quarta-feira, setembro 05, 2012

Catedral Basílica ganha novas cores, luz e som


Os tapumes que cercavam a Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais foram retirados ontem, marcando o fim da primeira etapa de reforma e restauração de um dos principais cartões-postais de Curitiba. Depois de 21 meses de obras, a igreja instalada há mais de 100 anos na Praça Tiradentes está de aparência renovada, com cores, luz e som novos em folha. A reinauguração será amanhã, às 19 horas.
Serviço
A reinauguração da Catedral abre os festejos em honra a Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, padroeira de Curitiba. Entre quinta-feira e domingo, haverá missas, shows e apresentações de dança no Largo da Ordem. Confira:
Amanhã
- 19 horas – Ato solene em frente da Catedral, com descerramento da placa de reinauguração. Em seguida, será celebrada a missa solene com dedicação do novo altar.
- 21 horas – Show pirotécnico.
- 21h30 – Show com o padre Reginaldo Manzotti.
Sexta-feira (dia 7)
- 14 horas – Abertura da Festa da Luz com padre Cléberson Evangelista e padre Alex Cordeiro.
- 17h50 – Apresentação de teatro (Comunidade Shalom).
- 22h30 – Show de Dunga, da Comunidade Canção Nova (Cachoeira Paulista – SP).
Sábado (dia 8)
- 8h30 – Missa solene.
- 17 horas – Procissão luminosa de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, saindo da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe até a Catedral.
- 19 horas – Show com a banda Lefigaroo.
Domingo (dia 9)
- 10 horas – Missa e bênção das famílias.
- 15h30 – Apresentação do grupo musical Siricutico.
- 17h30 – Show da banda Big Time Orquestra.
História secular
A Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais foi construída entre 1876 e 1893. O projeto, de estilo gótico, é do francês Alphonse Conde des Plas. Até 1879, a maior parte da mão de obra empregada na construção foi de brasileiros de origem portuguesa e escravos. Depois, imigrantes, principalmente alemães, deram sua contribuição.
Entre o que foi restaurado, como a pintura das paredes e os vitrais, e o que foi modificado, como os sistemas de som e iluminação, foram gastos mais de R$ 4 milhões. Ao final da segunda fase, com a reforma do prédio anexo, que deverá começar na semana que vem e terminar em dezembro, o custo total será de R$ 5 milhões.
O dinheiro veio de incentivos da prefeitura de Curitiba, por meio da venda de potencial construtivo (mesmo processo que garantiu recursos para a reforma da Arena da Baixada), e de doações de fiéis através da conta da Associação dos Amigos da Catedral. “A prefeitura garantiu o necessário para restaurar o patrimônio, mas não podia incluir o mobiliário, o som e as cordas de isolamento, por exemplo. Esse dinheiro veio das doações”, explica o cônego Genivaldo Ximendes da Silva, pároco da Catedral.
A arquiteta Giceli Portela, responsável pela restauração, diz que as obras começaram em janeiro de 2011, mas que os trabalhos em torno da reforma começaram um ano antes. “Fizemos um estudo bem completo para saber cada problema, que nós chamamos de ‘patologia’, para ser tratado. No final foi um trabalho muito grande porque mexemos em cada cantinho da igreja.”
E o resultado é visível assim que se entra no corredor central. Com cores vivas nas paredes é possível perceber cada detalhe da pintura dos irmãos italianos Anacleto e Carlos Garbaccio, feita na década de 40. Embora não seja a primeira pintura feita na Catedral, a comissão de reforma decidiu restaurar esses desenhos, que correspondem à segunda camada de tinta.
“As pinturas receberam um tratamento para ficarem coerentes com a época dos irmãos Garbaccio, que já eram 80% da igreja. Somente a capela do santíssimo e do presbitério haviam sido reformadas e tinham outras pinturas por cima. Então todas elas fazem parte de uma mesma época, que é entre os anos 40 e 50”, explica Giceli. Na capela do santíssimo, por exemplo, ela conta que o trabalho minucioso durou todo o período de obras porque, em muitas partes, as camadas de tinta foram retiradas com um bisturi.
Curiosidades
Uma das maiores necessidades da Catedral era tratar as infiltrações e reformar o telhado. O cônego Genivaldo conta que uma das surpresas durante as obras foi descobrir o estado do telhado. Feita de cobre, a cobertura da nave da igreja estava em sua cor original, e o normal seria que, com o tempo, ficasse esverdeada, no processo chamado de zinabre ou azinhavre.
Outra descoberta foi um poço sob o piso do altar, que recebeu uma cobertura de vidro para que fiéis e turistas possam ver. Giceli conta que, antigamente, havia uma escada que vinha da torre até o chão e, em determinado momento da história, ela foi cortada para dar lugar à capela do batistério, onde são feitos os batismos.
Um presente para Nossa Senhora da Luz
Os valores religioso e histórico da Catedral por si só justificam todo o cuidado e planejamento empreendidos no restauro, afirma o arcebispo metropolitano de Curitiba, dom Moacyr José Vitti. “Ela tem muito significado para todas as igrejas da Arquidiocese e também para a cidade, já que é um cartão de visitas.” Dom Moacyr diz que a edificação estava precisando muito dessa reforma, do telhado ao chão, por dentro e por fora, e que agora irá acolher melhor os fiéis e turistas que passarem pelo local. “Fico muito feliz por ter acontecido no período em que estou como arcebispo, é uma sensação extraordinária. E vai ficar também como marco da minha passagem pela Arquidiocese de Curitiba”, afirma.
Sobre a cerimônia de dedicação do altar que ocorre amanhã, dom Moacyr explica que este será o momento de oferecer a Deus o espaço renovado, sobretudo o altar, considerado o coração da igreja. “É um momento raro e muito bonito e fizemos questão de fazer a dedicação no Dia de Nossa Senhora da Luz, nossa padroeira. É um presente a ela. E escolhemos o dia 6 de setembro porque é a data do aniversário da primeira dedicação da Catedral, assim coincidem os dias solenes”, explica.
Fonte: Gazeta do Povo 05/09/2012

