quinta-feira, junho 16, 2011

Se não for candidato a prefeito, Gustavo pula fora do PSDB



O ex-deputado federal Gustavo Fruet disse a O Estado que não há nenhuma possibilidade de continuar no PSDB se não tiver garantias de que será candidato à prefeitura de Curitiba. Ele não aceitou o conselho do deputado estadual Mauro Moraes de que seria mais prejudicial para sua carreira política o risco de perder a eleição disputando por outro grupo político do que manter-se no PSDB sem mandato até 2014.

“As pesquisas está aí, mostrando um quadro bem favorável. Já se criou essa expectativa da minha candidatura. Neste cenário, se eu não disputar, vou estar dando a sensação de fuga”, disse o pré-candidato, que classificou a conversa de ontem com Valdir Rossoni, como “uma sequência natural de diálogos que venho tendo nas últimas semanas e pretendo concluir até semana que vem, sem nenhuma novidade”.

Nesta conversa natural, que Gustavo disse que não tinha com Rossoni havia dois meses, o ex-deputado expôs um balanço de suas últimas articulações. “Falei com ele, disse que esse silêncio, para mim, é uma resposta, e ele me deu razão, mas pouco avançamos”, disse. Gustavo lembrou que nunca pediu para que Luciano Ducci não fosse candidato, “nem tenho esse direito, de interferir em outro partido, mas está havendo interferência no PSDB. A única coisa que pedi foi a presidência do diretório municipal, e já fazem seis meses. Enquanto isso, os aliados do Ducci vão avançando e fechando espaços”.

A saída de Gustavo, para disputar a prefeitura por um partido da base do governo Dilma, é vista como uma ameaça para o PSDB paranaense, principalmente após a ascensão política da nova principal adversária de Beto Richa (PSDB) no Estado, a ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann. Internamente, tucanos avaliam que a nomeação de Gleisi no primeiro escalão do governo federal pode equilibrar mais as forças políticas no Paraná. Prefeitos de partidos como PMDB e PDT, que estavam cada vez mais próximos do governo Beto, começam a voltar atrás para ter amparo federal e, a petista, três anos antes, já passa a fazer os tucanos temerem pela reeleição de Beto Richa. Num cenário desses, perder a prefeitura de Curitiba (hoje praticamente garantida a um candidato do grupo), seria um desastre.

Gustavo diz que segue conversando até semana que vem, principalmente com gente do PSDB. No final de semana, o presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra, quer encontrar o pré-candidato. Pode ser um encontro decisivo, ou apenas mais um da “sequência natural de diálogos”.
http://oestadopr.pron.com.br 16/06/2011

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