sexta-feira, outubro 12, 2012

O olhar nostálgico de quem quer comandar a cidade


Soltar pipa, jogar bola na rua, andar de bicicleta, ouvir histórias da avó. Qualquer adulto sente falta das peripécias da infância e não seria diferente com os candidatos a prefeito de Curitiba que chegaram a este segundo turno.
Guga e Juninho, como ficaram conhecidos entre seus amigos e familiares, hoje são figuras públicas, mas não se esquecem dos momentos que passaram nas ruas da cidade. Neste Dia da Criança, Gustavo Fruet (PDT) e Ratinho Junior (PSC) contaram à reportagem da Gazeta do Povo um pouco da infância curitibana que tiveram e falam sobre aquilo de que mais sentem falta dessa época.
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Jogando bola com vizinhos no bairro
“Foi uma infância muito boa, muito gostosa. Só tenho recordações positivas”, lembra Carlos Roberto Massa Filho, mais conhecido como Ratinho Jr. Mesmo tendo nascido em Jandaia do Sul, em 19 de abril de 1981, no Norte central do Paraná, ele passou grande parte da sua infância na capital do estado. Sua família se mudou para Curitiba quando ele tinha três anos e o candidato tem diversas lembranças do bairro onde morou, Santa Felicidade.
Aluno da Escola Municipal dos Vinhedos, no mesmo bairro, Ratinho Jr. passava muito tempo brincando nas ruas. “Fui criança que cresceu em um bairro. Tinha um terreno vazio na região que era o nosso campão”, lembra. Naquele local, ele pôde soltar pipa e andar de bicicleta.
A convivência com os vizinhos era grande. Com seus dois irmãos mais novos, os gêmeos Rafael e Gabriel, o candidato do PSC aproveitou a época para brincar descalço nas ruas. “Cresci jogando muita bola descalço com os vizinhos e amigos”, relembra. Ele destaca que seu pai, o apresentador Carlos Roberto Massa, o Ratinho, não tinha a condição financeira que tem hoje e, por isso, tiveram uma infância simples.
Aos sete anos, um dos amigos da rua onde morava comprou um console novo de videogame e doou o velho para Ratinho Jr. “Era bem ruinzinho, mas foi uma oportunidade única. Foi uma alegria muito grande ter ganhado o videogame”, lembra. Depois de muito tempo sem falar com esse amigo, o candidato o reencontrou durante a campanha.
Para ele, o que mais sente falta da infância curitibana é a segurança. “Era uma tranquilidade ser criança brincando na rua. Eu brincava até dez, onze horas da noite e minha mãe não se preocupava. Essa paz e segurança é algo que não temos hoje”.
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Livros e polenta na chapa feita pela avó

Gustavo Fruet com o irmão Cláudio: andando sempre com o pai prefeito pela cidade
“Desde que me lembro, eu e meu irmão ficávamos grudados na calça do pai”, conta Gustavo Bonato Fruet. Nascido em 18 de abril de 1963, o pedetista sempre se lembra de acompanhar o pai, o ex-prefeito de Curitiba Maurício Fruet, nas caminhadas políticas e de ser muito ligado a ele.
Com menos de um ano de diferença para o irmão Cláudio, os dois tinham muitos amigos em comum. “Reuníamos os amigos e era muita bagunça. O jardim atrás de casa era um campo de futebol”, relembra. Mesmo gostando de brincar com os colegas e vizinhos, Fruet diz ter tido uma infância muito caseira.
As visitas aos avós também trazem boas lembranças. Na casa dos avós maternos, a alegria era comer polenta na chapa feita no fogão a lenha. Na casa da avó paterna, ouvir as histórias dela encantava Fruet. “Ela lia muito para mim, contava histórias de tudo que se imaginasse”, diz.
Aos sete anos, quando começou a frequentar o colégio Santa Maria, Fruet vivia no campo de areia do pátio do colégio, onde costumava jogar futebol depois das aulas.“Tinha também o bedel Joca, que sempre usava uma camisa vermelha, por ser torcedor do Internacional e as crianças gritavam Grêmio para irritá-lo”, ri.
Seu brinquedo favorito era a bicicleta e tem várias memórias ligadas a ela, como quando a roubaram e quando levou seu primeiro de muitos tombos. “Foi bonito. Me rendeu um belo corte na cabeça e minha primeira ida ao pronto-socorro”.
Sobre o que mais sente falta da infância em Curitiba, Fruet relembra a tranquilidade. “Eu podia andar na rua e minha mãe deixava. Ia para a casa da minha avó de bicicleta e isso é algo que não volta mais”, afirma.
Fonte: Gazeta do povo 12/10/2012

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