terça-feira, setembro 04, 2012

Suspeito do assassinato de menina de 10 anos se entrega à polícia


O suspeito de ter assassinado uma menina de dez anos no bairro Santa Cândida, em Curitiba, se entregou à polícia no começo da noite desta segunda-feira (3). De acordo com a Delegacia de Homicídios, ele é um primo da garota, tem 31 anos e confessou o crime.
Segundo o delegado Rubens Recalcatti, depois de cometer o assassinato, por volta das 14h30, ele teria ido até São José dos Pinhais, na região metropolitana da capital paranaense.

Recalcatti disse que o guarda municipal, a princípio, duvidou da história. Na sequência, então, o suspeito foi orientado a procurar uma delegacia. Na unidade de Polícia Civil de São José dos Pinhais, ele repetiu a confissão, sendo autuado em flagrante e preso pelo crime de homicídio.Depois de permanecer por meia hora em frente a um módulo da Guarda Municipal, o suspeito relatou ter cometido o crime a um dos agentes do posto e pediu para ser preso. À polícia, ele teria dito que “vozes” ordenaram que ele devia matar a menina.
O crime
Na segunda-feira (3), a mãe da menina chegou do trabalho por volta das 15 horas e encontrou o corpo da filha em cima de sua cama. A arma do crime, uma faca de cozinha, foi encontrada na casa, conforme o delegado.
Ao ver o corpo de sua filha única, a mãe da vítima passou mal e precisou ser levada para a unidade de saúde do bairro.
Fonte: Gazeta do Povo 04/09/2012

