões já há alguns meses, essa é a informação inicial”, relatou à Banda B o soldado Janderson, do 17° Batalhão da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência.

Segundo testemunhas, os autores dos disparos eram quatro ocupantes em um Tempra vermelho. “O tiro na Jaqueline acertou de raspão, a intenção deles era mesmo de matar apenas o José Aparecido”, descreveu o soldado Janderson.

Jaqueline foi encaminhada sem risco de morte até o Hospital Evangélico, em Curitiba. O caso será investigado pela Delegacia de Almirante Tamandaré.

"Fonte" BANDA B

domingo, dezembro 25, 2011

Policial Civil é assassinado em Almirante Tamandaré

Luiz Carlos Rodrigues estava lotado na Delegacia da Mulher de Curitiba. Discussão com traficante pode ter motivado crime

Um policial civil, lotado na Delegacia da Mulher de Curitiba, foi assassinado na noite de sábado (24), véspera de Natal, em Almirante Tamandaré, na região metropolitana. Luiz Carlos Rodrigues, de 54 anos, foi atingido por dois disparos efetuados por dois homens em uma motocicleta, na Rodovia do Calcário, que liga Almirante Tamandaré a Colombo.

De acordo com informações repassadas pelo Delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Homicídios (DH) de Curitiba, pouco antes do crime, que ocorreu por volta das 23 horas, o policial foi até uma mercearia com dois filhos. Na volta, ao se dirigir a pé para casa, pela rodovia, os três foram surpreendidos pelos bandidos.


"Ao passarem ao lado do policial e dos filhos, os criminosos atiraram, mas não conseguiram acertar o homem. Então voltaram e dispararam nele. Foram dois tiros, que atingiram, provavelmente, o coração e o abdômen", afirmou Recalcatti, que prestará apoio à Delegacia de Almirante Tamandaré, responsável pelas investigações.

O policial morreu a caminho do Hospital Evangélico. Os filhos dele não foram atingidos.

A reportagem da Gazeta do Povo não conseguiu contato com a delegacia da cidade, mas o delegado Recalcatti afirmou que há duas linhas de investigação a respeito do que teria motivado o crime, ambas relacionadas a uma tentativa de vingança.

Há alguns meses, o policial teria tido uma discussão com um traficante da região, e disparado alguns tiros na direção do criminoso para intimidá-lo. Posteriormente, o traficante tentou agredi-lo, sem sucesso. Em outra ocasião, o policial foi agredido durante uma discussão em um bar.

Servidor antigo

Segundo a titular da Delegacia da Mulher, Maritza Haisi, Rodrigues era o servidor mais antigo da Delegacia da Mulher. "Era uma pessoa tranquila, um profissional dedicado. Não tenho conhecimento de algum fato pessoal ou profissional que pudesse motivar o crime".

A delegada afirmou que a delegacia ficará à disposição da Delegacia de Almirante Tamandaré para prestar informações sobre o trabalho do policial.

Num primeiro momento, não há indícios de que o crime tenha sido motivado pelo trabalho de Rodrigues na Delegacia da Mulher, especificamente - no caso, algum companheiro ou marido de vítima que quisesse se vingar de Rodrigues por conta de alguma investigação ou prisão.

Os filhos do policial devem ser ouvidos a partir de amanhã, já que hoje a família ainda está abalada e organizando o velório e o enterro de Rodrigues.

"Fonte" Gazeta do Povo

Exposição de malfeitos tem saldo positivo no ano

Além de pedir a “faxina” na política, as marchas contra a corrupção que ocorreram em Brasília, Curitiba e outras cidades também reivindicaram a regulamentação da Lei da Ficha Limpa e o fim do voto secreto no Congresso

Apesar das inúmeras denúncias que vieram à tona, a reação à corrupção e a aprovação de leis que aumentam a transparência marcaram 2011

O cenário político em 2011 seguiu à risca o roteiro de anos anteriores. Escândalos de corrupção e irregularidades nas três esferas do poder público nacional e estadual tomaram conta do noticiário político na maior parte do tempo. Ao contrário de outros anos, porém, várias denúncias divulgadas pela imprensa provocaram mudanças efetivas e tiveram resultados positivos para a sociedade. Além disso, como há muito tempo não se via, a população voltou a sair às ruas para protestar contra os desmandos das figuras públicas. Para especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, apesar de o país ainda ter muito a avançar, o saldo político de 2011 pode ser considerado mais positivo que negativo, se comparado com anos anteriores.

