quarta-feira, julho 23, 2014

Jornada sobre holocausto reúne 200 professores de História

Cerca de 200 professores de História da rede municipal de ensino, de turmas de 6º ao 9º ano, participaram nesta terça-feira (22) da quarta edição da Jornada Interdisciplinar sobre a História do Holocausto. Palestras, depoimentos e debates promoveram a reflexão sobre o assunto e temas relacionados, como preconceito, discriminação e liberdade.

O evento, realizado no auditório dos Correios, integra a programação de formação continuada da Secretaria Municipal da Educação e foi promovido pela B`nai B`rith Nacional e Paraná, Federação e Comunidade Israelita do Paraná (Kehilá), Universidade Federal do Paraná, com o apoio da Prefeitura de Curitiba.

O tema central da jornada é “Discriminação e preconceito e a liberdade de falar”. Além de palestras e debates, os participantes acompanharam o depoimento de Moisés Jacobson, um sobrevivente dos campos de concentração da Alemanha nacional-socialista.

A secretária municipal da Educação, Roberlayne Borges Roballo, destacou a relevância do encontro como espaço para a reflexão sobre a história da humanidade, discriminação e intolerância nas sociedades. “Nos sensibilizarmos sobre esse triste capítulo da história é importante para que possamos desenvolver com nossos estudantes noções de cidadania, de princípios e valores como tolerância, diversidade, respeito e paz”, disse Roberlayne.

A Jornada Interdisciplinar Sobre o Ensino da História do Holocausto é uma das ações do amplo e diversificado programa de formação continuada dos profissionais da rede municipal de ensino. Somente no primeiro semestre deste ano, foram ofertadas aproximadamente 10 mil horas de cursos e oficinas e mais de 53 mil vagas para profissionais da rede.

Concurso

Durante o evento foi lançado o Concurso de Narrativas sobre as Histórias do Holocausto, voltado aos estudantes e professores dos nonos anos do ensino fundamental das escolas municipais de Curitiba. “É importante lembrar que não apenas os judeus, mas outros grupos étnicos e sociais foram e são até hoje vítimas de perseguições. Obras, museus e instituições são mantidos pelo mundo com o objetivo de promover reflexão e minimizar o mal dos que julgam de forma unilateral”, disse Roberlayne, enfatizando a necessidade de envolver estudantes no debate.

Segundo a presidente da B’naiB’rith do Paraná, Ester Proveller, as jornadas sobre o holocausto visam contribuir para o combate ao racismo e todas as demais formas de intolerância, por meio da educação, do esclarecimento, do debate e da conscientização. “Buscamos valorizar a liberdade e a democracia, por meio do conhecimento e da história”, disse Ester.

O coordenador do Museu do Holocausto de Curitiba, Carlos Reiss, apresentou a proposta pedagógica do Museu do Holocausto em Curitiba, que reúne fotos, imagens, documentos e objetos pessoais que contam a vida de pessoas vitimas do holocausto. O museu conta com um departamento pedagógico cujo objetivo é ajudar estudantes e professores a interpretar os eventos daquele período. “O objetivo dos professores é fazer com que tudo faça sentido na cabeça do jovem e do adolescente neste momento, em 2014. É preciso que os estudantes compreendam o holocausto como um grupo de pessoas que se organizaram e decidiram que outro grupo era formado por pessoas inferiores”, disse Reiss.
http://www.cidadedoconhecimento.org.br/cidadedoconhecimento/index.php?subcan=7&cod_not=41220&PHPSESSID=3e8c5c8a23a36c78b6e9af7a8ba05900

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