segunda-feira, setembro 03, 2012

Marketing por telefone corre solto no Paraná


O Cadastro para Bloqueio de Recebimento de Ligações de Telemarketing (CBRLT), criado com o objetivo de dar ao consumidor paranaense o poder evitar ligações indesejadas de empresas oferecendo produtos e serviços, não atendeu às expectativas. Instituído há três anos por uma lei estadual, o sistema concentra apenas 1% das linhas telefônicas ativas no estado.
Ainda assim, algumas empresas não respeitam a vontade manifestada pelos usuários e acabam “furando” esse bloqueio. Desde setembro de 2009, o Procon-PR, operador do sistema, registrou mais de 1,7 mil atendimentos – o que inclui reclamações, orientações e pedidos de informações – relacionados ao descumprimento do cadastro. Destas, 17 resultaram em processos administrativos que terminaram em multas de mais de R$ 638 mil às empresas GVT, Vivo, Citibank e NET por descumprimento à legislação.
Tecnologia
Aplicativo para smartphone impede ligações indesejadas
A tecnologia também é aliada para quem não deseja mais receber ligações de determinados números. Alguns aplicativos para smartphones permitem que o consumidor bloqueie automaticamente ligações indesejadas de determinados números e o recebimento de mensagens SMS.
Para quem tem aparelho com o sistema operacional Android, o aplicativo Blacklist permite que o usuário crie sua própria “lista negra”. O programa está disponível na Play Store.
Para usuários do iPhone, a Apple Store oferece três aplicativos que podem ser buscados pelo termo “Lista Negra”. Os três custam US$ 0,99 (cerca de R$ 2) cada. Para quem tem aparelho com jailbreak (desbloqueado), o iBlackList oferece o mesmo sistema. O aplicativo pode ser baixado de forma gratuita pelo Cydia.
Opinião
O trote do governador
Durante o almoço de domingo, meu celular toca. No identificador de chamadas, o número é desconhecido; mesmo assim, decido que é melhor atender, já que pode ser alguma coisa importante.
– Alô?
– Alô... – respondo.
– Oi, aqui é o governador Beto Richa, estou ligando para dizer que o meu candidato nessas eleições...
Desligo antes de ouvir o fim da frase me sentindo um idiota, não apenas por ter iniciado um diálogo com uma gravação, mas principalmente porque ela violou meu direito de consumidor e de cidadão.
Cadastrei o número do meu celular no primeiro dia de operação do cadastro de bloqueio do Procon-PR. De acordo com a lei estadual n.º 16.135/2009, só poderia receber ligações de empresas por mim autorizadas ou de entidades filantrópicas que usam o telefone para angariar recursos.
Ainda que a realidade prove o contrário, principalmente durante o período eleitoral, partidos políticos não são empresas; muito menos instituições de caridade. O voto é, sim, um recurso, mas essa não é a forma mais ética de angariá-lo.
Constitucionalmente, cabe ao Executivo estadual justamente o papel de garantir a aplicação da lei. Quando o chefe do poder, movido por interesses eleitorais, ignora esse princípio, está na verdade passando um trote em todos os cidadãos. Pena que, como eleitor, não dá para reclamar no Procon.
Alexandre Costa Nascimento, repórter de Direitos do Consumidor
Multas
R$ 638 mil é o valor das multas recebidas pelas empresas GVT, Vivo, Citibank e NET por descumprir a legislação sobre bloqueio de telemarketing.
Constrangimento
O aposentado Luiz José Pavelsky conta que cadastrou seus telefones fixo e residencial logo após o lançamento do cadastro. “No começo até respeitavam, mas, de um tempo pra cá, comecei a ser incomodado por ligações da GVT oferecendo serviços a toda hora, quatro, cinco vezes por semana. Já ligaram depois das 20 horas, é um constrangimento”, reclama.
Apesar de se sentir incomodado, Palvesky garante que sempre foi educado com os funcionários no outro lado da linha. “Eles estão apenas cumprindo ordens, não têm poder de tirar meu número do sistema. A questão é com a empresa”, avalia. Segundo o consumidor, as ligações só pararam depois que ele formalizou denúncia contra a empresa no Procon.
