O ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa Abib Miguel, o Bibinho, estava sendo submetido à perícia médica no Instituto Médico Legal (IML), em Curitiba, na manhã desta sexta-feira (14). Os advogados de Bibinho alegaram que ele sofre de distúrbios psiquiátricos e a Justiça Estadual do Paraná decidiu, em 29 de agosto, suspender os dois processos criminais contra o ex-diretor.
Abib Miguel chegou ao IML por volta das 8h30 e não quis falar com a imprensa. Os advogados de Bibinho pediram que não fossem feitas imagens do ex-diretor da Alep. Bibinho estava em um sala do IML, às 9h15, aguardando o início do exame. Não havia previsão de quanto tempo a perícia médica deve durar.
Dez policiais civis do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) estavam no IML para garantir a segurança e a ordem no local.
Ele é acusado de chefiar uma quadrilha que desviou pelo menos R$ 200 milhões dos cofres públicos. O Ministério Público se manifestou contrário à decisão que declarou Abib Miguel incapaz mentalmente. O órgão informou que iria indicar um médico psiquiatra para acompanhar a perícia médica de Bibinho.
Se o ex-diretor-geral da Assembleia Legislativa for considerado incapaz, os processos poderão ser suspensos até que ele se recupere ou ele poderá ser internado num manicômio psiquiátrico. Nesse caso, um curador – pessoa que responderia judicialmente no lugar de Abib Miguel – deve ser nomeado.
Outros dois exames serão realizados nos dias 19 e 28 de outubro, na área de psiquiatria forense do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba.
Segundo o advogado de Bibinho, Eurolino Reis, disse que os exames devem apenas atestar qual o grau da enfermidade psiquiátrica e as consequências da doença nos processos.
Ações e julgamento
O MP propôs a primeira ação criminal contra os ex-diretores da Alep em maio de 2010 por formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos. No mesmo mês, o MP ajuiza nova ação criminal. Depois disso, os promotores propuseram mais seis ações de improbidade administrativa contra os ex-diretores e contra deputados que ocuparam a presidência e a 1ª secretaria da Assembleia.
O julgamento do primeiro processo criminal ajuizado contra Bibinho e os ex-diretores por causa da contratação de funcionários fantasmas e fantasmas teve início em novembro de 2010.
Fonte: Gazeta do povo 14/15/2011
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