terça-feira, setembro 27, 2011

Último vigilante acusado de participação na morte de estudante é preso

O último acusado de participação na morte do estudante Bruno Strobel Coelho, assassinado em outubro de 2007, foi preso na manhã desta segunda-feira (26), em Curitiba. Leônidas Leonel de Souza, de 32 anos, foi detido por policiais da Delegacia de Vigilâncias e Capturas (DVC), quando chegava no escritório de um advogado, no bairro Boqueirão.

“Por 15 dias, mantivemos campana na rua do escritório desse advogado. Nós tínhamos recebido informações de que o acusado iria ao local”, disse o delegado Marcelo Lemos de Oliveira, responsável pela prisão. O vigilante vai responder por homicídio qualificado, tortura e ocultação de cadáver.

Felippe Aníbal/ Agência de Notícias Gazeta do Povo

Ampliar imagem
Segundo delegado, polícia armou campana na rua do advogado do acusado
Souza estava foragido desde 2008, quando a Vara Criminal de Almirante Tamandaré decretou a prisão preventiva dele. O mandado havia sido renovado em agosto deste ano. Em outubro de 2010, durante o período das eleições, o acusado havia se apresentado à Justiça, mas não pôde ser preso por causa da legislação eleitoral. Na ocasião, ele apenas foi citado oficialmente pela Justiça.

De acordo com os autos do processo, Souza participou ativamente dos atos de tortura a que o Bruno Strobel foi submetido antes de ser assassinado. O vigilante também é acusado de ter participado do plano de elaboração da execução e de ocultação do cadáver de Strobel.

O crime

O estudante Bruno Strobel desapareceu no dia 2 de outubro de 2007 e foi encontrado morto com dois tiros na cabeça uma semana depois na Rodovia dos Minérios, em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba. De acordo com o processo, ele teria sido flagrado por funcionários da empresa de segurança Centronic, pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da Glória, na capital.

As investigações apontaram que o jovem teria sido rendido e levado à sede da empresa de segurança, onde teria sido espancado por vigias. Durante a agressão, Bruno teria revelado ser filho de um jornalista. Diante disso, os vigilantes teriam se reunido e decidido executar o estudante, para que as agressões não viessem à tona. O rapaz teria sido levado a um matagal, onde foi assassinado.

Condenados

No dia 28 de agosto, o vigilante Marlon Balen Janke, de 33 anos, foi condenado a 23 anos de prisão em regime fechado por participação no crime. O júri considerou que ele participou do homicídio, dos atos de tortura e da ocultação de cadáver.

No mesmo julgamento, outro vigilanteDouglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 29 anos, foi condenado à pena de 13 anos de reclusão. Rodrigues era acusado de participação no assassinato e na ocultação do corpo. Outros quatro vigilantes aguardam julgamento.
Fonte: Gazeta do Povo 27/09/2011

Nenhum comentário:

Postar um comentário