Para a coordenadora do Procon-PR, Claudia Silvano, a explicação para a baixa adesão pode estar no fato de que a “raiva” de quem atende geralmente passa alguns segundos após o telefone ser desligado – quase nunca dura o suficiente para que o consumidor se dê ao trabalho de cadastrar seu número no CBRLT.
Desde setembro de 2009, apenas 137,3 mil usuários fizeram o cadastro – o que não significa necessariamente que são poucos os que se incomodam com as ligações. Claudia reconhece que também pode estar havendo uma subnotificação no número de reclamações registradas em casos de descumprimento. “É possível perceber, nas conversas do dia a dia, que as pessoas reclamam informalmente, mas acabam deixando para lá.”
Apesar disso, a coordenadora do Procon-PR avalia “de forma positiva” o resultado do cadastro. “O número de reclamações é ínfimo em relação ao número total de cadastros. Aparentemente, a lei está sendo cumprida”, diz. Segundo ela, quem pediu o bloqueio do telefone e continuou recebendo ligações após 30 dias deve anotar a data da ligação, o horário e o nome da empresa para registrar uma queixa no órgão.
Resposta
A GVT não se pronunciou especificamente sobre o episódio envolvendo o consumidor Luiz José Palvesky e sobre a multa do Procon-PR. Em nota, afirmou apenas que respeita o direito dos consumidores que optam por não receber ligações e que atualiza constantemente a lista de pessoas que solicitam bloqueio.
“A empresa controla a oferta de serviços via telemarketing com o objetivo de melhor atender o consumidor, com respeito e qualidade no serviço prestado. Todas as solicitações realizadas à empresa, mesmo em regiões onde não há disposição legal, são atendidas para bloqueio no sistema de vendas”, diz o texto.
Serviço
Bloqueio pode ser feito por telefone, na internet ou pessoalmente
O usuário pode fazer o bloqueio de seu número a ligações de telemarketing no sitewww.procon.pr.gov.br, pelo telefone 0800-411512, ou pessoalmente, em qualquer uma das 42 duas sedes municipais do Procon no estado.Para fazer o registro, é preciso informar o nome completo, RG, CPF, endereço, CEP, e-mail, além dos números de telefone sob sua titularidade que deseja bloquear.
No momento da inscrição, o usuário receberá uma senha de acesso, que permitirá adicionar ou cancelar números. Se desejar continuar recebendo ligações de uma determinada empresa, o consumidor deverá assinar um formulário específico, disponível no site do Procon, autorizando essas ligações. Apenas o primeiro nome do cliente e o número do telefone serão informados às empresas, que, 30 dias após o registro, ficam impedidas de ligar para aquele usuário.
A empresa que desrespeitar o bloqueio poderá ser autuada pelo Procon-PR, ficando sujeita às sanções previstas pelo Código de Defesa do Consumidor, com multas cujo valor varia de R$ 212 a R$ 3,192 milhões. A medida vale tanto para empresas de telemarketing sediadas no Paraná quanto para aquelas instaladas em outros estados. Ficam de fora apenas as entidades filantrópicas que usam o telefone para angariar recursos.
Telefonia
Cliente pode barrar publicidade via SMS
Os usuários de telefonia celular também podem optar por não receber mais mensagens de cunho publicitário de suas operadoras via mensagens de celular (SMS). A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que todas as operadoras deverão enviar uma mensagem aos consumidores com o seguinte texto: “Por determinação da Anatel, caso não queira receber mensagem publicitária desta Prestadora, envie SMS gratuito com a palavra SAIR para XXXXX”.
Ao enviar a mensagem, o cliente receberá novo SMS como resposta: “Mensagem recebida com sucesso. A partir de agora, você não receberá mais mensagens publicitárias desta Prestadora”.
Segundo a agência reguladora, a mensagem publicitária só poderá ser enviada aos usuários que optarem previamente por seu recebimento. O objetivo é corrigir a base de opt-in das operadoras, cujos contratos e regulamentos de promoção traziam como cláusula obrigatória o recebimento de mensagens publicitárias pelo usuário. A partir de agora, essa cláusula será opcional.
Fonte: Gazeta do Povo 03/09/2012