Em âmbito nacional, o caso mais emblemático foi a queda de seis ministros do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), que não resistiram a uma avalanche de denúncias de corrupção levantadas pela imprensa. No Paraná, os escândalos – e o desfecho positivo de vários deles – foram ainda mais numerosos. Envolvido na contratação da empresa da própria mulher para prestar serviços de publicidade para a Câmara Municipal de Curitiba, por exemplo, o vereador João Cláudio Derosso (PSDB) se afastou da presidência da Casa por 90 dias em meio às denúncias.

Para o economista Gil Castello Branco, consultor da ONG Con­­tas Abertas, os fatos levantados pela imprensa em 2011 foram decisivos para que escândalos de corrupção não passassem em branco. Na visão dele, os efeitos gerados a partir das denúncias devem ser considerados extremamente positivos. “Eu destacaria também a sanção da Lei de Acesso a In­­­formações Públicas, que, a cada momento que adormecia em alguma gaveta no Congresso, era colocada em discussão pela imprensa, até que se conseguisse a sua aprovação”, afirma.

O cientista político Mário Sérgio Lepre, da PUCPR, destaca ainda que a sociedade tem começado a dizer não ao famoso “jeitinho” e ao corporativismo de uma elite que se beneficia do modo como as instituições funcionam no Brasil. “Claro que ainda há muitas coisas complicadas ocorrendo, mas, quando você coloca os fatos numa linha do tempo, há mais pontos positivos que negativos em 2011, especialmente no Paraná”, defende. “Essa é uma questão que só será modificada com tempo. Mas, para sair da letargia, é preciso de um gatilho. No caso do Brasil, tem sido a imprensa.”

Nas ruas

Por fim, Castello Branco ressalta que talvez o fato mais relevante do mundo político em 2011 tenham sido as passeatas contra a corrupção, que tomaram as ruas do país em mais de uma oportunidade. “Isso mostra que a sociedade civil está de­­monstrando uma intolerância cada vez maior em ralação à corrupção. Essas pequenas conquistas precisam ser comemoradas, porque são a essência para a democracia e o fortalecimento das instituições”, analisa. “Esse não é um processo imediato, como ligar o controle remoto da televisão. Talvez ainda não seja no grau ideal, mas temos de reconhecer que a participação popular é crescente e maior que em anos anteriores.”

Leis aprovadas

Além de colocarem os corruptos contra a parede, os brasileiros viram leis importantes serem aprovadas.

Ficha limpa estadual

A partir de dezembro deste ano, nenhum dos três poderes do Paraná pode nomear para cargos comissionados pessoas com ficha suja na Justiça. A proibição vale para os quatro anos seguintes a condenações judiciais ocorridas a partir da entrada em vigor da lei.

Mais transparência

Até o próximo dia 31 de janeiro, ONGs e entidades privadas sem fins lucrativos que têm convênios com o governo estadual ou com prefeituras terão de mostrar o balanço das transferências na internet. Além disso, a Lei da Transparência, do movimento O Paraná que Queremos, foi estendida a prefeituras e câmaras de vereadores dos 399 municípios paranaenses, que terão de divulgar seus atos oficiais na internet, Imprensa Oficial e na mídia impressa, a partir de 1º de janeiro.

Registro da ditadura

A Comissão da Verdade foi criada para apurar violações aos direitos humanos ocorridas entre 1946 e 1988, período que inclui a ditadura militar. O grupo terá dois anos para ouvir depoimentos em todo o país, requisitar e analisar documentos que ajudem a esclarecer as violações de direitos.

Documentos sem sigilo

Também foi sancionada a Lei de Acesso a Informações Públicas, que acaba com o sigilo eterno de documentos públicos e entra em vigor em maio de 2012. Qualquer cidadão poderá consultar documentos do Executivo, Legislativo e Judiciário. As informações solicitadas devem ser respondidas em, no máximo, 20 dias. A exceção fica para casos de proteção da segurança do Estado e de informações de caráter pessoal.

