domingo, março 03, 2013

Contra 'ditadura da moda', vereadores querem alterar Regimento Interno


O plenário da Câmara Municipal deCuritiba começa a analisar na segunda-feira (4) um projeto de lei que pretender acabar com a obrigatoriedade do “paletó e gravata” como vestuário obrigatório para os parlamentares. A proposta de iniciativa de 16 vereadores pretende acabar com a “ditadura moda” que a obrigatoriedade impõe aos membros da Casa.
O projeto pretende alterar o artigo do Regimento Interno que foi aprovado em novembro de 2012 e determinou o traje obrigatório. À época, o autor da proposta, vereador Jairo Marcelino, justificou a apresentação da emenda por entender que a Câmara deveria primar pela “boa apresentação dos seus membros”. Em Cascavel, determinação semelhante foi instaurada no início de 2013.
Os parlamentares da capital, contudo, pretendem voltar atrás na decisão do Legislativo. Dos 16 proponentes, dez não estavam na composição da Câmara que aprovou a obrigatoriedade no ao anterior. “Consideramos absurdo obrigar o uso de paletó e gravata aos vereadores nas sessões plenárias, e dessa forma, propomos a alteração do texto, para que conste apenas ‘formalmente trajado’, mantendo o objetivo de manter o respeito nas sessões plenárias, porém sem ser demasiado rígido na questão da vestimenta”, diz trecho da justificativa apresentada.
A proposta deve passar por três sessões para recebimento de emendas, antes de ser efetivamente colocada em votação – o que deve acontecer apenas na próxima semana, já que os vereadores se reúnem apenas de segunda a quarta-feira em plenário.Para os proponentes, existem outros itens de vestuários considerados formais, além do paletó e gravata. Eles consideram que o artigo em vigor exprime um “pensamento preconceituoso de que pessoas que não se vestem de paletó e gravata sejam ‘piores’ do que as que vestem”. Eles dizem ainda que não há relação entre o vestuário de trabalho e dignidade. “Abaixo a ditadura da moda, abaixo os regramentos sociais exagerados, queremos uma sociedade livre e justa também na forma de se vestir”, protestam os parlamentares.

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