sexta-feira, março 20, 2015

Inícios de década provocam-nos uma crise existencial

Cada vez que se aproxima uma nova década da nossa idade - ou seja, aos 29, 39, 49 e por aí fora – instala-se muitas vezes uma crise existencial que nos leva a repensar o sentido da vida, diz estudo. E isto pode condicionar-nos o comportamento.
Adam Alter, na Universidade de Nova York, e Hal Hershfield, da Universidade da Califórnia fizeram uma revisão de literatura científica que concluiu que os adultos, com a aproximação de uma nova década de vida, tendem a ter crises existenciais. Umas vezes isso tem um impacto construtivo no nosso comportamento, outras destrutivo. Os investigadores concluíram-no ao olhar para vários estudos científicos sobre valores e atitudes, exercício, casos extraconjugais e o suicídio.
Um dos primeiros dados avaliados pelos autores foram os da World Values Survey http://www.worldvaluessurvey.org/wvs.jsp referentes a 42.063 adultos de mais de 100 países, tendo concluído que as pessoas que estavam a entrar numa nova década das suas vidas questionam mais se a estão a viver com algum sentido. Depois, ao debruçarem-se sobre dados de um site de namoro para relações extraconjugais, acedendo a dados de cerca de 8 milhões de utilizadores, perceberam que os homens de 29, 39, 49 e 59 anos tinham cerca de 18 por cento mais de propensão para se registarem do que os das outras idades.
Também as taxas de suicídios por 100.000 indivíduos em todos os EUA - de 2000 a 2011 – foram 2,4 por cento maiores entre os indivíduos com idade a terminar em 9 do que entre as pessoas de outras idades. 
Por fim, Alter e Hershfield também concluíram que as implicações da aproximação de uma nova década também podem ser significativas do ponto de vista de consumo. “ A pesquisa sugere que as pessoas que estão a aproximar-se do fim de uma década podem ser mais propensas a fazer compras grandes, como investir um seguro de vida, comprar ações na bolsa, ou fazer a tão sonhada cirurgia estética”, referem. 

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