"FONTE" GAZETA DO POVO

sábado, dezembro 24, 2011

[ Nelson Arns ] O Nelson da Zilda


O filho médico de Zilda Arns mora na zona rural, vai trabalhar de ônibus e prefere não ficar na dianteira da Pastoral da Criança, criada por sua mãe em 1983. É um líder discreto, cuja vida em segredo faz diferença no destino de 1,2 milhão de famílias

Nelson Arns, 46 anos, entrou no noticiário já faz um tempo. Passou a ser entrevistado principalmente depois da morte de sua mãe, a doutora Zilda Arns, no terremoto do Haiti de 2010, quando ele assumiu ainda mais responsabilidades dentro da Pastoral da Criança. No entanto, tente saber algo sobre Nelson. Procure na internet e tudo o que vai achar são declarações oficiais. Vida pessoal? Nadica de nada.

O homem é tão pouco dado a falar de si mesmo que, quando a reportagem anunciou que queria saber mais sobre ele, a própria assessora de imprensa da Pastoral ficou feliz de ter um gravador à mão. Assim poderia conhecer melhor o filho da doutora Zilda.

Aliás, ele faz questão de lembrar que é Arns, mas que também é Neumann. O pai, Aloísio Bruno Neumann, diretor do Bom Jesus e da FAE, morreu em 1978, quando Nelson tinha 13 anos, mas marcou o menino. Até pela solidariedade: não podia ver alguém sem estudo que recolhia em casa até que pudesse terminar o colégio. Resultado é que a casa Neumann, em Campo Largo, chegou a servir almoço para 13 pratos por largo período.

Moço da roça, Nelson diz que continua gostando de viver no ambiente rural de Campo Largo, onde se criou. Sai de lá de ônibus todos os dias para as Mercês, onde ajuda a comandar a Pastoral da Criança (fez questão de deixar o posto mais importante para uma voluntária, a irmã Vera Lúcia Altoé, para que ninguém falasse em nepotismo). Depois, volta para a chácara.

Não é que não goste de Curitiba – segundo ele a segunda melhor cidade do mundo para se viver. É que a melhor cidade, Campo Largo, fica tão pertinho, e o ônibus é tão fácil, que não dá para desistir da terrinha que os pais deixaram para os novos Arns. E para os novos Neumanns, é claro.

O senhor nunca quis ficar no lugar de sua mãe, como figura principal da Pastoral. Preferiu que a escolha recaísse sobre uma voluntária. Por quê?

Era até uma questão de sobrevivência da instituição. A Pastoral não pode ficar caracterizada como uma instituição da doutora Zilda ou da família dela. A mãe sempre quis que eu fizesse parte do projeto. Sempre cuidei muito da parte técnica e continuo com essa função.

A Pastoral influenciou na escolha da sua carreira?

Eu entrei em Medicina em 1981 e a Pastoral começou em 1983. Mas a Pastoral influenciou na minha escolha pela saúde pública. Já tinha entrado no curso pensando mais em prevenção do que em cura. É claro que qualquer estudante de Medicina fica fascinado com toda a tecnologia, toda a possibilidade de cura. Mas no fim você percebe que a prevenção é sempre mais importante. E tem pouca gente fazendo.

Como era ser filho da doutora Zilda?

Não tem como eu falar da minha mãe sem falar no meu pai. Eu digo isso porque em 1973, quando eu mal e mal tinha 8 anos, ela foi passar três meses na Colômbia para estudar Pediatria Social. Depois teve um curso de um ano de Saúde Pública, viajando todos os fins de semana. Isso só para citar os mais longos. E o pai cuidava da gente, cinco filhos, mesmo sendo diretor da FAE e do Bom Jesus. Era um casal que trabalhava em conjunto.

E como era a vida nesse ambiente?

A nossa família sempre foi muito grande. Meus pais sempre tiveram a preocupação de que outras pessoas pudessem estudar. Princi­­palmente meu pai, que estudou em Campo Largo até o antigo primário. Depois, veio ficar com a irmã na casa de outras pessoas para fazer o curso. Muita gente vinha do interior morar com a gente. Houve uma época em que o almoço na nossa casa tinha 13 pessoas.

O senhor sempre faz questão, quando se fala da doutora Zilda, de falar de seu pai...

É. A própria mãe teve muito essa influência dele. E mesmo o falecimento dele, com o fato de ficar viúva com cinco filhos, em 1978, moldou muito o comportamento dela.

