domingo, maio 29, 2011

JULGAMENTO ACIRRADO:Beatriz Abagge é condenada a 21 anos e quatros meses de prisão

Beatriz Abagge foi condenada 21 anos e quatro meses de prisão pela morte do menino Evandro Caetano, ocorrida em Guaratuba, litoral do Paraná, em 1992. A decisão dos jurados foi lida por volta das 17h15. Ela poderá aguardar o recurso em liberdade. O julgamento foi realizado durante sexta-feira (27) e sábado (28) . Centenas de pessoas acompanharam as argumentações da defesa e da acusação. Os pais do menino Evandro também estiveram presentes.

Por já ter cumprido cinco anos e nove meses de prisão, Beatriz deverá cumprir o restante da pena em regime semi-aberto, caso não consiga reverter a condenação com o recurso que seus advogados vão impetrar.

Julgamento

No primeiro julgamento, em 1998, especialistas apontam que o principal motivo para a absolvição de Beatriz e Celina foi a inconsistência de algumas provas sobre a identificação do corpo encontrado como sendo o de Evandro, seis dias depois do desaparecimento do garoto. Agora, a promotoria rebateu o argumento apresentando laudos de DNA e de arcada dentária, não reconhecidos pela defesa.

A promotora Lucia Inês Giacomitti Andrich levou ao plenário e apresentou aos jurados um shorts e um chinelo, embalados em um saco plástico, que foram recolhidos no matagal em que o corpo identificado com o de Evandro foi encontrado. Ela disse com grande eloquência que o pai reconheceu as peças como sendo do filho e apresentou ainda laudos técnicos atestando o reconhecimento.

A promotora também rebateu o vídeo de 15 segundos apresentado pela defesa com cenas que mostrariam Beatriz sendo torturada pelos policiais para confessar o crime. Andrich apresentou outro vídeo de dois minutos que mostra, segundo ela, que nos 15 segundos que Beatriz estaria sendo torturada, na verdade, o policial estava pedindo para que ela olhasse para a câmera e admitisse o crime.

A promotoria também rebateu a alegação da defesa de que Beatriz teria sido estuprada com a introdução de um pedaço de cano em suas partes íntimas, afirmando que não existe nenhum laudo médico que comprove isso, apenas a palavra dela.

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