sexta-feira, maio 18, 2012

Câmara ainda não sabe o que fazer com excesso de comissionados


A Câmara de Curitiba ainda não está obedecendo à recomendação do Ministério Público (MP) de reduzir o número de comissionados na Casa. De acordo com o segundo-secretário da Casa, Caíque Ferrante (PRP), a solução para esse problema ainda depende da avaliação do processo de recadastramento dos funcionários da Casa, que foi encerrado na última terça-feira. A expectativa é que os números sejam anunciados na semana que vem.
No ano passado, o Su­premo Tribunal Federal (STF) decidiu que o número de funcionários comissionados em órgãos públicos não poderia ultrapassar o número de servidores concursados. A decisão foi tomada após ação contra a Câmara de Blumenau, em Santa Catarina. Motivado por essa decisão, o MP expediu uma recomendação, em 29 de fevereiro, para que a Câmara de Curitiba equilibrasse seu quadro de funcionários até o dia 28 de maio. Na época, a Casa contava com 541 comissionados e apenas 228 efetivos.
Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Henry Milleo/ Gazeta do Povo / O tucano disse que está passando por problemas de saúdeAmpliar imagem
O tucano disse que está passando por problemas de saúde
Presidência
João Cordeiro, o João do Suco, pede para se afastar por 12 dias do Legislativo
O presidente da Câmara de Curitiba, João Luiz Cordeiro (PSDB), o João do Suco, pediu licença do cargo de vereador por 12 dias, até o próximo dia 28 de maio. O vereador está em tratamento de saúde. Além de Cordeiro passar por problemas pessoais de saúde, a mãe do vereador também está internada em tratamento intensivo.
O vice-presidente Sabino Picolo (DEM) assume a presidência do Legislativo. Ele comandou a Casa entre o pedido de afastamento do ex-presidente João Cláudio Derosso (sem partido), em novembro do ano passado, e a eleição de Cordeiro para a presidência, em março deste ano. A cadeira de João do Suco no plenário não será ocupada, uma vez que o suplente só assume em licenças superiores a 120 dias. Segundo fontes próximas ao presidente licenciado da Casa, o motivo do afastamento seria stress por excesso de trabalho, que foi agravado pelos problemas de saúde em sua família.

Em março, o então presidente licenciado João Cláudio Derosso (sem partido) renunciou ao cargo e João Luiz Cordeiro (PSDB) foi eleito para substituí-lo até o fim deste ano. Uma das primeiras medidas do novo presidente foi instituir o recadastramento dos funcionários da Casa, feito entre 3 de abril e 15 de maio. Encerrado esse processo, a Câmara rediscutiria com o MP a melhor forma de se ajustar às exigências.
Entretanto, os números do recadastramento ainda não foram anunciados pela direção da Casa, que se reunirá hoje para tratar do assunto. Segundo Ferrante, no início da semana que vem, os dados do recadastramento serão anunciados. Ele se diz otimista com a negociação com o MP. “Há uma predisposição [da Mesa Executiva] para achar uma solução em comum com o MP que atenda a lei e não traga prejuízos para a Casa”, afirma. Dos 541 funcionários comissionados, a maioria estava lotada nos gabinetes dos vereadores.
Assembleia
A decisão do STF motivou ações contra diversas câmaras municipais, mas não afetou a Assembleia Legislativa. Apesar de a decisão valer para todos os legislativos, o MP não ingressou nenhuma ação contra o parlamento estadual. Segundo dados do portal da transparência da Casa, há 1.202 funcionários, dos quais 767 lotados em gabinetes e 114 nas lideranças, contra apenas 490 efetivos.
O presidente da Casa, Valdir Rossoni (PSDB), afirmou que, em seu entendimento, apenas os funcionários da administração da Casa devem ser levados em consideração nessa decisão, e que esse entendimento é semelhante ao do Congresso Nacional. Nesse caso, há menos comissionados que efetivos. O deputado afirma também que a estrutura da Assembleia é muito mais complexa do que a da maioria das câmaras do Paraná, que se reúnem, em muitos casos, semanalmente. Portanto, as exigências em relação à estrutura de cargos não podem ser as mesmas.
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Explicação de Foz do Iguaçu será entregue hoje à Justiça
Fabiula Wurmeister, da sucursal
A realização de um concurso público para o preenchimento de 17 cargos na Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, deve amenizar, mas não resolve o problema do excesso de cargos comissionados. Até março, eram 75 comissionados – dos quais 60 assessores – contra 32 servidores efetivos. Essa desproporcionalidade fez com que a Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Foz do Iguaçu ingressasse com uma ação civil pública contra o Legislativo local exigindo que o quadro de funcionários seja adequado.
Na ação apresentada no final de fevereiro, o promotor Marcos Cristiano Andrade pedia que fosse concedida liminar determinando que a Câmara Municipal exonerasse, no prazo de 30 dias, os comissionados excedentes. “O Supremo Tribunal Federal limita essa proporção em um para um, mas o que vemos é que os responsáveis simplesmente ignoram esta regra”, apontou ele, ao destacar que a exoneração dos “contratados irregularmente” permitiria uma economia de cerca de R$ 215 mil por mês aos cofres públicos, mais de R$ 2,8 milhões por ano.
A Câmara de Vereadores deve apresentar defesa à Justiça hoje sustentando que não há lei que exija a proporcionalidade. Para o presidente da Casa, Edílio Dall’Agnol, os assessores são essenciais à manutenção da estrutura da Câmara, que já chegou a ter 21 vereadores e hoje tem 15. Uma recomendação expedida em dezembro pelo Ministério Público já havia solicitado que os vereadores observassem a correlação entre os cargos comissionados e efetivos, providenciando os ajustes necessários até o dia 31 de dezembro de 2011, o que não aconteceu.
    Fonte: Gazeta do Povo 19/05/2012