E quando seu pai faleceu, os filhos tiveram de ajudar em casa?

Eu brinco hoje com as minhas filhas. Uma delas queria saber se podia pegar o carro para dirigir dentro da chácara. E eu falei que não. Que eu só pude dirigir o carro com 18 anos. Agora, o trator eu dirigi desde os 14 [risos]. Porque eu moro em área rural. Tinha que arar, trabalhar na terra...

Se ser filho da Zilda Arns era conviver com uma celebridade, imagine ser sobrinho do cardeal dom Paulo Evaristo Arns...

D. Paulo também teve uma influência muito grande sobre a família e sobre mim em particular, até porque eu fui seminarista em 1979.

Mas não concluiu?

É... a gente conseguiu fechar o seminário, em Santo Amaro [risos]. Como o seminário fechou, voltei para casa. Até porque não era minha vocação. Mas isso propiciou um contato ainda maior com o cardeal. Ele sempre dizia que era importante ter um hobby. O dele era ler. E ele sempre perguntava para os sobrinhos qual era o hobby de cada um. Eu disse que o meu era cuidar dos animais. Ele pensou um pouco e disse: “Melhor do que o meu”. Porque se você está cansado, preocupado, e começa a ler, não tem gosto, não vai. E o animal, queira ou não tem de limpar, dar comida. Com isso, a gente desliga dos problemas.

O senhor também leva as filhas nos eventos da Pastoral, como sua mãe fazia?

Levo quando possível. Mas nenhuma escolheu Medicina. Acho que sou menos eficiente. [risos] Tem uma coisa importante nisso porque eu, na chácara, sempre tive a oportunidade de conviver com diversas classes sociais. No plantio, na colheita... Até é uma coisa interessante sobre a erradicação do trabalho infantil. Somos contra o trabalho infantil, claro. Mas acreditamos que a criança pode participar das atividades da família. Porque participar da colheita, do plantio é trabalho.

Mas também é cultura. Você vê o pessoal trabalhar, aprende, convive. E você aprende o óbvio: que pobre também é gente. Ficou muito marcada aquela história dos jovens de Brasília que mataram o índio. Eles disseram que não sabiam que era um índio, que acharam que era um mendigo. Como se tivesse diferença. Você acaba sendo criado hoje num apartheid social. Tem escola para rico e escola para pobre. Hospital para rico e hospital para pobre. Tem igreja para rico e igreja para pobre. E isso impõe uma limitação muito grande para conhecer as pessoas.

A sua família tem uma tradição religiosa muito forte. Como isso influenciou?

Eu tinha uma família pequena, só de 23 tios e tias... [risos] E vários eram religiosos, não só dom Paulo. Isso sempre foi muito importante, mas não só no sentido de cumprir o rito. Tem de entender o que está por trás do rito.

Teve algum momento de descrença?

Eu não diria de dúvida, mas de contestação. Quando eu morava na Água Verde, a paróquia era a de Santa Terezinha, que era da elite. Quando chegava no “Magnificat” [tradicional hino mariano católico], tem um trecho em que diz. “Derrubou dos seus tronos os poderosos”. Esse pedaço o pessoal pulava, não lia. E eu perguntava o porquê. Nesse sentido, até mesmo junto com dom Paulo, a gente ficava um pouquinho “mais à esquerda” do que a média.

Mas nunca chegou à Teologia da Libertação?

Em 1985, num dos cursos da Pastoral, eu conheci um franciscano alemão que trabalhava no Maranhão. E ele me convidou para ir lá conhecer o trabalho deles com medicina comunitária. Eu tinha que escolher entre fazer uma residência ou ir para lá. Acabei indo e fiquei impressionado. Naquela época, a Teologia da Libertação era muito forte e eles tinham realmente um compromisso intenso com a “opção preferencial pelos pobres”. Eles podiam estar em Berlim Ocidental, riquíssima, e estavam ali morando em casas de taipa em Bacabal.

O senhor ainda hoje anda de ônibus...