domingo, setembro 02, 2012

Kombi completa 55 anos no Brasil


A Volkswagen e a legião de apaixonados pela Kombi comemoram hoje os 55 anos de produção do veículo no Brasil, único país no mundo onde o modelo ainda é fabricado. A primeira unidade saiu da fábrica da montadora alemã em São Bernardo do Campo (SP) em 1957. E é lá que ainda são produzidas 90 unidades diariamente. A linha de produção, segundo dados da montadora, emprega 792 funcionários.
A Kombi é o modelo de maior longevidade na história da indústria automotiva mundial e já acumula mais de 1,5 milhão de unidades produzidas desde o seu lançamento na Alemanha, em 1950. E mesmo depois de tanto tempo, as vendas continuam em alta. Este ano, entre janeiro e julho, foram emplacadas 14.905 unidades no Brasil, o que representa um crescimento de mais de 4% em relação ao mesmo período de 2011.

Segundo Marcelo Olival, gerente executivo de Vendas e Marketing de Comerciais Leves da Volkswagen do Bra­sil, o consumidor de Kombi tem um perfil bem diferente ao dos compradores de carro de passeio. O modelo, completa, se destaca pela relação custo-benefício, durabilidade, facilidade de manutenção, robustez mecânica e economia.
O resultado é ainda mais expressivo ser for analisado o cenário da indústria de comerciais leves, que registrou queda de 1,4% no acumulado dos sete primeiros meses de 2012 contra o mesmo período do ano passado.
Esses atributos fazem do veículo uma boa opção para frotas de empresas, por exemplo, mas é preciso lembrar que o carisma do modelo também faz com que ele sobreviva por tanto tempo. “Não é difícil achar uma pessoa que tenha uma história com a Kombi, seja como o veículo da família, o carro do trabalho ou o modelo que a levou para a escola”, arrisca Marcelo Olival.
Em Curitiba, os apaixonados pelo modelo se reúnem em dois clubes. Um deles é o Clube da Kombi de Curitiba, que atua para promover o veículo em exposições, eventos e encontros, mantendo viva a história do utilitário. Os participantes desse grupo têm carros que conservam ou reproduzem as características originais do modelo. Alguns possuem, também, Kombis customizadas. De um jeito ou de outro, ajudam a perpetuar a história dessa velha senhora.

Mão na massa
Três anos de trabalho e o carro da família foi restaurado
Em 2007, o professor universitário Mauro Edson Alberti convenceu seu tio Ary Isaías Alberti, hoje com 84 anos, que era hora de restaurar a Kombi 1959 que estava passando de mão em mão na família desde 1960. Os dois precisaram de três anos de trabalho e eles mesmos desenvolveram uma estrutura metálica para deitar a carroceria a 45° ou 90° e facilitar a execução dos serviços de lataria e pintura. O motor é o original 1.200 com 36 HP, fabricado na Alemanha.

Paixão
Empresário encontra raridade circulando na rua e vai atrás
O empresário Gilmar Gruber já era um admirador de carros antigos. Em 2007, andando por Curitiba, viu uma Kombi circulando, gostou e foi atrás do motorista. Descobriu quem era o dono e conseguiu comprar o carro. Em quatro meses, o veículo fabricado em 1960 estava restaurado. Gruber optou por mexer também na motorização, trocando o propulsor original de 1.200 cilindradas por um de 1.600.

Destino
Veículo anunciado espera oito meses pelo novo dono
Atual presidente do Clube da Kombi de Curitiba, o empresário Dorival Piccoli Júnior lembra que estava vendo os classificados de automóveis da Gazeta do Povo em janeiro de 1997 quando encontrou a Kombi 1967, motor 1.500, sendo anunciada para venda. “O preço estava meio alto, mas recortei o anúncio e guardei”, conta. Em agosto daquele ano, com um pouco mais de dinheiro disponível, voltou a ligar para o vendedor e descobriu que a Kombi não tinha sido vendida. Comprou na hora.