quinta-feira, maio 17, 2012

'Ele não teve como se defender', diz jovem que viu agressão em bar do PR


Uma jovem, que preferiu não se identificar, afirmou em entrevista à RPC TV que estava na fila quando ocorreu o incidente com o estudante de economia que foi agredido no dia 6 de maio. O caso ocorreu em casa noturna de Curitiba quando o rapaz tentava pagar a conta do estabelecimento.
"Eu estava na fila bem perto da porta de saída esperando para entrar e vi quando ele saiu do bar e o segurança foi atrás dele falando que ele tinha que carimbar um papel. Ouvi também que ele disse que já estava voltando".
"O homem pediu mais uma vez para ele voltar e, nisso, o menino tentou andar um pouco mais rápido e o segurança já pulou em cima dele e eles ficaram caídos na calçada", complementou a mulher.
O estudante foi internado na Clínica de Fraturas Novo Mundo, na capital, e precisou amputar a perna para evitar infecções. Ele recebeu alta na terça-feira (15) e passa por tratamento psicológico.
Achei horrível. O segurança tinha que dar segurança para a gente e não agredir o rapaz como ele agrediu"
Testemunha que não quis se identificar
A jovem disse também que o segurança, que segundo ela pesava cerca de 100 quilos, ficou um tempo ainda em cima do estudante segurando a cabeça dele e esfolando o nariz na calçada, que já estava sangrando. "Foi violento e foi bem rápido também. Percebi que ele não teve como se defender de jeito nenhum". 
"Achei horrível. O segurança tinha que dar segurança para a gente e não agredir o rapaz como ele agrediu".
Ainda segundo a testemunha, ninguém da casa noturna chamou o socorro, quem acionou a polícia foi uma menina que estava atrás dela na fila. "Depois disso, veio um outro segurança de dentro do local e levou o estudante para dentro do estabelecimento, todo ensanguentado".
A jovem prestou depoimento à polícia na manhã desta quarta-feira (16).
Uma outra testemunha, que também estava na fila, disse que não viu nenhuma agressão. "Vi que ele começou a correr de depois de uns 15 a 20 metros e tropeçou. Eu acredito que isso tenha acontecido perto da entrada de carros que tinha um pouco para a frente. O porteiro vinha logo trás tentando alcançá-lo. Aí ele desabou na frente do porteiro e ele desabou em cima dele". O rapaz prestou depoimento na terça-feira (15).
Entenda o caso
O estudante  foi até a casa noturna na madrugada de domingo (6) e consumiu R$ 60. Na hora de pagar a conta, segundo o advogado dele, o cartão bancário não teria passado. Sem dinheiro, ele teria se oferecido a entregar o celular ou um documento de identidade. A defesa afirma que o jovem foi agredido pelos seguranças.
A versão da casa noturna é diferente. De acordo com o advogado do bar, ele tentou sair sem pagar a conta. Por esse motivo, os seguranças tentaram contê-lo. Em dado momento, ele e um segurança caíram no chão. No momento do tombo, ele teria quebrado a perna.
O pai da jovem disse que a família está chocada com a situação. "Nossos corações estão machucados, não há justificativa (...) não há nada que justifique essa violência".
Local já tinha reclamaçõesUm outro rapaz relatou ter sido agredido na mesma casa noturna em setembro de 2010. Ele contou que a agressão ocorreu depois que ele tentou pagar a conta adiantada para evitar filas na hora de ir embora. "Eles não queriam permitir que eu pagasse minha conta e permanecesse na casa. Não aceitaram meu dinheiro ou cartão. Um segurança me esmagou na parede na frente de todos por cerca de 20 minutos".
O jovem explicou que chegou a abrir um Boletim de Ocorrência, mas que não processou o estabelecimento por falta de testemunhas.