Eu venho de ônibus todo dia para o trabalho [de Campo Largo até as Mercês]. Tem de aproveitar que a cidade propicia um transporte coletivo de qualidade. De vez em quando a gente pega no horário de pico e não tem aquela qualidade que a gente queria. Mas vai. [risos] Sou um pouco daquela fase que o Lerner conseguiu imprimir um orgulho muito grande nos curitibanos, por ter uma prática diferenciada: uso do transporte coletivo, coleta do lixo, modelo sustentável. Uma vez estive numa reunião da Organi­­zação Mun­­dial da Saúde, em Genebra. Quando me apresentei e disse que era de Curitiba uma senhora falou: “Não é possível, até aqui ouço falar em Curitiba”.

A cidade piorou?

Às vezes, sinto um pouquinho de falta [da Curitiba dos anos 80]. Morava na Água Verde, ia a pé para o Hospital de Clínicas mais de uma vez por dia. Eu lembro que eu atravessava todas as ruas, até a Visconde de Guarapuava e nem olhava. Saía da calçada e sabia que o motorista, ao ver um pedestre atravessando, ia parar. Aqui, em frente à Pastoral, tem duas lombadas. Você faz sinal e o pessoal não para. E precisava disso, de voltar a ter o orgulho de uma cidade...

O que precisa para mudar isso?

Minha mãe sempre falava: para formar massa crítica você precisa de vários atores falando ao mesmo tempo. E manter a insistência até que o comportamento mude. Para qualquer mudança, é preciso ter conhecimento, atitude positiva e também a prática.

Como foram esses dois anos sem a doutora Zilda?

Quando o pai morreu, passou um temor na mãe que, assim como ele faltou do dia para a noite, ela podia faltar também. Virou um processo familiar. Ela sempre contava tudo para a gen­­te, mostrava onde estavam os documentos. A gente controlava a conta corrente. Se acontecesse algo com ela, ela queria que a gente tocasse a vida. Isso era muito forte nela. Tudo tinha que estar preparado quando ela faltasse. Na Pastoral, a mesma coisa. Ela ia numa reunião, voltava e contava tudo o que tinha acontecido. O outro aspecto é que ela era um pé de boi para trabalhar. Quando ela ia nos estados, colocavam duas coordenadoras se revezando para ir com ela. No fim do dia, as duas estavam cansadas. E ela, com 70 e poucos anos, estava inteira.

"Fonte" Gazeta do povo

PM é preso suspeito de chefiar quadrilha de traficantes em Curitiba

Operação aconteceu na manhã de sexta (23); ao todo, dez foram presos.
Detidos são suspeitos também de participar de dois assaltos na cidade.

Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – que inclui representantes do Ministério Público e das Polícias Civil e Militar - terminou com a prisão de dez pessoas em Curitiba, nesta sexta-feira (23).

Todos são suspeitos de integrar uma quadrilha de traficantes de drogas que atua na região do bairro Sítio Cercado. Dentre os presos, estão um policial militar e a mulher dele. O Gaeco acredita que os dois chefiavam a quadrilha.

Na casa do policial, foram apreendidas duas armas e carregadores com capacidade para até 120 disparos. Segundo o Gaeco, nos locais onde foram presas as outras pessoas mais armas foram encontradas, além de meio quilo de crack e R$ 15 mil em dinheiro.

As dez pessoas detidas também são suspeitas de envolvimento em pelo menos dois assaltos que aconteceram em Curitiba. Um seria de uma distribuidora de chope, na capital, em que 60 barris foram levados. Outro de um caminhão, que seria usado para transportar a carga.

Do G1 PR

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Antiga ocupação dá lugar a área preservada

A inauguração da praça Bela Vista do Passaúna, na semana passada no bairro São Miguel, representa o sucesso do modelo adotado pela Prefeitura de Curitiba no reassentamento de famílias de locais impróprios para moradia e recuperação ambiental de áreas degradadas. Ao todo, foram investidos no projeto R$ 9,18 milhões.

A atuação integrada da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente possibilitou que 349 famílias que viviam de forma precária em área de manancial recebessem moradias dignas, e o local onde habitavam irregularmente pôde ser totalmente recuperado, com plantio de grama e implantação de equipamentos esportivos e de lazer.

“O projeto de intervenção na vila Bela Vista do Passaúna foi o primeiro na cidade a completar todo o ciclo. As famílias foram retiradas da área de proteção ambiental e reassentadas em novas moradias construídas nas proximidades, enquanto o local que estava se deteriorando com a ocupação indevida foi revitalizado e hoje está à disposição da comunidade”, explica o secretário municipal de Habitação, Osmar Bertoldi.

