quinta-feira, julho 12, 2012

Hospital Evangélico fecha Pronto-Socorro

Hospital Evangélico está com o Pronto-Socorro fechado na manhã desta quinta-feira (12) e o atendimento da população em casos de emergência volta a operar próximo do limite da infraestrutura em Curitiba e Região Metropolitana. O Hospital do Trabalhador (HT) está com a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) lotada e não recebe pacientes em estado gravíssimo.
Secretaria de Saúde do Paraná, gestora do HT, informou que o Pronto-Socorro do hospital não fechou na manhã desta quinta. Diferente do que havia informado mais cedo a Secretaria de Saúde de Curitiba, gestora do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital e região metropolitana. A direção do HT informou que o Pronto-Socorro está aberto e pacientes em estado grave recebem atendimento. Somente pacientes em estado gravíssimo não podem ser atendidos no local porque a UTI está lotada.

Para Chomatas, a situação no fim da manhã desta quinta-feira está controlada e não deve haver necessidade de tomar “medidas de contingência” para evitar que pacientes fiquem sem atendimento. Mas, se o Evangélico e o HT permanecerem com os respectivos prontos-socorros fechados ao longo da tarde o limite da capacidade de atendimento de casos graves pode ser atingido.
O sistema de atendimento de urgência e emergência ficou sobrecarregado nesta quinta após o Evangélico fechar o Pronto Socorro na quarta à noite com a paralisação de servidoresdevido ao atraso no pagamento de salários e benefícios. “Temos até um paciente em cirurgia no HT a espera de uma vaga de UTI. Vamos remanejar para atender (a todos)”, disse o assessor especial de gestão da prefeitura de Curitiba, Matheos Chomatas. A situação é mais tranquila noHospital Cajuru, que ainda tem uma capacidade maior de atendimento.
Se isso acontecer, casos de emergência serão encaminhados para hospitais da região metropolitana, como o Angelina Caron e o Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campina Grande do Sul e Campo Largo, respectivamente. Se isso não der conta, os hospitais particulares podem ser convocados a receber pacientes do SUS.
Recorrente
A situação enfrentada pela Secretaria de Saúde de Curitiba, gestora do atendimento pelo SUS na região, não é nova. No último dia 28, a capital e região metropolitana já enfrentou situação limite nos atendimentos de urgência e emergência após protesto de funcionários do Hospital Evangélico.
A deficiência de infraestrutura, porém, é histórica. O sistema de atendimento de urgência e emergência de Curitiba funciona no limite e só deve ter um aumento expressivo de capacidade em 2015, quando a prefeitura pretende colocar em funcionamento um hospital na região norte da capital, segundo matéria da Gazeta do Povo em junho.
A nova unidade terá 250 leitos, um pronto-socorro amplo capacitado para atender acidente vascular cerebral (AVC), enfarte e ortopedia, casos que ainda têm uma demanda reprimida no estado. Hoje, o atendimento hospitalar de urgência e emergência de Curitiba feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é concentrado em três unidades: Cajuru, Evangélico e Trabalhador, esse último, responsável por cerca de 60% dos casos de trauma. Além deles, o Hospital de Clínicas também recebe casos de urgência.
Juntos, os três hospitais recebem pacientes da capital e da região metropolitana e é comum, nos dias mais sobrecarregados, as ambulâncias terem de esperar pela abertura de uma vaga ou serem conduzidas de uma unidade para outra. O hospital a ser instalado na região norte aumentará em pouco mais de 30% a capacidade dessa rede, que tem hoje 805 leitos.
Fonte: Gazeta do Povo 12/07/2012

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