quarta-feira, maio 16, 2012

Lei de Acesso à Informação entra em vigor hoje

A partir desta quarta-feira (16/05), começa a vigorar no Brasil a Lei de Acesso à Informação Pública, Lei nº 12.527/2011. Com a Lei em vigor, qualquer pessoa pode ter, a partir de agora, acesso a documentos e informações que estejam sob a guarda de órgãos públicos, em todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e níveis de governo (União, Estados, Municípios e Distrito Federal).

Todos os órgãos públicos deverão fornecer os dados solicitados no prazo de 20 dias, prorrogáveis por mais 10, sem que haja necessidade de o requerente justificar o pedido. Ou seja, todas as informações produzidas ou custodiadas pelo poder público e não classificadas como sigilosas são consideradas públicas e, portanto, acessíveis a todos os cidadãos.

Para exercer o direito regulamentado pela Lei, os interessados não precisarão, necessariamente, dirigir-se ao Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) do respectivo órgão, que será a unidade responsável pelo recebimento, processamento, gerenciamento e envio da resposta aos pedidos de acesso à informação e pela orientação dos cidadãos. Isso porque os pedidos também poderão ser feitos de forma eletrônica, por meio da Internet (www.acessoainformacao.gov.br).

A Controladoria-Geral da União (CGU), órgão encarregado de monitorar a implementação da Lei no âmbito do Poder Executivo Federal, disponibiliza, também a partir de hoje, sistema eletrônico de registros de entradas e saídas de pedidos de acesso à informação, além de formulário padrão para a requisição. O sistema, batizado de e-SIC, será fundamental para que os gestores públicos administrem as demandas recebidas e possam controlar os prazos de atendimento dos pedidos.

O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, considera que a nova lei “é o primeiro passo de uma revolução na relação entre a sociedade e o setor público". Segundo ele, trata-se de um instrumento fundamental para a consolidação da democracia no País, pois a nova lei regulamenta princípio constitucional segundo o qual o cidadão é o verdadeiro dono da informação pública, enquanto a Administração Pública é apenas sua depositária.

Publicidade é regra

Entre os princípios mais importantes da Lei, está o de que a publicidade e a transparência das informações é a regra, e o sigilo, a exceção.

Além de regulamentar a forma de fazer o pedido e os prazos dados aos órgãos para atendimento à solicitação, a Lei de Acesso à Informação prevê ainda que a Administração Pública deve promover a divulgação proativa de informações, com a disponibilização, na Internet, independentemente de requisição.

No caso do Governo Federal, todos os ministérios terão, a partir de amanhã, uma página em seus sítios na Internet chamada Acesso à Informação, que poderá ser acessada por meio de um selo padronizado, contendo a letra “i”. Nessa página, estarão reunidos dados sobre as competências, estrutura organizacional, autoridades, endereços e telefones do órgão; principais programas e ações; orçamento e despesas; licitações e contratos; além do próprio acesso ao sistema e-SIC.

Implementação

O processo de implementação da Lei nº 12.527/2011 foi coordenado pela CGU e pela Casa Civil da Presidência da República, durante os seis meses de preparação disponíveis desde que a Lei foi sancionada. Entre todos os países que já implantaram uma lei dessa natureza, o menor prazo para essa preparação foi o brasileiro: outros países, como o Reino Unido, por exemplo, tiveram prazo de até cinco anos.

