O leitor já está mais do que consciente sobre a importância do leite materno para o desenvolvimento saudável dos bebês. Tudo o que poderia ser dito sobre este assunto já foi feito. Porém, um assunto derivado deste tema merece toda a atenção. O Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital de Clínicas (HC), da Universidade Federal do Paraná (UFPR), está enfrentando problemas com as baixas doações, que são utilizadas na unidade neonatal e pediátrica da instituição.
De acordo com a coordenadora do BLH, Celestina Grazziotin, é preciso campanhas constantes para que as lactantes possam contribuir com este trabalho. “A doação de leite humano é muito restrita se comparada com a de sangue, por exemplo. Pelo menos a cada três ou quatro meses é necessário lançar um alerta para que as doações não diminuam”, explica.
Grazziotin conta que o estoque está baixo. Em abril, foram coletados apenas 127 litros, quando o mínimo necessário é de 170 litros. Somente cinco dos 10 freezers estão em funcionamento. “Se a situação continuar assim, tememos que em 15 dias o estoque não seja suficiente para atender toda a demanda. Por isso estamos recorrendo à imprensa para ajudar a sensibilizar as mulheres que podem doar o leite materno”, conta.
Para doar o leite, as mulheres precisam preencher alguns requisitos: ter realizado o pré-natal, estar com as vacinas em dia, não pode fumar, em caso de estar tomando medicamento, informar qual está utilizando e também só doar se estiver produzindo o alimento em excesso. Outros procedimentos a serem feitos são de escolher um lugar limpo na casa para fazer a retirada, colocar uma máscara no rosto e depositar o leite em um vidro esterilizado (doados pelo BLH).
Após a retirada, levar imediatamente para o freezer ou congelador. “Se as mães optarem em levar o leite até o BLH, o horário é das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira, na Rua General Carneiro, 181, anexo A, 4.º andar, no bairro Alto da Glória, em Curitiba. Ou então pode marcar para pegar na residência da doadora, conforme a rota a ser utilizada pelo BLH, desde que morem em Curitiba”, conclui.
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