Histórico - Em meados da década de 80 teve início a ocupação das proximidades do rio Passaúna - responsável por parte do abastecimento de água da população de Curitiba e Região Metropolitana. Além da precariedade habitacional, os moradores não contavam com infraestrutura e utilizavam ligações clandestinas de água e energia elétrica.

Por se tratar de área de proteção ambiental a única solução viável seria remover todas as famílias para outra localidade, para em seguida recuperar a área.

A Prefeitura adquiriu um terreno, no bairro Augusta – distante cerca de 1km da ocupação - onde foram construídas 349 novas unidades habitacionais em empreendimento com redes de água, esgoto, luz, drenagem e pavimentação asfáltica nas ruas. Ao final de 2009, todas as famílias já haviam sido reassentadas e receberam as escrituras de seus terrenos. Para atender os novos moradores foi construída uma creche próxima às moradias.

Recuperação ambiental – Após a retirada das famílias, para dar utilidade ao local e evitar uma nova ocupação foi implantada a Praça Bela Vista do Passaúna, a segunda maior da cidade com 31 mil metros quadrados, atrás apenas da Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, com 52 mil metros quadrados.

O espaço conta com quatro quadras de areia (duas para vôlei e duas para futebol), dois playgrounds, uma pista de skate, equipamentos de ginástica, uma área de estar com mesinhas e bancos e 1.400 metros de calçadas e pista de caminhada, além do plantio de grama e árvores nativas.

Para realizar o projeto completo foram investidos R$ 9,18 milhões – recursos da Prefeitura, Caixa Econômica Federal e Fonplata (órgão financeiro com atuação nos países da bacia do rio da Prata).

Beneficiados - O casal de aposentados Pedro Alves, 68, e Maria de Jesus, 54, foi atendido com uma casa nova após viverem por 18 anos de forma precária na ocupação irregular. “Eu vivia mal, com gripe, tossindo. Devia ser por causa do jeito que a gente vivia, no meio dos ratos, da sujeira, com a casa de madeira apodrecendo. Aqui na casa nova é uma maravilha, somos muito felizes. Daqui eu só saio quando Deus me chamar”, diz Maria.

Outra que está contente com o novo estilo de vida é a dona de casa Vera Lúcia Fermino, 60 anos, que assim como a vizinha Maria recebeu a casa nova em 2009. “Morei por 14 anos na vila, era muito difícil, porque não tinha estrutura para nada. Aqui estamos no céu, além da casa ser ótima, temos ônibus perto, creche, Armazém da Família onde faço minhas compras. A Prefeitura está de parabéns pelo trabalho que fez com nossa comunidade”, afirma.

Com relação à nova praça, as duas vizinhas concordam. “Ficou linda demais”, disse Maria. “Está maravilhosa, adoro vir passear aqui no fim da tarde”, completou Vera, acompanhada do neto Maicon.

“Ali, do lado daquela árvore era o meu barraco”, apontou Maria e em seguida emendou: “eu chegava a sonhar com o dia da mudança, nós sofremos muito. Mas agora a vida é outra, em vez de barracos temos casas boas e esta praça bonita. O sonho se realizou”.
"Fonte" ANPC

Trânsito é intenso na saída de Curitiba para o interior do Paraná

Trânsito era intenso no sentido Curitiba-Campo Largo no ínicio da tarde desta sexta-feira

Rodonorte estima que cerca de 50 mil veículos passem pela praça de pedágio de São Luiz do Purunã ao longo desta sexta-feira (23)

As BRs 277 e 376, que ligam o interior do Paraná a Curitiba, registravam tráfego intenso na tarde desta sexta-feira (23). De acordo com a Rodonorte, concessionária que administra o trecho, desde as primeiras horas da manhã o movimento de veículos que seguiam no sentido interior era alto. Durante a tarde, o fluxo passou a ser intenso em ambos os sentidos e a expectativa é que aumente mais no sentido Curitiba no período da noite.

Segundo a Rodonorte, há uma estimativa que 50 mil veículos passem pela praça de pedágio em São Luis do Purunã, na região dos Campos Gerais, só nesta sexta-feira. Se esse número for alcançado, o trecho vai registrar o novo recorde de movimento em um dia, superaando o Natal do ano passado, quando 49.265 veículos passaram pelo local.