No âmbito do Executivo Federal, o governo fez grande esforço para atender as determinações da nova Lei e providenciar a implantação de sistemas informatizados, a realização de cursos de capacitação e treinamento de centenas de servidores, a criação de serviços de atendimento ao cidadão, entre muitas outras tarefas. Todos os órgãos e entidades tiveram de designar autoridade responsável pela implementação da Lei e constituir Grupo de Trabalho para planejar e coordenar a execução das providências.

A CGU ofereceu, nos últimos meses, a primeira etapa de uma capacitação presencial sobre a Lei de Acesso à Informação para os servidores que atuarão nos SIC. Os treinamentos contaram com a participação de mais de 600 pessoas, de 36 órgãos, 47 estatais e 75 entidades. No total, foram 11 turmas. Para o segundo semestre, está prevista nova etapa desse treinamento.

A CGU também promoveu um curso de capacitação a distancia (EaD), denominado “Rumo a uma cultura de acesso à informação: a Lei 12.527/2011". A 1ª edição do curso contou com a participação de 810 servidores federais. A próxima turma inicia-se no dia 22 de maio. A intenção é ofertar, até o final de 2012, 13 turmas, para mil servidores por cada vez, totalizando 13 mil servidores federais treinados.

Marco histórico

O debate sobre a regulamentação do direito de acesso à informação no Brasil surgiu no Conselho de Transparência da CGU, no âmbito do qual foi elaborada proposta de anteprojeto de lei encaminhada à Casa Civil da Presidência da República. Essa proposta deu origem a todo o processo de tramitação e aprovação da Lei de Acesso.

O ministro Jorge Hage sustenta que “a lei paga uma dívida de mais de 20 anos com o povo brasileiro e resgata também importante compromisso assumido pelo Brasil perante a comunidade internacional, já que somos signatários de convenções que reconhecem esse direito dos cidadãos”.

“Essa importante conquista da sociedade brasileira é o coroamento de uma caminhada de vários anos, que exigiu muito esforço de amplos setores do Governo Federal, do Congresso Nacional e de muitas organizações da sociedade civil brasileira”, conclui.

Principais pontos da Lei de Acesso à Informação

- Princípios gerais

• A publicidade é a regra, e o sigilo, a exceção;
• A informação deve ser franqueada de forma ágil, transparente, clara e de fácil compreensão;
• A divulgação de informações de interesse público independe de solicitações;
• A gestão da informação deve ser transparente e propiciar o amplo acesso.

- Quem deve cumprir

• Órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta (inclui empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União).
• Entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos.

- Requerimentos de Informações

• Requerimentos não precisam ser motivados. 
• Prazo para resposta é de 20 dias, prorrogáveis por mais 10, desde que justificadamente.
• O fornecimento das informações é gratuito. Apenas cópias de documentos poderão ser cobradas.
• Negativa de acesso deve ser motivada, cabendo recurso quanto no âmbito do próprio órgão.
• Indeferido o recurso interno, caberá novo recurso à CGU.
A partir desta quarta-feira (16/05), começa a vigorar no Brasil a Lei de Acesso à Informação Pública, Lei nº 12.527/2011. Com a Lei em vigor, qualquer pessoa pode ter, a partir de agora, acesso a documentos e informações que estejam sob a guarda de órgãos públicos, em todos os poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e níveis de governo (União, Estados, Municípios e Distrito Federal).

Todos os órgãos públicos deverão fornecer os dados solicitados no prazo de 20 dias, prorrogáveis por mais 10, sem que haja necessidade de o requerente justificar o pedido. Ou seja, todas as informações produzidas ou custodiadas pelo poder público e não classificadas como sigilosas são consideradas públicas e, portanto, acessíveis a todos os cidadãos.

Para exercer o direito regulamentado pela Lei, os interessados não precisarão, necessariamente, dirigir-se ao Serviço de Informações ao Cidadão (SIC) do respectivo órgão, que será a unidade responsável pelo recebimento, processamento, gerenciamento e envio da resposta aos pedidos de acesso à informação e pela orientação dos cidadãos. Isso porque os pedidos também poderão ser feitos de forma eletrônica, por meio da Internet (www.acessoainformacao.gov.br).

A Controladoria-Geral da União (CGU), órgão encarregado de monitorar a implementação da Lei no âmbito do Poder Executivo Federal, disponibiliza, também a partir de hoje, sistema eletrônico de registros de entradas e saídas de pedidos de acesso à informação, além de formulário padrão para a requisição. O sistema, batizado de e-SIC, será fundamental para que os gestores públicos administrem as demandas recebidas e possam controlar os prazos de atendimento dos pedidos.