Da família
Médico cuida do carro que o seu pai comprou há 44 anos
Ronaldo Möbius tinha 7 anos de idade quando o seu pai comprou uma Kombi do ano, em 1968. Hoje, passados 44 anos, o carro ocupa a garagem do filho e sai de lá poucas vezes. O médico evita ao máximo circular com a Kombi com motor de 1.500 cilindradas porque ela é toda original e nunca precisou ser restaurada. A paixão pelo modelo fez com que ele fosse um dos fundadores do Clube da Kombi de Curitiba, em 2007, junto com o empresário Dorival Piccoli Júnior, e o primeiro presidente do grupo que hoje reúne dez associados.
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Memória
Conheça alguns dos momentos mais importantes da história da Kombi.
• Década de 1940
O holandês Ben Pon cria a Kombi, que começou a ser produzida na Alemanha em 1950.

• 1957
São fabricadas as primeiras unidades da Kombi no Brasil. Com um índice de nacionalização de 50%, ela tinha motor de 1.200 cilindradas. Menos de quatro anos mais tarde chegou ao mercado o modelo de seis portas, nas versões luxo e standard, com transmissão sincronizada e índice de nacionalização de 95%. A versão picape surge em 1967, já com motor de 1.500 cilindradas e sistema elétrico de 12 volts.
• Década de 1970
Começa a trajetória internacional da Kombi brasileira com as exportações para mais de cem países. Os principais mercados externos da Kombi foram Argélia, Argentina, Chile, Peru, México, Nigéria, Venezuela e Uruguai.
• 1975
Com uma reestilização, a Kombi passa a ser equipada com o motor 1.6 l e, três anos mais tarde, o modelo ganha dupla carburação. O motor diesel 1.6 l, refrigerado a água, surgiu em 1981, mesmo ano do lançamento das versões furgão e picape com cabine dupla. No ano seguinte surge o modelo a etanol e, em 1983, a Kombi apresenta painel e volante novos, além da alavanca do freio de mão, que sai do assoalho e passa para debaixo do painel.
• 1997
Uma versão mais moderna chega com o nome de Kombi Carat, apresentando novas soluções, como teto mais alto, porta lateral corrediça e a ausência da parede divisória atrás do banco dianteiro.
• 2005
A Kombi passa a ser equipada com o motor 1.4 Total Flex (arrefecido a água), até 34% mais potente e cerca de 30% mais econômico do que o antecessor refrigerado a ar. Com o novo motor, a Kombi desenvolve potência de 78 cv quando abastecida com gasolina e 80 cv, com etanol.
Fonte: Gazeta do Povo 02/09/2012

sábado, setembro 01, 2012

Mais de 3 mil paranaenses estão inscritos para trabalhar na Copa


Mais de 3 mil paranaenses já se inscreveram para serem voluntários durante a Copa do Mundo de 2014. Eles vão disputar as vagas com pelo menos outras 80 mil pessoas. Curitiba será uma das sedes do evento.
O bancário Leonardo Ferreira e o publicitário Eliezer Lugarini pretendem concorrer às vagas disponíveis. Apesar de o trabalho não ser remunerado, ambos veem a oportunidade como única. “Quero fazer parte da Copa do Mundo no Brasil porque acho que vai ser um evento difícil de se repetir de novo. Talvez, daqui a 30, 40 anos a gente tenha essa oportunidade de novo”, justifica Luciano. O bancário afirma que a possibilidade de interagir com pessoas de todo o mundo também pesa na decisão de participar do evento.
Já Eliezer acredita que a vaga como voluntário pode lhe garantir um lugar na arquibancada dos jogos. “Eu, sinceramente, não tenho certeza se vou conseguir comprar ingressos como espectador, até porque a demanda vai ser muito alta. De qualquer maneira, eu gostaria de participar”, diz.
Vagas já em 2013
Além da Copa do Mundo, a Fifa também vai abrir vagas para a Copa das Confederações, que irá ocorrer em 2013. A soma de voluntários nos dois eventos vai chegar a 22 mil pessoas. Para se inscrever, é preciso fazer um cadastro no site especial da Fifa.
O candidato a voluntário na Copa precisa estar disposto a trabalhar até 10 horas por dias durante um período de até 20 dias seguidos e ainda bancar a hospedagem. A Fifa dá os uniformes, a alimentação e paga o transporte dentro das cidades-sede. O deslocamento até as cidades que recebem os jogos também fica por conta do voluntário.
Fonte: G1 Pr 02/09/2012

QUEM DANÇA SEUS MALES ESPANTA? Relato de um dia de escola.

