quarta-feira, junho 05, 2013

Ousadia para mudar o rumo

Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo / Ricardo Bizi, de engenheiro funcionário a empresário e dono de uma fábrica de gelo
Aos 25 anos, o engenheiro mecânico Ricardo Bizi decidiu trocar a carreira promissora em uma multinacional alemã para virar empresário. O chefe ainda tentou fazê-lo mudar de ideia, argumentando sobre o seu potencial e futuro na empresa, mas o espírito empreendedor e o desejo de mudança falaram mais alto. A decisão de Bizi materializa reações comuns de quem é capaz de ousar, abrindo mão de uma trajetória consolidada em busca de oportunidades ainda melhores.
“Minha família tem uma fábrica de massa congelada e eu era o único fora do ramo empresarial, atuando na área da engenharia, mas sempre escutando as conversas sobre a empresa, problemas, vendas, desafios. Estava muito bem no trabalho, mas a soma de pequenas coisas que não estavam me agradando fez com que a minha vontade de anos pudesse ser realizada”, conta Bizi, que largou o emprego, entrou para a empresa da família e ainda abriu uma fábrica de gelo em cubos.
Dicas

Conheça alguns passos para inovar no trabalho
• Conheça o seu ambiente;
• Planeje as ações antes de executá-las;
• Utilize a ousadia em favor de um propósito;
• Avalie o resultado da ação;
• Não confunda ousadia com impulsividade;
• Procure conhecer pessoas que ousaram — as que tiveram sucesso e as que não tiveram;
• Ouse mais na medida em que se sentir confortável para isso.
Um período de planejamento é necessário para diferenciar a atitude audaz da impulsiva, explicam Marcelo Cassales Saldanha e Débora Pereira Ribeiro, psicólogos com certificação em coaching pela Universidade de Oxford e sócios da Coach Consultoria em Desenvolvimento Humano. “Ousar não é atropelar. Primeiro crie a sua meta de ousadia. Antes de fazer uma proposta empreendedora ao seu líder, você precisa conhecê-lo, entender o perfil da empresa, informar-se sobre o mercado e escolher o melhor momento”, destaca Saldanha.
De acordo com Thiago Sebben, líder da consultoria Hays na Região Sul, grandes empresas buscam cada vez mais profissionais com essa postura. “Quando a pessoa tem esse perfil mais agressivo, ela pode se posicionar de maneira mais firme. Geralmente, são mais questionadoras e capazes de fazer a diferença. Ousadia tem relação com inovação, criatividade, otimização do tempo e dos processos”, afirma Sebben.
No ambiente de trabalho, muitas vezes são coisas simples que precisam ser colocadas em prática que vão fazer a diferença e trazer mudanças, diz a diretora da Fesa em Curitiba, Viviane Doelman. “Quando o desejo de realizar algo está presente, as pessoas são impulsionadas a agir. Portanto, o profissional não precisa ser um grande ‘desbravador’ para fazer a diferença no seu ambiente atual ou na sua carreira”.

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