O ministro-chefe da CGU, Jorge Hage, considera que a nova lei “é o primeiro passo de uma revolução na relação entre a sociedade e o setor público". Segundo ele, trata-se de um instrumento fundamental para a consolidação da democracia no País, pois a nova lei regulamenta princípio constitucional segundo o qual o cidadão é o verdadeiro dono da informação pública, enquanto a Administração Pública é apenas sua depositária.

Publicidade é regra

Entre os princípios mais importantes da Lei, está o de que a publicidade e a transparência das informações é a regra, e o sigilo, a exceção.

Além de regulamentar a forma de fazer o pedido e os prazos dados aos órgãos para atendimento à solicitação, a Lei de Acesso à Informação prevê ainda que a Administração Pública deve promover a divulgação proativa de informações, com a disponibilização, na Internet, independentemente de requisição.

No caso do Governo Federal, todos os ministérios terão, a partir de amanhã, uma página em seus sítios na Internet chamada Acesso à Informação, que poderá ser acessada por meio de um selo padronizado, contendo a letra “i”. Nessa página, estarão reunidos dados sobre as competências, estrutura organizacional, autoridades, endereços e telefones do órgão; principais programas e ações; orçamento e despesas; licitações e contratos; além do próprio acesso ao sistema e-SIC.

Implementação

O processo de implementação da Lei nº 12.527/2011 foi coordenado pela CGU e pela Casa Civil da Presidência da República, durante os seis meses de preparação disponíveis desde que a Lei foi sancionada. Entre todos os países que já implantaram uma lei dessa natureza, o menor prazo para essa preparação foi o brasileiro: outros países, como o Reino Unido, por exemplo, tiveram prazo de até cinco anos.

No âmbito do Executivo Federal, o governo fez grande esforço para atender as determinações da nova Lei e providenciar a implantação de sistemas informatizados, a realização de cursos de capacitação e treinamento de centenas de servidores, a criação de serviços de atendimento ao cidadão, entre muitas outras tarefas. Todos os órgãos e entidades tiveram de designar autoridade responsável pela implementação da Lei e constituir Grupo de Trabalho para planejar e coordenar a execução das providências.

A CGU ofereceu, nos últimos meses, a primeira etapa de uma capacitação presencial sobre a Lei de Acesso à Informação para os servidores que atuarão nos SIC. Os treinamentos contaram com a participação de mais de 600 pessoas, de 36 órgãos, 47 estatais e 75 entidades. No total, foram 11 turmas. Para o segundo semestre, está prevista nova etapa desse treinamento.

A CGU também promoveu um curso de capacitação a distancia (EaD), denominado “Rumo a uma cultura de acesso à informação: a Lei 12.527/2011". A 1ª edição do curso contou com a participação de 810 servidores federais. A próxima turma inicia-se no dia 22 de maio. A intenção é ofertar, até o final de 2012, 13 turmas, para mil servidores por cada vez, totalizando 13 mil servidores federais treinados.

Marco histórico

O debate sobre a regulamentação do direito de acesso à informação no Brasil surgiu no Conselho de Transparência da CGU, no âmbito do qual foi elaborada proposta de anteprojeto de lei encaminhada à Casa Civil da Presidência da República. Essa proposta deu origem a todo o processo de tramitação e aprovação da Lei de Acesso.

O ministro Jorge Hage sustenta que “a lei paga uma dívida de mais de 20 anos com o povo brasileiro e resgata também importante compromisso assumido pelo Brasil perante a comunidade internacional, já que somos signatários de convenções que reconhecem esse direito dos cidadãos”.

“Essa importante conquista da sociedade brasileira é o coroamento de uma caminhada de vários anos, que exigiu muito esforço de amplos setores do Governo Federal, do Congresso Nacional e de muitas organizações da sociedade civil brasileira”, conclui.

Principais pontos da Lei de Acesso à Informação

- Princípios gerais

• A publicidade é a regra, e o sigilo, a exceção;
• A informação deve ser franqueada de forma ágil, transparente, clara e de fácil compreensão;
• A divulgação de informações de interesse público independe de solicitações;
• A gestão da informação deve ser transparente e propiciar o amplo acesso.

- Quem deve cumprir

• Órgãos e entidades da Administração Direta e Indireta (inclui empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União).
• Entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos.

