Dias mais longos e noites mais curtas. Começa neste domingo e se estende até 25 de fevereiro a 37.ª edição do horário de verão. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), será o mais longo período desde 1985, com 133 dias de duração. À meia-noite deste sábado (ou zero hora de domingo), os relógios deverão ser adiantados em uma hora em 10 estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Distrito Federal e da Bahia, que foi incluída neste ano. O horário de verão só terminará no domingo seguinte ao fim do Carnaval de 2012.
Muita gente reclama da hora de sono perdida nesse adiantamento do relógio. “A gente ganha ela de volta depois, mas o sono já foi perdido. É difícil até o organismo se acostumar”, lamenta a recepcionista Vanessa de Oliveira.
Previsão
Dias mais quentes com chuva rápida
Apesar de o horário ser de verão, a mudança ocorre em plena primavera. Portanto, os primeiros meses de dias mais longos serão acompanhados das características climáticas da estação das flores. No Paraná, nesse período, ocorre tradicionalmente um aumento natural no volume das chuvas e das temperaturas médias em todo o estado.
Segundo previsão do Instituto Tecnológico Simepar para os próximos três meses, os efeitos do fenômeno La Niña voltam com pouca intensidade, trazendo principalmente chuvas rápidas e irregulares. Também estão previstos longos períodos de estiagem em diversos pontos do estado. Até dezembro, a quantidade de chuvas deve ficar próxima das médias históricas para a estação, assim como as temperaturas. Pela previsão, devem ocorrer grandes variações na temperatura em períodos curtos devido ao rápido deslocamento de frentes frias.
Para não perder mais horas de sono do que o necessário, não há outra saída a não ser se adequar. O problema é que muitos não conseguem se acostumar tão facilmente. Como o organismo humano tem um ciclo que é guiado pela luminosidade, o horário de verão exige do cérebro um período de adaptação que pode durar de três a 15 dias. “Por mais que o corpo peça, a pessoa não deve dormir de acordo com o horário antigo, mas tentar se adaptar ao horário novo”, sugere o endocrinologista Guilherme Figueiredo Marquezine. Outra dica do médico é evitar a ingestão de substâncias estimulantes, como café, nos primeiros dias do novo horário.
Enquanto muita gente reclama do fato de ter de acordar uma hora mais cedo, outros comemoram a chegada do horário de verão. “O dia mais longo é mais proveitoso. Dá tempo de fazer mais coisas com o dia ainda claro”, justifica a estudante Márcia Correia, que planeja aproveitar as horas extras de sol para praticar exercícios físicos ao ar livre.
Economia
No Paraná, a economia de energia gerada pelos dias mais longos é estimada pela Copel em 5% do total produzido, o suficiente para abastecer por um dia uma cidade com 200 mil residências.
Mais do que reduzir o consumo, o horário de verão alivia a demanda por energia no período crítico do dia, que é entre 18 e 21 horas. “Imagine um carro subindo a serra. Se ele estiver muito carregado, as condições de freio, refrigeração e tudo mais ficam em condições desfavoráveis. O mesmo acontece com o sistema elétrico”, compara o gerente do Centro de Operação do Sistema Elétrico da Copel, Nelson Cuquel.
Com o horário de verão, segundo ele, se antecipa a demanda máxima de consumo nas casas, levando o pico para um horário em que ainda há luminosidade natural, criando uma folga operacional.
Fonte: Gazeta do povo 15/10/2011
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