quarta-feira, maio 18, 2011

Ação protocolada na Justiça eleitoral pode cassar prefeito de Piraquara

O candidato derrotado nas eleições para a prefeitura de Piraquara em 2008, João Guilherme Ribas Martins, pediu a cassação do mandato do prefeito da cidade, Gabriel Jorge Samaha (PPS), conhecido como Gabão. O motivo do pedido é a anulação da convenção do PMDB do município realizada em 2007. A 7.ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná confirmou no mês passado que houve irregularidades na formação das comissões provisórias do PMDB e anulou todas as decisões do partido desde então, inclusive a coligação com o PPS.

Gabão foi eleito tendo o vice da chapa, Armando Neme Filho, indicado pelo PMDB. O caso foi levado à Justiça Eleitoral do município na semana passada.

João Guilherme pede à Justiça a anulação dos votos recebidos por Gabão com base na suposta ilegalidade da coligação entre PMDB e PPS e a consequente cassação do mandato. Além disso, a ação eleitoral, assinada pelo advogado Bihl Zanetti, pretende que seja dada posse ao segundo candidato mais votado, ou seja, o próprio João Guilherme. “Nós fomos prejudicados e decidimos ingressar na Justiça Eleitoral”, justificou o candidato derrotado.

O prefeito de Piraquara e o vice dele mostraram-se surpresos pela ação. Os dois disseram que ficaram sabendo da contestação ontem à tarde e buscaram informações no fórum da cidade, mas não conseguiram detalhes. Segundo eles, a justificativa é que o processo estaria em segredo de Justiça. Para Gabão, existe motivação eleitoral de olho na disputa do ano que vem. “Qualquer movimento é eleitoral a partir de agora”, afirmou. Neme Filho não quis comentar o assunto ontem por não estar informado sobre a ação.

Comissões

A Justiça anulou as decisões do PMDB a partir de 2008 por entender que elas desrespeitaram o estatuto do partido. Depois de uma intervenção do diretório estadual, foram formadas comissões provisórias sem realizar eleições no prazo estipulado. Além disso, a convenção municipal de Piraquara, em março de 2008, realizou um recadastramento que resultou na desfiliação de 90% dos então filiados. Um dos afastados foi José Carlos Ribas Martins – irmão de João Guilherme Ribas Martins – e que ingressou com a ação contra o partido.

Via Gazeta do Povo

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