Na última semana do mês de agosto realizou-se o Festival de Dança da Rede Municipal de Educação de Curitiba, evento que anualmente se propõe a organizar apresentações de dança das escolas da Rede.
Nossa escola, como todo ano, teve sua participação no penúltimo dia do evento. Desde o início do mês de agosto, as crianças estavam ensaiando. Avisamos à Equipe de Educação Física da Secretaria Municipal de Educação que precisávamos de um ônibus adaptado para nosso aluno cadeirante que iria se apresentar com os colegas. Foi-nos garantido, incluindo uma ordem de serviço enviada à escola, que este ônibus lá estaria às 13 horas do dia marcado.
Chegou o dia da apresentação e o ônibus não foi enviado no horário prometido. Sendo enviado só depois que entramos em contato com a empresa responsável (vencedora de uma licitação específica pra isso). O ônibus chegou com quase duas horas de atraso, e não era adaptado...
Chegamos ao teatro depois de iniciadas as apresentações e além de sermos impedidos de fazer o reconhecimento do palco (visto que não chegamos no horário previsto), tivermos de ser remanejados para a última apresentação da tarde.
Nesses acontecimentos estão presentes uma série de desrespeitos da Prefeitura Municipal de Curitiba, via Secretaria Municipal de Educação ao trabalho das professoras envolvidas, às crianças e às suas famílias.
A Prefeitura realizou a contratação, com dinheiro público, de empresas de ônibus para atender às demandas da Secretaria de Educação, são ônibus que, segundo alega a Prefeitura, dispõem de melhores condições e segurança para levar as crianças. Porém, além da falta de competência para realizar sua tarefa, viu-se que os ônibus enviados não apresentavam a tal segurança prometida, não tinham cinto de segurança e o micro ônibus utilizado para retornar com as crianças à escola era pequeno demais para transportá-las de forma segura.
Outro grande desrespeito se deu com nosso aluno cadeirante. Fala-se tanto na qualidade da inclusão nas escolas de Curitiba, elogia-se muito (e isso se dá devido ao empenho do corpo docente e equipe pedagógico administrativa), o trabalho que nossa escola desenvolve e, no entanto a Prefeitura, através de sua concepção de gestão educacional e das empresas que contrata para prestar serviços, não faz a sua parte. Colocou nosso aluno em situação difícil, ao não enviar o ônibus apropriado para ele, sendo que a situação só não foi pior porque sua mãe, sempre presente, garantiu que seu filho não fosse excluído desse momento para o qual se preparou durante todo mês de agosto.
Ao propor a realização do Festival de Dança, a Secretaria de Educação, através da equipe de Educação Física, não disponibiliza, como sempre é reivindicado pelos professores, o registro das apresentações por meio de filmagem profissional, não garante nenhum tipo de verba para a utilização específica nesse evento e nesse ano, não garante sequer os meios de transporte adequados para transportar nossos alunos, causando atrasos e constrangimento à equipe da escola e aos familiares presentes no evento.
Sendo assim, eu, professora da Rede Municipal de Educação de Curitiba, venho por meio desta carta manifestar meu repúdio à Prefeitura Municipal de Educação e à sua Secretaria Municipal de Educação pela falta de respeito expressa nos fatos ocorridos nesse Festival de Dança. Se ainda participamos desses espaços, o fazemos em função de nossos alunos, com a expectativa de lhes proporcionar um espaço de educação diferenciado e fundamental para sua formação, porém, nós professores não somos missionários, nem santos e merecemos respeito e as condições de trabalho necessárias para o desempenho de nosso trabalho. Nossas crianças não são figurantes de peças publicitárias que demonstram a qualidade da educação de Curitiba e merecem respeito e uma escola pública de qualidade.

Curitiba, 31 de agosto de 2012.

Francis Madlener