- Requerimentos de Informações

• Requerimentos não precisam ser motivados. 
• Prazo para resposta é de 20 dias, prorrogáveis por mais 10, desde que justificadamente.
• O fornecimento das informações é gratuito. Apenas cópias de documentos poderão ser cobradas.
• Negativa de acesso deve ser motivada, cabendo recurso quanto no âmbito do próprio órgão.
• Indeferido o recurso interno, caberá novo recurso à CGU.

Assessoria de Comunicação Social

"FONTE" CGU




terça-feira, maio 15, 2012

Três ruas do São Francisco terão sentido único a partir de terça-feira


O trânsito no bairro São Francisco, em Curitiba, terá mudanças a partir da tarde de terça-feira (15). As ruas Portugal, Celestino Júnior e General Raul Munhoz ficarão em sentido único a partir das 15 horas. As vias que irão sofrer alterações localizam-se nas proximidades do Cemitério Municipal.
A Rua Portugal terá sentido único entre as Quari e Inácio Lustosa. No caso da Rua Celestino Júnior, a mão única será implantada entre as ruas Quari e a Portugal. 

A Travessa General Raul Munhoz passará a ficar em sentido único entre as ruas Inácio Lustosa e Quari.
Agentes da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) estarão no São Francisco na terça-feira para orientar os motoristas.
De acordo com a prefeitura de Curitiba, as alterações irão melhorar a fluidez do tráfego na região e aumentar a segurança no trânsito.
Confira as alterações no São Francisco no mapa abaixo:
Visualizar Mudanças no bairro São Francisco em um mapa maior
    Fonte: gazeta do Povo 15/05/2012

segunda-feira, maio 14, 2012

Hegemonia Alviverde


Depois de quase 40 anos, o Coritiba é tricampeão paranaense pela segunda vez em 102 anos de história, repetindo o feito de 1971/72/73. O retrospecto das três conquistas consecutivas não deixa qualquer dúvida sobre a atual superioridade alviverde no estado: em 66 partidas, 51 vitórias, 13 empates e apenas 2 derrotas.

Tricampeonato
Campeão 2010: 24 jogos, 16 vitórias, 7 empates e uma derrota.
Bicampeão 2011: 22 jogos, 20 vitórias e 2 empates.
Tricampeão 2012: 24 jogos, 16 vitórias, 7 empates e uma derrota.
Craque: Vanderlei
Decisivo, durante a partida, não teve sustos quando precisou ser acionado e teve dia de goleador ao defender o pênalti de Guerrón, decisivo para o título coxa-branca.
Bonde: Guerrón
Teve um bom primeiro tempo, sendo o mais ofensivo do Atlético, apesar de bem marcado por Emerson e Lucas Mendes. Caiu de produção no segundo tempo, mas teve a cobrança de pênalti defendida.
Guerreiro: Gil
Improvisado na lateral direita coxa-branca, o volante foi a válvula de escape do time na criação das jogadas ofensivas, sem deixar de apoiar a defesa.