Do início da manhã até o começo da tarde, o trânsito era mais intenso no trecho de 40 quilômetros entre Curitiba e a divisa da rodovia entre BR-277 e BR-376, em São Luiz do Purunã. Cerca de três mil veículos circulavam por hora nos dois sentidos, mas aproximadamente 2,1 mil (70%) no sentido interior.

No meio da tarde o fluxo era similar, mas apresentava um equilíbrio entre a quantidade de veículos que seguia para o interior (55%) e para Curitiba (45%). A Rodonorte informa que no sentido Curitiba o tráfego deve se intensificar durante a noite em função do número de pessoas que deixaram as cidades do interior com destino a capital no início do dia.

A concessionária estima que 1,5 milhão de pessoas passem pelo pedágio de São Luiz do Purunã no período entre sexta-feira e domingo (25).

A Rodonorte orienta que em caso de colisões leves e sem vítimas os motoristas retirem os veículos da pista ou sigam até o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mais próximo para evitar congestionamento.

Para mais informações sobre as condições da rodovia a concessionária disponibiliza o telefone 0800-42-1500.

"Fonte" Gazeta do Povo

'Tem que ter paciência', diz policial rodoviário sobre estradas no Paraná

BR-277, sentido litoral, na região de Curitiba
(Foto: Divulgação/Ecovia)

Trânsito nas estradas deve melhorar a partir das 22h, segundo PRF.
Motoristas encontram pontos de lentidão em BRs que cortam o estado.

A partir desta sexta-feira (23) o trânsito nas estradas que passam pelo Paraná começa a ficar intenso por causa dos feriados de Natal e de Ano Novo. Nesta manhã, até as 10h48, havia três pontos de lentidão. Um entre os quilômetros 94 e 71, no contorno leste, na BR-116, e os outros na BR-277, próximo a Serra de São Luiz do Purunã.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em todas as rodovias do estadoo trânsito será delicado nesta sexta-feira. A orientação para os motoristas terem paciência. " Se saiu [de casa] hoje, tem que ter paciência", afirmou o policial rodoviário federal Eder Carvalho.

Na BR-166 a lentidão chega a dez quilômetros. Houve um acidente entre duas carretas às 4h desta sexta-feira e apesar das pistas estarem liberadas, a curiosidade dos motoristas provoca lentidão na via.

Na BR-277 o trânsito está lento entre os quilômetros 125 e 133 por causa do excesso de veículos. Já no quilômetro 106, a lentidão foi motivada por um acidente, que não foi grave, de acordo com a concessionária que administra o trecho. Aproximadamente três mil veículos por hora passam pela BR-277 no trecho interior-capital. Apenas para esta sexta-feira, a estimativa é de 53 mil veículos.

No sentido litoral, na BR-277, não tem congestionamentos, entretanto, o trânsito está intenso. Pelo menos 16 mil veículos devem deixar a capital rumo às praias. A previsão da concessionária é de que a quantidade máxima de veículos seja regsitrada entre às 13h e às 16h desta sexta-feira, com 1,2 mil carros – movimento duas vezes maior que em dias normais.

Na BR-376, que liga o estado do Paraná ao de Santa Catarina, não houve registro de acidentes e, assim como nas demais rodovias, o trânsito é considerado intenso.

"Fonte" G1 Paraná

[ Perigo na estrada ] Desatenção em 36% dos acidentes

Um dos pontos críticos da BR-376, que liga Curitiba a Santa Catarina, fica na Serra do Mar, sentido Florianópolis. Na foto, acidente ocorrido em novembro deste ano

A falta de atenção de motoristas ao volante é a principal causa de colisões em rodovias federais durante a temporada de verão. Faltam ações de educação para coibir problema

Quase quatro em cada dez acidentes registrados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na última temporada de verão (de dezembro de 2010 a fevereiro deste ano) tiveram como causa presumida a falta de atenção. Das 5,7 mil ocorrências do período no Paraná, cerca de 2 mil estiveram relacionadas a fatos que fizeram os motoristas se distraírem ao volante. Mais do que alertar para manter o cuidado nas estradas, os dados ilustram o desconhecimento do brasileiro nas medidas de segurança e mostram a dificuldade em perceber os riscos inerentes à direção, fruto de uma educação falha para o trânsito.