  • O triunfo coroou o melhor time do Estadual. Nos 22 compromissos pelos dois turnos, foram 16 vitórias, 5 empates e 1 derrota. O campeão tem também o melhor ataque, com 56 gols, e a segunda melhor defesa, com 21 bolas na sua rede.
Ontem à tarde, no entanto, o Coxa precisou ir aos pênaltis para garantir outra taça e superar o rival Atlético. No tempo normal, empate por 0 a 0. Como o primeiro confronto também terminou igual (2 a 2, na Vila Capanema), pelo regulamento a decisão seria nas penalidades.
Lincoln, Roberto, Júnior Urso e Éverton Costa anotaram para o Alviverde. Alan Bahia, Deivid, Zezinho e Ligüera fizeram para o Rubro-Negro. Depois que Vanderlei defendeu a cobrança de Guerrón, Éverton Ribeiro decretou o 5 a 4 no Couto Pereira.
O desfecho coube aos dois principais personagens do Verdão na finalíssima. O goleiro carregava nas costas a falha no duelo de ida, ao rebater uma bola nos pés do atleticano Ligüera, que mandou para as redes. “Foi como um gol para um atacante”, admitiu Vanderlei, sobre a intervenção decisiva – e redentora.
Éverton Ribeiro, por sua vez, assinou um dos gols da partida na Vila – o outro foi de Anderson Aquino. E durante a semana pré-decisão, candidatou-se a herói. “Espero fazer um bom jogo e um gol, quem sabe o do tricampeonato”, disse. Dito e feito.
A bola ainda bateu na trave direita do goleiro Rodolfo e entrou no canto oposto. “Pedi para o Marcelo [Oliveira] para cobrar o último, estava muito confiante. Tive a chance que eu queria e não desperdicei”, declarou ele, que foge do rótulo de talismã.
O Atletiba de número 352 significou também uma espécie de despedida de luxo para Tcheco. Um dos símbolos da campanha, o meia-cancha seguirá em campo somente enquanto o Coxa permanecer na Copa do Brasil. Ontem, em nova prova de identificação com o clube, ele pulou no fosso do estádio para entregar o troféu nas mãos da torcida.
“O Atlético valorizou muito a nossa conquista, tanto que foi para os pênaltis. Desta vez, os deuses do futebol estavam ao nosso lado”, afirmou Tcheco, que viu o jogo do banco de reservas depois de ser substituído, por lesão, aos 22/1º. Quando pendurar as chuteiras, o jogador pretende prosseguir no Alto da Glória como dirigente.
Por fim, o sucesso deu moral ao técnico Marcelo Oliveira, contestado em algumas oportunidades este ano. “Muito empenho e sacrifício, tivemos adversidades no primeiro turno. Mas fomos mais felizes”, resumiu o treinador.
O jogo
Partida de poucas chances reais de gol. No primeiro tempo, o Atlético esteve melhor; na etapa final, o Alviverde reagiu. O empate levou a decisão para os pênaltis. Guerrón parou em Vanderlei. Coxa tricampeão.
Fonte: Gazeta do Povo 14/05/2012

domingo, maio 13, 2012

Curitibanos desconhecem a Lei de Acesso


Menos de uma semana antes de a Lei de Acesso à Informação entrar em vigência, apenas 5,2% da população sabe da existência da lei. Três quartos dos curitibanos nunca nem ouviram falar da legislação. Os dados são resultado de um levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, a pedido da Gazeta do Povo. Foram entrevistados 435 curitibanos entre os dias 9 e 11 de maio(veja infográfico abaixo). Para especialistas, a falta de divulgação da lei pode fazer com que haja um subaproveitamento da legislação.
A Lei de Acesso à Informa­ção foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT) em novembro do ano passado, com previsão de vigência após 180 dias. O prazo se encerra no dia 16. Isso significa que a partir dessa data qualquer cidadão pode solicitar a instituições públicas documentos que não sejam considerados sigilosos. O cidadão não precisa informar por que precisa dos dados e as autoridades têm 20 dias para responder ao pedido.
Cidadãos querem dados sobre o próprio município
Levantamento indica que o maior interesse da população é em solicitar dados referentes à administração local
A entrada em vigência da lei acaba com um longo processo iniciado há dois mandatos presidenciais. Na campanha pela sua reeleição, em 2006, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu que o país teria a sua lei – mais de 80 países, na ocasião, já contavam com garantias do mesmo gênero. No entanto, o projeto só foi enviado ao Congresso em 2010 e só foi aprovado no segundo semestre de 2011.
Falta de demanda
Estudiosos do direito à informação afirmam que, embora o país tenha dado um grande salto com a criação de uma lei para garantir acesso a documentos públicos, a falta de demanda pelos dados pode tornar a legislação ineficaz. Em parte, o problema estaria sendo causado pelo próprio governo federal que, apesar de ser o principal patrocinador da lei, não estaria se esforçando para promovê-la adequadamente.
“Um dos elementos fundamentais de uma lei de informação é o lado da demanda”, afirma o pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo Fabiano Angélico. Ou seja: tão importante quanto a propalada falta de organização das instituições para atender aos pedidos da população é a possível falta de pessoas interessadas em conseguir as informações. Para Angélico, é comum que o tema não seja “extremamente popular”, mesmo em outros países, mas no Brasil estaria havendo um interesse tímido demais pelo assunto.
De acordo com Marina Atoji, secretária-geral do Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas, a ausência de um conhecimento maior por parte da população pode inclusive dar argumentos para os detratores da transparência. “Podem alegar, se pouca gente estiver solicitando informações, que a lei não pegou, que é inútil”, afirma.
Fonte: Gazeta do Povo 13/05/2012