Chefe do Núcleo de Comuni­­cação da PRF no estado, Wilson Martinez estima que 95% dos acidentes são causados por falha humana. “A falta de atenção é apenas uma dessas causas. Isso significa que 95% das ocorrências poderiam ser evitadas”, afirma. A PRF fiscaliza 3,4 mil quilômetros de estradas no Paraná. A distração não se trata de um problema exclusivo brasileiro, mas de todo o globo, na avaliação do consultor de Segurança em Programas de Trânsito J. Pedro Corrêa. “O advento do celular e o uso das mensagens de texto enquanto se dirige aumentaram a preocupação das autoridades de trânsito de todo o mundo.”

A diminuição dos riscos passa necessariamente pela criação de programas específicos de educação para o trânsito, que contemplem campanhas de conscientização. “Ainda não temos uma educação básica no país e uma cultura de segurança devidamente estratificada. Jamais na história brasileira, a palavra segurança teve prioridade para o governo”, explica Corrêa. “O governo vai ter de assumir sua responsabilidade para ensinar as atuais gerações a darem valor à vida”, diz a coordenadora do grupo de Pesquisa em Trânsito e Transporte Sustentável da UFPR, Alessandra Bianchi.

Alessandra alerta para um fator que ajuda a explicar o elevado índice de desvios de foco. “Imagine que tenha sofrido um acidente na estrada. É mais fácil admitir que estava acima do limite de velocidade ou desatento?”, questiona. Conforme a PRF, as causas presumidas são identificadas pelos agentes e, quando não há razão clara, são enquadradas no critério “outras” (veja infográfico nesta página). Ela cita o excesso de velocidade, terceira razão no ranking da PRF, como um dos fatores primordiais das ocorrências. “A desatenção é, na verdade, falta de tempo para a reação causada pelo excesso de velocidade”, esclarece.

Década de segurança

Embora o Brasil esteja participando da Década de Segurança no Trânsito (2011-2020), coordenada pela Organização das Nações Unidas, há o temor de que as ações não diminuam os óbitos causados por acidentes de trânsito – aproximadamente 35 mil brasileiros morrem por ano nas estradas e ruas brasileiras. Embora os índices lembrem os de uma guerra, os atores do trânsito continuam a se comportar de forma equivocada. “Falta educação não só para o mo­­torista brasileiro, mas para todos os usuários de rodovias, como pedestres, ciclistas e motociclistas”, diz Martinez, da PRF.

De acordo com Corrêa, as ações de segurança para o trânsito começaram a ser discutidas em 2001, mas o país não se preparou para, de fato, combater o problema. “Esperava-se que, nos anos que an­­tecederam a década, fosse programado grande plano de execução, o que não ocorreu”, critica. “Para mudar esse panorama, seria necessária a existência de uma agência de trânsito, com ligação direta à Presidência da República, com capacidade de mobilizar todos os ministérios do governo”, sugere.

Litoral concentra áreas de risco

Dos dez pontos concentradores de acidentes na temporada de verão, segundo a Polícia Rodo­­viária Estadual (PRE), cinco estão diretamente relacionados com o movimento de veículos no sentido ao Litoral. Três envolvem a PR-412 (que liga as praias paranaenses) e dois a PR-407 (que também conecta distritos litorâneos). Entre os locais de maior risco listados pela Polícia Rodoviária Federal, a serra para o litoral de Santa Catarina aparece na 5.ª colocação. De acordo com o tenente Sheldon Keller Vortolin, chefe de Operações da PRE, o fato de as rodovias do Litoral do estado não serem duplicadas não interfere nos índices. “Problemas mecânicos e da rodovia não chegam a 10% das ocorrências. Se fosse duplicada, haveria mudança no tipo de acidente, diminuindo as ocorrências de colisão frontal, mas com maior incidência de excesso de velocidade”, afirma. Para Alessandra Bianchi, coordenadora do grupo de Pesquisa em Trânsito e Trans­­porte Sustentável da UFPR, a percepção de risco dos condutores precisa ser trabalhada. “O acidente não pode ser evitado, mas pode haver diminuição do que vem acontecendo no trânsito do país. O risco é real”, diz.

"Fonte" Gazeta do Povo